sábado, 28 de abril de 2012

Semana do Departamento de Línguas - Castelo Branco


A nossa visita a Castelo Branco coincidiu com a Semana do Departamento de Línguas na EBI João Roiz

Foi uma grande sorte para todos nós porque pudemos aproveitar parte das atividades organizadas, das quais salientamos a peça de teatro Farsa de Maria Parda, de Gil Vicente, ou o Serão cultural, onde nós também participamos, mas lá em cima pode ser lido o programa completo.




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Luís Filipe Sarmento na Aula Díez Canedo

Fotografia e entrevista no jornal Hoy

O poeta português Luís Filipe Sarmento leu ontem, quinta-feira, os seus versos na Aula Díez Canedo para um grande número de alunos do ensino secundário de Badajoz e de fora da cidade

É habitual que os poetas portugueses da Aula sejam apresentados pelo IES M. Domingo Cáceres, e nesta ocasião, foram os alunos do 1º ano de "Bachillerato" Aurora Barrena e Mario Esquível, que fizeram a apresentação de Luís Filipe Sarmento. Sentaram-se lado dele durante a leitura e fizeram umas perguntas no final da sessão. Entre o público, para além dos alunos de Bachillerato da nossa escola, estavam os 27 alunos de português do 4º ano da ESO.

Sarmento não é apenas poeta. Começou muito novo no jornalismo, fez videoclips, traduziu inúmeras obras para português... Tem uma larga obra. Podem ler a entrevista no link por baixo da fotografia.

Infelizmente, a brochura que a Aula Díez Canedo edita e ofereceu à assistência com os últimos versos de Luís Filipe Sarmento, que se intitula Gramática das Contelações, não continha por expresso desejo do autor mais do que as versões na nossa língua. É por isso que aqui publico o texto original em português de um dos pemas lidos, reproduzido a partir da copia que leu o autor na Aula e no MEIAC às 20:30 do mesmo dia e amavelmente me ofereceu. Se algum dos alunos estiver interessado em reler estes versos, posso fazer fotocópias.

Não posso deixar de sublinhar como o poeta captou a atenção dos alunos todos ao contar alguns episódios da sua vida, ligados à escrita ou não dos poemas lidos, e como a ira ou a raiva dele perante a atual situação de Portugal e do mundo, marcou uma leitura veemente de alguns desses poemas.


Era uma noite excessiva de constelações quando da varanda
regressei à cama quatro vezes.
O cansaço impedia que ficasse de pé.
As insónias não permitiam que continuasse deitado.
Tudo no tempo ficara suspenso. O mundo parara
na sua cavalgada quotidiana. Fizera um ponto final. E não dormia.
Longe dos olhares. Dos pontos de todos os pontos. Longe
do encerramento das almas e das bocas distante, distante e salvo,
salvo dos olhares que olhava, sereno e irónico.
O mundo estava fora do seu universo e o vazio, onde se sentara,
contrastava com o obsessivo labirinto de onde partira.
Não dormia nem acordava.
E o que via era a intimidade do medo.


Luís Filipe Sarmento a autografar brochuras dos alunos


Às 20:30, como é habitual nos poetas da Aula Díez Canedo, Sarmento leu os seus versos na sala do Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo (MEAIC). O guitarrista Javier Alcántara acompanhou a leitura de alguns dos poemas na sala do MEIAC. Ele mais a cantora Mili Vizcaíno interpretaram, como surpresa final , este poema de Luís Filipe Sarmento e uma canção brasileira:

A elipse é a expansão do círculo;
é a sua expansão no mistério
a vida desconhecida sobre si próprio.
A minha casa.


Assim concluiram as leituras poéticas da Aula Díez Canedo neste ano 2011-2012. Esperamos que, apesar de todas as dificuldades presentes, continuem no próximo ano letivo, e possamos voltar a contar com outro poeta português na nossa cidade de Badajoz.



quinta-feira, 26 de abril de 2012

O amor em paz (Morelenbaum2- Sakamoto)


Uma canção brasileira, O amor em paz, do grande compositor Antônio Carlos Jobim, interpretada por Jaques Morelenbaum, a tocar o violoncelo, Paula Morelembaum, a cantar, e Ruichi Sakamoto, japonês, a tocar o piano...

(Nota. Já sabem, o você brasileiro é um tu português... )



O AMOR EM PAZ

Eu amei,
E amei ai de mim muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você
A razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais,
Nunca mais
Porque o amor
É a coisa mais triste
Quando se desfaz
O amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz




quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril - Revolução dos Cravos



Revolução dos Cravos refere-se a um período da história de Portugal resultante de um golpe de Estado militar, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e que iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático, com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976.

