sexta-feira, 31 de maio de 2013

Mia Couto, Premio Camões 2013

 


Há duas mensagens no blogue, dois post, como dizem muitos utilizando a palavra inglesa, duas mensagens, dizia eu, com textos do escritor moçambicano Mia Couto (A porta e A lição do aprendiz), que acaba de ganhar o mais importante prémio de literatura que existe no mundo da língua portuguesa, o Prémio Camões. É o segundo autor moçambicano que recebe este galardão.

Para o celebrar, temos mais um texto dele, desta vez completo. Um conto intitulado A adivinha. Vão precisar de ajuda com algumas palavras, mas nem é preciso saberem todas para se aproximarem desta história de Mia Couto.



A adivinha

Tudo é um jogo, brincriável. Há o homem, isso é facto. Custa é haver o humano. A vida descostura, o homem passa a linha, a corrigir os panos do tempo. Mimirosa, a menina, nada sabia desses acertos. Acreditava ser tudo simples como o molhado e água, poeira e chão. E assim, tudo em tamanho não aparado: os senhores em infância, as coisas sem consequência.

Seus pais se preocupavam. Passava a idade e Mimirosa demorava a aprender o regime da realidade. Que há deveres, e as contas do ter e do haver. E o ser é apenas o que resta. Noves fora, novos de fora.

Quem estragava esse madurecimento da miúda era sua avó, Ermelinda. A senhora se convertera em parceira de infância, ancorada em irresponsabilidade. Em meia palavra: era companhia de se evitar. Os pais de Mimirosa assim julgavam. A menina devia era evitar os risos, disciplinar arrebatamentos. A escola, em primeiro lugar. A avó, sabia-se, desprezava a escola. Que se aprende mais é fora dela, no calor da família, em redondezas de carinho. Mimirosa estava, por isso, proibida de frequentar a companhia de Ermelinda. Não queriam nem que fosse vista junto, perto do caminho da avó. A menina era conduzida, de mão acompanhada, até às imediações escolares, onde já não poderia desviar a direcção. Imaginava-se. Porque ela, mal se soltava das vistas, se internava no atalhozito que dava na casa da avó. Ali gazetava dos deveres, entretida nos nenhuns afazeres da velha senhora. Conforme os olhos distraídos da velha ela ajudava, rectificando um aqui no além ela. Até que, inevitável, chegava o jogo da adivinhação.

- Qual é um rio que não tem senão uma margem?

- Isso é coisa que não pode, avó! E do outro lado fica o quê?

- Pense, se ensine. Já sabe que o prémio que há-de haver...

Prémio que haveria era só o serem as duas, ali, no escondido. A velha deixava o mistério durar, pairada, parada. A pergunta labirintava na cabeça de Mimirosa. Podia um rio assim? Ou já se viu a estrada correr sem o amparo de duas ambas bermas?

- Mas há o prémio de verdade? - Se você‚ adivinhar esse mistério, o mundo vai ficar tão admirado que até o tempo há-de parar.

- Jure, avozinha?, berlindavam-se os olhos dela.

E voltavam às lides, sem obrigação de nada. O jardim da casa parecia obra de inventar. Uma só arbustozinho nele cabia.

- Vês a sombra? Essa sombra é pequena. Mas existe uma sombra que é da terra toda inteira.

Voltada a casa, a menina era inquirida pelos pais, perguntas sem mistério, coisas de calcular o futuro: quando fores grande já escolheste o que vais ser? Simplesmente, ela não sabia querer ser grande. E, assim, sua ausência na resposta.

- Ela vai ser doutora hospitalar, vaticinava a mãe.

- Ou dessas que faz as contas e faz crescer dinheiro, preferia o pai.

- Tudo serás filha, mas não queremos que sejas como nós.

A menina se admirava: aqueles não gostavam de si mesmos? Por que razão eles queriam que ela lhes fosse diferente? Só a avó gostava de ser como era, cuidadosamente desarrumadinha. Como deviam ser infelizes, aqueles dois, seus pais.

