Havemos de falar mais uma vez no Zé Povinho, figura que representa o povo português, cujo rosto podemos ver na fotografia.
Agora a notícia:
Muitas marés, uma só vaga de descontentamento
Manifestação que juntou multidões em várias cidades do país, e que também foi marcada em Paris e em Londres, mostrou que a apatia não é uma fatalidade dos portugueses.
Raquel Martinho entra no Terreiro do Paço de cartaz em punho, ainda não são seis da tarde. Aos 17 anos, é a primeira manifestação em que participa. “Antes cavalo no meu hambúrguer do que coelho no Governo”, diz o cartaz quase infantil, em que colou fotografias do primeiro-ministro e de um equídeo.
“Ainda não posso votar, portanto não posso escolher quem me governa. A ver se isto melhora, se posso ir para a faculdade”, diz a adolescente vinda das Galinheiras, um bairro social lisboeta. Ao lado, a irmã de 21 anos reduz-lhe as esperanças: talvez não haja dinheiro para isso.
Um mar de gente vinda do Marquês de Pombal continua a desaguar na enorme praça, mas há quem desmobilize e vá para casa antes da hora combinada para entoar em coro a contra-senha do 25 de Abril. Os organizadores do protesto, o movimento Que Se Lixe a Troika, anunciam no palco montado no Terreiro do Paço um cenário que as imagens aéreas das televisões desmentem: “Esta é a maior manifestação de sempre em Lisboa!”. Maior portanto do que a que organizaram a 15 de Setembro e que era, para todos, o desafio a ultrapassar. Pelas suas contas, terão estado nos protestos das dezenas de cidades portuguesas e algumas estrangeiras, como Paris, Londres e Budapeste, mais de milhão e meio de pessoas. No Twitter, diriam mais tarde que em Lisboa se juntaram 800 mil pessoas. Fora do país, Madrid foi a cidade que reuniu menos gente: só compareceram seis jovens.
A notícia completa, e mais fotografias, no link: Público, 2-março-2013
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