Este golpe, normalmente conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que foram apoiados por oficiais milicianos, estudantes recrutados, muitos deles universitários. Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por se estender ao regime político em vigor. Sem apoios militares, e com a adesão em massa da população ao golpe de estado, a resistência do regime foi praticamente inexistente, registando-se apenas quatro mortos em Lisboa pelas balas da DGS.

Após o golpe foi criada a Junta de Salvação Nacional, responsável pela nomeação do Presidente da República, pelo programa do Governo Provisório e respectiva orgânica. Assim, a 15 de Maio de 1974 o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuido a Adelino da Palma Carlos.

Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares, apenas terminado com o 25 de Novembro de 1975. Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado "Dia da Liberdade".




O capitão Salgueiro Maia


A segunda senha, para a continuação do golpe de estado foi dada pela canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso.





Un desenho de Paulo Flattau


Paulo Flattau anda por S. Paulo.




segunda-feira, 23 de abril de 2012

Não sei que livro escolher...


Lamento desconhecer o nome do autor da fotografia que nos serve para comemorar o Dia do Livro. Esta menina não sabe ainda o livro que vai ler, mas tem onde escolher, não tem? 

Para acompanhar a fotografia, uns versos de uma poeta portuguesa e o começo de um conto de um autor brasileiro:


QUANDO

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta,
continuará o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei,
haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
será o mesmo jardim à minha porta
e os cabelos doirados da floresta,
como se eu não estivesse morta.


Sophia de Mello Breyner Andresen



E este é o começo de um conto de Caio Fernando Abreu, intitulado Ao simulacro da imagerie:

O céu tão azul lá fora, e aquele mal-estar aqui dentro.

Fora: quase novembro, a ventania de primavera levando para longe os últimos maus espíritos do inverno, cheiro de flores em jardins remotos, perfume das primeiras mangas maduras, morangos perdidos entre o monóxido de carbono dos automóveis entupindo as avenidas. Dentro: a fila que não andava, ar-condicionado estragado, senhoras gordas atropelando os outros pelos corredores estreitos sem pedir desculpas, seus carrinhos abarrotados, mortíferos feito tanques, criancinhas cibernéticas berrando pelos bonecos intergalácticos, caixas lentas, mal-educadas, mal-encaradas. E o suor e a náusea e a aflição de todos os supermercados do mundo nas manhãs de sábado.

Ela olhou as próprias compras; bolachas-d’água-e-sal, água com gás, arroz integral e, num surto de extravagância, um pote de geléia de pêssegos argentinos. “Duraznos”, repetiu encantada. Gostava de sonoridades. E não tinha mãos livres para se abanar. E a mulher de pele repuxada amontoara no balcão seus víveres, dois carrinhos transbordantes de colesterol e sugar blues. Ela suspirou. E olhou para cima, de onde a espiava uma câmara de TV, como se fosse uma ladra em potencial, e olhou também as prateleiras dos lados do corredor polonês onde estava encurralada e viu montanhas de pacotes plásticos com jujubas verdes, rosa e amarelas, biscoitos com sabor de bacon, cebola, presunto, queijo. E latas, pilhas de latas. (...)



Leitor - (Edu) Eduardo Oliveira

Leitor é um desenho do brasileiro (Edu) Eduardo Oliveira que escolhemos para começar este Dia do Livro.



domingo, 22 de abril de 2012

Um marcador de livros albicastrense



Este é o marcador de livros que os alunos do 2º e do 3º anos da nossa escola que fizeram o intercâmbio com a EBI João Roiz de Castelo Branco receberam na sua visita à moderna e esplêndida Biblioteca desta cidade na passada segunda-feira, dia 16, pouco de pois da nossa chegada.

Serve para "preparar" o Dia do Livro, amanhã,






Despedida em Castelo Branco


Foi anteontem. Despedida dos alunos portugueses e espanhóis à porta da EBI João Roiz de Castelo Branco. Ai, tanta lágrima! "Queremos ficar", diziam alguns. Como não pensar na palavra saudade? Algum aluno do 3º ano não conhecia esta palavra tão própria da língua portuguesa e o significado. Havemos de falar dela e vão aprender mesmo. Aliás, há uma etiqueta no blogue, pois este assunto já foi tratado com os alunos do 4º ano;  vejam: Saudade. Palavras e fotografias a ilustrar a saudade,

Bom, não tarda, e já cá estão em Badajoz os nossos amigos portugueses. Eles chegam no dia 14 de maio, faltam três semanas apenas. 