Até que, uma tarde, veio o alvoroço. A velha Ermelinda se sentira mal, o peito dela se amarrotara. Mimirosa, nesses dias, deixou a escola. Mas não a deixaram entrar na velha casinha. A senhora não reconhecia ninguém, ela se convertera em fundo escuro. Nenhuma luz a trazia à superfície de si mesma. E, assim, somaram-se os dias. Mimirosa, obrigada e vigiada, voltou à escola. A sombra do morcego se desenha no tecto? Pois o pensamento da neta não saía do mesmo assunto: saudade de sua avó.

Um dia, enquanto seu olhar fingia percorrer o caderninho, a menina suspulou da carteira e se flechou porta afora. Escapou da escola e correu pelos campos. Ninguém a viu penetrar na penumbra da casa, ninguém suspeitava que se anichara, ofegante, na cabeceira da moribunda avó.

- Avó, sei a adivinha!

No rosto da senhora nenhum sinal, nem uma ruga se alterou. Parecia que Ermelinda já cruzara aquele risco feito na água, fronteira entre a vida e a morte.

- Lembra a adivinha, vó? Aquela do rio de um lado só?

E os olhos da menina se atabalhoaram de água, sentida sozinha no grande mundo. A mão dela ainda arriscou tocar no braço da avó. Mas teve medo. E se chorou! O caderninho órfão, em suas mãos, sofria a catarata das lágrimas. Até que os braços do pai a puxaram. Primeiro ela cedeu. Mas depois esgueirou-se, por um instante, e depositou o caderninho escolar no leito da água. Estava aberto numa figurinha do oceano, mais suas criaturas profundas. E a voz da menina tombada com um derradeiro lenço:

- É o mar, avó. Esse cujo rio; é o mar.

Já se retiravam daquele luto, todos mais Mimirosa quando os dedos da avó tactearam o ar e, cegos, chegaram até no caderno. Depois, acariciaram o azul da imagem. E o caderno começou a pingar, como se o papel não mais contivesse aquela água.

Mia Couto


Mia Couto na Wikipédia


Hoje de manhã saí muito cedo (Pessoa e Pérez Vernetti)

Banda desenha de Laura Pérez Vernetti


Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro 


Alberto Caeiro é um dos heterónimos do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935). 


heterónimo (hetero- + -ónimo) s. m. 1. [Literatura] Nome e personagem inventados por um autor para assinar obras com estilos literários diferentes (ex.: o escritor Fernando Pessoa criou dezenas de heterónimos mas os mais famosos são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis).

Não confundam heterónimo com pseudónimo!

pseudónimo (pseudo- + -ónimo) s. m. 1. Nome suposto sob o qual alguns autores publicam os seus escritos.


(Obrigado ao amigo Luís por me ter dado a conhecer esta banda desenhada)


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um rato com personalidade, sim senhor!



Este sim, este é um rato com personalidade, não é um rato qualquer.

Reparem que em português se diz pessoa e pessoal, mas personalidade. Atenção!



Wild Waves (1929)



Dedicado, com muita simpatia, ao Alberto M. (3º A)



quarta-feira, 29 de maio de 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

As calças, as calças, as calças...


Qual "pantalones", qual nada! O que estes rapazes vestem são umas calças, e não "uns pantalones"...  É mesmo assim, juro! :)

De passagem, podemos dizer que as calças deles são de cores, que são bonitas, feias, etc., sempre no feminino plural, visto a palavra calças ter género feminino e número plural.

Vamos esquecer-nos dessa palavra, já sabem, e ficar com as calças na cabeça. Um bocadinho de atenção, meus caros alunos...



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alguém conhece estes moços?


Eis duas ótimas caricaturas de Kleber Sales. Alguém conhece o moço cá em cima? Parece que ele vem para o nosso país. Como é que se chama? De onde é? Quantos anos é que tem? Ah, e em que equipa espanhola é que ele vai jogar?De certeza que alguns de vocês sabem isso tudo, ou quase.




