Blogue dos alunos de português de 3º e 4º de ESO do IES 'M. DOMINGO CÁCERES', em Badajoz, Espanha (De 2010-09-01 a 2020-01-17)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Chegou a hora
Pois é, chegou a hora de nos despedirmos até ao próximo ano. Estão muito tristes? Ai, que pena! Estou a brincar...
Aproveitem o tempo nestas férias do Natal. Há muito... E tenham uma boa entrada em 2016!
Gerson (Blogue "Só falo do que não sei")
Achei este texto no blogue Só falo do que não sei. Espero que gostem e apreciem.
GERSON
Gérson, do 9º ano, tirou outra positiva. Desta vez a Ciências.
- “Yesssss! Mais cinco euros”
- “Mas porquê isso, Gérson?”
- “A minha avó dá-me cinco euros por cada positiva que eu tirar.”
- “Mas então porque tiras tão poucas? “
- “É que os professores também não ajudam muito… O Setor ganha bem?”
- “Nem por isso, Gerson. A minha avó já morreu e…”
- “Quer ganhar uns trocados? O negócio é o seguinte. Por cada positiva que os profes me derem, ganham 40 por cento dos cinco euros que a minha avó desempochar. Eu fico com os outros 60 por cento.”
- “Negócio fechado” - disse o professor – e foi, no intervalo, contar aos colegas a conversa que tivera com o Gérson. Estes riram do desplante do aluno e esqueceram o incidente.
Acontece, porém, que o Gérson arrancou, na segunda ronda de testes, mais positivas do que na primeira. Na verdade, quase triplicou o seu sucesso académico, tendo feito outro tanto com o seu sucesso económico, evidentemente. Como prometido, e acossado pelo seu impoluto sentido de justiça e hombridade (e também por causa da nota em atitudes e valores), o Gérson tem vindo a apresentar-se, no início das aulas, a todos os professores que lhe deram nota positiva. Traz a cada um deles uma redondíssima moeda de dois euros, que faz rodopiar alegremente sobre a secretária.
- “Tome, é sua! E muito obrigado”
Para seu espanto, nenhum professor aceitou o pagamento contratado, facto que o Gérson atribuiu à taralhoquice dos profes, já demasiado velhos na maioria dos casos, taralhoquice essa certamente provocada pelo barulho dos corredores, pelos cortes salariais, por terem perdido o sentido do valor do dinheiro ou pela tal burocracia de que tanto se queixavam sempre e de que o Gérson não fazia ideia que coisa fosse...
O sentido de justiça e hombridade do Gérson foi momentaneamente escoriado mas logo se recompôs. Os golpes morais, nestas idades, apagam-se com alguma facilidade e Gérson, sem grandes constrangimentos, arrecadou também a comissão destinada aos docentes…
Em casa do Gérson, uma avó preocupada:
- “Oh, Gerson, vê lá não andes a estudar demais, filho. Isso pode fazer-te mal. Vá, deixa o computador e vai espairecer um pouco com os teus amigos…”
GERSON
Gérson, do 9º ano, tirou outra positiva. Desta vez a Ciências.
- “Yesssss! Mais cinco euros”
- “Mas porquê isso, Gérson?”
- “A minha avó dá-me cinco euros por cada positiva que eu tirar.”
- “Mas então porque tiras tão poucas? “
- “É que os professores também não ajudam muito… O Setor ganha bem?”
- “Nem por isso, Gerson. A minha avó já morreu e…”
- “Quer ganhar uns trocados? O negócio é o seguinte. Por cada positiva que os profes me derem, ganham 40 por cento dos cinco euros que a minha avó desempochar. Eu fico com os outros 60 por cento.”
- “Negócio fechado” - disse o professor – e foi, no intervalo, contar aos colegas a conversa que tivera com o Gérson. Estes riram do desplante do aluno e esqueceram o incidente.
Acontece, porém, que o Gérson arrancou, na segunda ronda de testes, mais positivas do que na primeira. Na verdade, quase triplicou o seu sucesso académico, tendo feito outro tanto com o seu sucesso económico, evidentemente. Como prometido, e acossado pelo seu impoluto sentido de justiça e hombridade (e também por causa da nota em atitudes e valores), o Gérson tem vindo a apresentar-se, no início das aulas, a todos os professores que lhe deram nota positiva. Traz a cada um deles uma redondíssima moeda de dois euros, que faz rodopiar alegremente sobre a secretária.