E agora, depois de tudo o que fizeram e aprenderam em Castelo Branco, toca a estudar e trabalhar, rapazes e raparigas, moços e moças!


terça-feira, 17 de abril de 2012

O mundo em que vivi (Ilse Losa) + trabalho


Volta a escritora Ilse Losa a este blogue, mas antes de começar a leitura recomendo a leitura deste dados biográficos, que já foram publicados noutra mensagem em que vimos como ela nos faava da sua infância.

Ilse Lieblich Losa (nascida Ilse Lieblich, Melle-Buer, 20 de Março de 1913 — Porto, 6 de Janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica. Nascida na Alemanha, frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e mais tarde um instituto comercial em Hannover.

Ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal em 1930. Deslocou-se primeiro para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido a nacionalidade portuguesa. Em 1943, publicou o seu primeiro livro, O mundo em que vivi,e desde essa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças.


Trabalho para a semana de 16 a 20 de abril

Depois de lerem este excerto em que Ilse Losa fala dos seus avós, devem redigir um texto em que falem dos vossos avós, daqueles com quem tiveram mais contato: pode ser um avô, ou uma avó, ou podem ser os dois, paternos, maternos, enfim, isso fica à vossa escolha. Espero que as palavras desta autora portuguesa de origem alemã vos sirvam de inspiração. 

No blogue há ferramentas para o trabalho. E se acabarem, há links nele para pesquisarem. Reparem, por outro lado, nas Etiquetas: cliquem e explorem.


O meu avô, homem alto e magro, de cara larga, ossuda e um tanto avermelhada, olhos claros e quase sempre tristes, tinha o costume de levantar as sobrancelhas espessas quando dizia alguma coisaimportante. Isso fascinava-me e por isso me desgostavaver-lhe, por vezes, as pingas de sopa presas no bigode pendente para cada lado da boca. Não ligava com ele, sempre tao apurado, como cabelo farto, penteado cuidadosamente. “Limpa a boca, avô”, dizia eu. “Ora, ora”, respondia ele, um bocado embaraçado.

A avó contrastava com a figura esguia e imponente do avô. Baixa, muito baixa mesmo, tinha a cara miúda sulcada de rugas e usava o cabelo branco rigidamente penteado para cima da cabeça, onde o juntava num puxo redondo, apertado. Preferia vestidos escuros, que protegia nas lidas domésticas com um avental cor de cinza.

Eu, a julgar pelas fotografias, não passava duma menina frágil, de cabelo louro, de feições infantilmente lisas. Nada mais descubro que valha a pena destacar.

Vivíamos os três numa pequena casa com uma varandadeitada sobrea rua, coberta com vinha. Ali minha avó passava as tardes de verão a fazer meia ou a costurar. Ao certo não me recordo se costurava, mas suponho que sim, pois não me lembro de costureira alguma que a tivesse substitutido nesse serviço. Mas seja como for: que fazia meia nunca o poderei esquecer.

O mundo em que vivi (Ilse Losa)



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Trabalho para os alunos do 3º ano (semana 16-20)

 Uma carta como todas: um envelope, o endereço, os selos...

No último dia de aulas vimos como alguém escrevia uma carta a uma amiga para lhe contar onde é que ela e o marido tinham passado as férias. 

Já dissemos como hoje o mais normal seria escrever um correio eletrónico, um mail ou e-mail como é costume dizer em português. Como em toda a parte, escrever cartas é uma coisa que cada vez fazem menos as pessoas.

O trabalho que devem realizar na sala de aula os alunos do 3º ano na semana em que o professor está em Castelo Branco é escrever o texto de um mail a contar a um amigo o que fizeram numas boas férias grandes, já sabem, essas férias tao compridas do verão. 

Extensão: Não menos de 10 linhas (é desejável mais, se possível)

Procuren redigir ("redactar") e não escrever frases inconexas. É claro que não podem usar o presente, mas o pretérito perfeito simples: Eu fui a..., estive em..., na praia conheci...






sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dias 16 a 20 de abril: Intercâmbio com Castelo Branco

EBI João Roiz de Castelo Branco

O Professor despede-se até à semana que começa no dia 23 de abril, Dia do Livro. Na semana de 16 a 20 estará com um grupo de 20 alunos do 2º e do 3º anos desta Escola em Castelo Branco a relizar um intercâmbio com a EBI João Roiz de Castelo Branco.

Aqui podem saber mais sobre esta Escola.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Puro prazer (Ruby Ferreira)


Voltamos a pedalar neste terceiro período do ano letivo...

Já dissemos aqui que São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul. É também a capital do estado do mesmo nome, e hoje trazemos Boracéia, uma praia na costa do estado do mesmo nome, São Paulo.

Puro prazer é o titulo desta fotografia de Ruby Ferreira.

Quem não gostava de dar uma volta de bicicleta como estes moços por aí? 


O estado de São Paulo no Brasil