Este moço tem hoje setenta e dois anos. Nos bons tempos dele foi o maior jogador do mundo. Era atacante, ou avançado, como dizem em Portugal. Chama-se Edson Arantes do Nascimento, mas é conhecido universalmente como...




sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vício de ti (Mesa)



Os Mesa são uma banda pop portuguesa atual, criada em 2000, com dois álbuns publicados até à data.  Este é o seu sítio: Mesa.


VÍCIO DE TI

amigos como sempre, dúvidas daqui para a frente.
sobre os seus propósitos, é dificil não questionar.
canto do telhado para toda a gente ouvir.
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

enquanto a música não me acalmar,
não vou descer, não vou enfrentar.
o meu vicio de ti não vai passar.
e não percebo porque não esmorece,
ao que parece o meu corpo não se esquece...

não me esqueci,
não me atrevi,
não adormeci,
o meu vicio de ti!

levei-te á cidade, mostrei-te ruas e pontes.
sem receios, atraí-te às minhas fontes.
por inspiração, passámos onde mais ninguém
passou. ali algures, algo entre nós se revelou.

enquanto a música não me acalmar,
não vou descer, não vou enfrentar.
o meu vicio de ti não vai passar.
e não percebo porque não esmorece.
será melhor deixar andar?
será melhor deixar andar?

eu canto a sós para a cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir.
mas sei que nada vai mudar,
o meu vicio de ti não vai passar.



O Porto, não "Oporto"

Situação do distrito do Porto

Para aqueles alunos que ainda dizem: "Estivemos em Oporto", por exemplo.


O Porto, para além de ser uma cidade, a segunda de Portugal, é um distrito. E o nome desta cidade é mesmo assim, PORTO.

"Oporto" é o nome desta cidade na nossa língua. Leva colado o artigo português que se usa cada vez que se fala dela nessa língua. Em português, o artigo esta aí, nas contrações:


A Joana vive no Porto

Eles chegaram ontem do Porto

Amanhã vou ao Porto


Mas Vivo em LisboaElas chegaram a Lisboa - Hoje vou a Lisboa. Podíamos ter escrito Elvas, Coimbra, Évora, Bragança, Faro, etc. A maioria das cidades não leva o artigo à frente.

Noutro dia falamos de mais algumas com ele como a Guarda ou a Figueira da Foz, mas são poucas.


Não se esqueçam...


 o Porto










quinta-feira, 23 de maio de 2013

Calçada portuguesa no Porto


Uma fotografia a preto e branco.de Paulo Moura. Eu sei que os vossos olhos estão mais habituados à fotografia a cores, mas não é má ideia poderem apreciar fotografias como esta. É outra luz, outra maneira de ver  o mundo.




"A minha sala de aula tem janelas abertas para o mundo"



Infelizmente, nem todas as escolas públicas são iguais. Em muitas delas o trabalho dos professores é enorme para poderem ensinar. Onde fica a escola?

Este é um excerto de um artigo de Teresa Loureiro, professora de Educação Física numa freguesia carenciada da capital portuguesa.


A minha sala de aula tem janelas abertas para o mundo! Nas paredes estão pintados os horizontes envolventes, com tonalidades e dimensões tão reais, que nenhum artista plástico conseguirá imitar… Com frequência se recebe a visita de uma ou mais gaivotas que parecem querer interagir e a actividade pára, porque não se consegue resistir a esse quadro. Estas gaivotas entram na minha sala de aula pelas enormes janelas sem grades, vidros, estores, ou persianas. Fazem parte do cenário vivo e envolvente retratado nas paredes da sala de aula. Na minha sala de aula até a cor do tecto varia. Num todo harmonioso e uniforme com as paredes, o tecto reflecte as diversas cores do firmamento, ao longo das estações do ano. De um azul límpido e cristalino, a anunciar um maravilhoso e soalheiro dia de final de Primavera, a um cinza cobalto, carregado e ameaçador, prenúncio de um dia de chuva e quiçá, trovoada. A minha sala de aula tem um pé direito sem medida. A porta está sempre aberta e todos, sem excepção, podem entrar ou sair, a qualquer momento, com toda a liberdade. Não tem computador, nem quadro interactivo. A minha sala de aula prolonga o tempo e o espaço do recreio da minha escola. A minha sala de aula é o espaço de recreio da minha escola!

A minha aula? Um misto de realidade e fantasia, de desenvolvimento do plano elaborado, aditado de muito improviso, criatividade e imaginação. Uma aventura diária e constante, plena de imprevistos mais ou menos previsíveis. Sou professora de Educação Física, numa das freguesias mais jovem, mais populosa e mais carenciada de Lisboa, numa escola dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, que abriu as suas portas há quinze anos e que abarca presentemente vinte turmas. Tenho uma sala de aula que é efectivamente o espaço de recreio da escola. Que em todos os intervalos é salutarmente invadida por dezenas de alunos que querem jogar à bola. Por este motivo não me é permitido, por não ser desejável, deixar o material preparado, de aula para aula, podendo rentabilizar o tempo útil de prática. É também com alguma dificuldade que, findo o tempo do intervalo, se consegue que os alunos mais resistentes abandonem o espaço e se dirijam às suas salas de aula, permitindo o início da aula de Educação Física.

Na minha sala de aula, os alunos cospem para o chão…

Na minha sala de aula, depois de cada intervalo, fica lixo no chão…

Na minha sala de aula há um campo que só tem… espaço. Aguarda há algum tempo, ano após ano, a colocação de duas balizas, guardadas na arrecadação e as respectivas linhas de demarcação do espaço de jogo, referenciais tão importantes, para a leccionação. Há outro campo, o maior, imponente no espaço que ocupa no todo da escola, em que as balizas apresentam ruínas de redes, vestígios de redes que já o foram, noutros tempos…

LOUREIRO, Teresa – Licenciada em Educação Física (ISEF – UTL, 1987)


O texto completo aqui.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sendo educado em várias línguas



Há um erro nesta mensagem. Quem é que vai descobrir? Tem prémio.



terça-feira, 21 de maio de 2013

"Os verdadeiros analfabetos são aqueles..."



Dos amigos da Revista Bula.



domingo, 19 de maio de 2013

Museu da Batalha distinguido no Fórum Europeu de Museus



Para além do Prémio Kenneth Hudson, o European Museum Forum (EMF), que decorreu na cidade belga de Tongeren, atribuiu também o Prémio Silletto ao Museu de Stroom em Antuérpia, na Bélgica. E houve ainda menções honrosas para museus no Azerbeijão, Letónia, Holanda e Espanha.

O Museu da Batalha já tinha sido eleito o Melhor Museu Português em 2012 pela Associação Portuguesa de Museologia (Apom), em parceria com o renovado Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, que era o outro candidato português ao prémio europeu.

Inaugurado oficialmente a 2 de Abril de 2011, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha conta a história deste concelho, desde a Pré-história até à actualidade. "Através das distintas áreas que disponibiliza ao público, o território concelhio é desvendado numa interessante e paradigmática viagem com mais de 250 milhões de anos e que percorre as grandes transformações registadas nos domínios da Geologia e da Paleontologia do Território.

A notícia completa no Público 


A Batalha é uma vila portuguesa no Distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Pinhal Litoral, com cerca de 8 500 habitantes.


 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Projeto REALCE -– Último dia, sexta-feira, 10 de maio


E chegou logo o último dia, sexta-feira. Os alunos portugueses assistiram à primera aula do dia com os parceiros espanhóis. Uma vez terminada, partimos em direção ao Museu da Cidade Luis de Morales. Dois guias acompanharam-nos e deram-nos as explicações precisas para os alunos terem uma ideia da história da nossa cidade.




Lendo muito bem o texto de um dos painéis





Os excelentes dioramas da nossa Guerra de la Independencia,
conhecida pelos portugueses como Guerra Peninsular


Neste diorama vemos a vizinha população de La Albuera




Após um tempo de descanso para comer e beber alguma coisa e seguir em boas condições até à hora de almoço, encontrámo-nos com a guia nas Casas Mudéjares para visitarmos a Alcáçova. Entramos nela pela Porta dos Carros. Era um dia ensolarado e quente. Fizemos o percurso todo do adarve e os portugueses puderam ver a sua terra ao longe, Elvas, como sabem. No fim de contas, nós vivemos ao pé da Raia.








Uma parte dos alunos portugueses almoçou com os parceiros espanhóis nas casas destes, e uma outra parte almoçou num burger.

A partida para Castelo Branco tinha sido fixada às 17:00 h., mas foi adiada para as 18:30 por causa de os nossos parceiros terem chegado no mesmo autocarro do que outra escola daquela cidade que tinham combinado partir às 19:00.








Alguns pais dos nossos alunos disseram-nos que achavam pouco o tempo do intercâmbio, que teriam gostado de mais algum dia ou dois, mas devido a múltiplas circunstâncias não tinha podido ser de otra maneira, como eu disse a esses pais.

Foram dois anos seguidos do Projeto REALCE. O que será no futuro não sabemos. As sociedades espanhola e portuguesa estão a viver momentos terríveis.

Mas não terminemos deste modo tão triste. O que conta é que o balanço desta atividade é positivo, quer pela parte portuguesa, quer pela parte espanhola. Esperemos que não se perca o contacto entre os alunos. As nossas escolas e os professores de certeza que não vão perder!

Alguns dos alunos já combinaram encontrar-se neste verão. Meninas e meninos, as férias grandes estão aí ao alcance da mão...


Para terminar, viva a língua portuguesa e a fraternidade ibérica!


Os últimos abraços


 Até à proxima!


Boa viagem!



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vai demorar muito o avião?



Beja fica no Baixo Alentejo. Em Espanha há um aeroporto sem aviões onde as pessoas foram convidadas para darem lá um passeiozinho pelas pistas. É verdade! Não ouviram falar dele?






quarta-feira, 15 de maio de 2013

Projeto REALCE -– Quinta-feira, 9 de maio




Na quinta-feira 9 partimos cedo de Badajoz para Cáceres porque tínhamos um encontro marcado às 10 h da manha à porta da Câmara Municipal com o guia que ia mostrar-nos o Conjunto Monumental da Cidade Antiga.

Começámos no Arco da Estrela, seguimos até à Praça de Santa Maria, onde ao pé da estátua de S. Pedro de Alcântara, os alunos souberam da lenda que diz que aqueles que tiverem um exame e tocarem nos pés do santo, passarão. Não sei se eles tinham nos próximos dias qualquer prova, mas é claro que todos tocaram nos pés. Visitámos depois o Palácio Carvajal e a sua cisterna. A seguir, passámos pelo Palácio de los Golfines, visitámos a cripta e o Museu de Semana Santa, e a Casa del Mono.













Dado o guia ter mais um encontro marcado com outra escola de Badajoz, não foi possível visitar o Museu de las Veletas com ele. Fizemos um pequeno descanso na Praça de S. Jorge e subimos depois até à Praça de las Veletas e visitámos pela nossa conta o Museu Provincial, também com a sua cisterna,  assim como a Torre de los Pozos (em baixo)



A seguir, tempo livre e almoço.


À tarde, partindo da Plaza Mayor às 16:30,  demos um passeio até ao Museu de História e Cultura Casa Pedrilla e Fundação Guayasamín, onde fomos calorosamente acolhidos por Marisol Verde, que nos mostrou os dois museus, contando para isso com a ajuda de vários estudantes de Belas Artes. Antes de começar a visita, Marisol Verde perguntou se algum aluno queria provar o velho e desafinado piano que lá estava. Os nossos músicos, o Felipe e a Fátima, lá tocaram uns trechos para todos nós. Palmas!

A chamada Casa Pedrilla é uma "Casa de burguesia dos anos quarenta do século XX, do arquiteto José María López Montenegro y García Pelayo, com certo ar português." Ao pé da porta de entrada, encontra-se este painel de azulejos:





Para terem uma ideia mais completa do que lá vimos, podem ler estas palavras retiradas da página Turismo de Cáceres:

“O filho de Don Francisco Martín Pedrilla e Dona Ana de Lancaster Laboreiro foi cónsul em Cáceres durante muitos anos, talvez pela sua ascendência portuguesa.Os acervos proveem do património artístico da Diputación Provincial e donativos particulares. Desde documentação sobre personagens ilustres (da música, letras, investigação ou política), artistas plásticos, pintores e escultores (Rafael Lucenqui, Nicanor Álvarez Gata, Conrado Sánchez Varona, Juan Caldera, Eulogio Blasco, etc.), até um trajecto didáctico pela pré-história e história da Extremadura. No recinto ajardinado encontra-se a Fundação Guayasamín, com obras do insígne pintor equatoriano e mostras de Arte Precolombina e Colonial."


Casa Pedrilla

Museu Guayasamín


Voltámos para Badajoz por volta das 19:00 h.
.


terça-feira, 14 de maio de 2013

O Amanhã (Simone)


Mais uma canção para os alunos do 4º ano. Eles já sabem porquê.


 O AMANHÃ

A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
E eu sempre perguntei
O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
Já desfolhei o mal-me-quer
Primeiro amor de um menino...

E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz
Sempre feliz...

Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?...

Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Mas a cigana!...

A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será?
(O que será?)
O amanhã?
(O Amanhã?)
Como vai ser?
(Como vai ser?)
O meu destino?
Já desfolhei
(Já desfolhei!)
O mal-me-quer
(O mal-me-quer!)
Primeiro amor
(Primeiro amor!)
De um menino...

E vai chegando o amanhecer
Oh! Oh! Oh! Oh!
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz
Sempre feliz...

Como será amanhã?
(Como será?)
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?...

Como será amanhã?
(Como será?)
Responda quem puder
(Quem sabe é Deus!)
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?...

Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?...(4x)



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Projeto REALCE – Quarta-feira, 8 de maio

Primeiro dia da visita dos alunos e professoras da EBI  João Roiz de Castelo Branco.

Após umas palavras do nosso Diretor para as duas professoras e os alunos portugueses (lamento não ter tirado uma boa fotografia desse momento), começou a atuação musical de dois alunos do 2º ano, a Fátima e o Felipe. Não sabem como eles tocam bem!

Depois, houve um lanche para os nossos convidados reporem forças. A seguir, lemos uns poemas em português e em espanhol. Nos breves intervalos entre as aulas, chegaram muitos alunos para ver "o que é que se passava" na Biblioteca; outros, como a Carmen Molina, que participou no intercâmbio do ano passado, veio cumprimentar o Filipe, irmão do J, um dos participantes portugueses de 2012.











À tarde, tínhamos um encontro marcado: visita guiada no MEIAC (Museu Estremenho e Iberoamericano de Arte Contemporânea). No rés-do-chão do Museu, a Dra. Teresa León, do Departamento de Didáctica do MEIAC, foi comentando e apresentando a exposição MANUEL VILARIÑO - Fragmentos de un viaje. “Patrocinada por la Fundación Ortega Muñoz la muestra recoge el trabajo realizado por el fotógrafo Manuel Vilariño sobre el paisaje extremeño durante el otoño de 2012.”



Na primeira planta pudemos admirar a exposição Art Situacions. Una mirada prospectiva. “Patrocinada por la Fundación Honda, Art Situacions ofrece un atractivo mapa prospectivo de la creatividad artística más reciente en la Península Ibérica. A propuesta de un comité de expertos, participan en el proyecto diez de los artistas más destacados de las nuevas generaciones de España y Portugal.”










Quando acabou a visita no primeiro andar, tirei esta fotografia dos alunos a descerem as escadas.