- “Tome, é sua! E muito obrigado”
Para seu espanto, nenhum professor aceitou o pagamento contratado, facto que o Gérson atribuiu à taralhoquice dos profes, já demasiado velhos na maioria dos casos, taralhoquice essa certamente provocada pelo barulho dos corredores, pelos cortes salariais, por terem perdido o sentido do valor do dinheiro ou pela tal burocracia de que tanto se queixavam sempre e de que o Gérson não fazia ideia que coisa fosse...
O sentido de justiça e hombridade do Gérson foi momentaneamente escoriado mas logo se recompôs. Os golpes morais, nestas idades, apagam-se com alguma facilidade e Gérson, sem grandes constrangimentos, arrecadou também a comissão destinada aos docentes…
Em casa do Gérson, uma avó preocupada:
- “Oh, Gerson, vê lá não andes a estudar demais, filho. Isso pode fazer-te mal. Vá, deixa o computador e vai espairecer um pouco com os teus amigos…”
Filho de peixe sabe nadar
Filho de peixe sabe nadar é um provérbio português.
O que significa? "diz-se dos filhos que herdaram boas qualidades dos pais."
O que significa? "diz-se dos filhos que herdaram boas qualidades dos pais."
Os pratos típicos de Natal em Portugal por região
Bacalhau da consoada
OS PRATOS TÍPICOS DE NATAL EM PORTUGAL REGIÃO
1. Trás os Montes e Alto Douro
Consoada: aqui impera o bacalhau ou o polvo cozido, ambos servidos com batatas e couve portuguesa também cozidas.
Dia de Natal: o almoço deste dia especial começa com uma canja rústica de galinha, seguida de um belo assado de peru, leitão, borrego ou porco.
Doces: nestas mesas vai encontrar as famosas migas doces, filhós de jerimú/abóbora-menina, passas e frutos secos.
2. Entre Douro e Minho
Consoada: a noite mais longa começa com um saboroso bacalhau ou polvo cozido, servido com batatas e couve portuguesa também cozidas; depois, até ao final da noite, bebe-se um reconfortante vinho quente, adoçado com mel e aromatizado com pau de canela.
Dia de Natal: ao almoço come-se uma fantástica “roupa velha”, que é um prato típico de Natal feito com os restos do jantar da consoada, normalmente bem regados de azeite refogado com alho; ao jantar come-se peru assado recheado com creme de castanhas.
Doces: nesta região, Natal não seria Natal sem umas decadentes rabanadas, que tendem a ser servidas com calda de açúcar ou doce de ovos; imprescindíveis são também a aletria, os bolinhos de bolina, os mexidos de leite ou vinho e os frutos secos (amêndoas, avelãs, figos e passas).
3. Beiras
Consoada: rei e senhor do nosso país, também no Natal das Beiras impera o bacalhau cozido com batatas e couve.
Dia de Natal: ao almoço serve-se um suculento cabrito assado no forno, acompanhado de batatinhas igualmente assadas.
Doces: apesar das rabanadas e dos sonhos, o nosso destaque nesta região vai para as originais filhós do joelho, que são tendidas precisamente nesse osso, o que lhes garante uma forma única, e para o bolo torto, que é confecionado com a mesma massa das filhós.
4. Estremadura
Consoada: sem grande surpresa, mantém-se um dos pratos típicos de Natal português, o bacalhau cozido com todos.
Dia de Natal: também aqui, o almoço de Natal é dominado pelo cabrito assado no forno, com deliciosas batatinhas assadas.
Doces: na Estremadura, as rabanadas dão lugar às fatias douradas, que chegam na companhia da aletria, broas de batata doce, filhós e azevias.
5. Alentejo
Consoada: antigamente, a estrela do noite era o galo, mas agora a região alentejana rendeu-se também ao bacalhau cozido com couve.
Dia de Natal: para este almoço tão especial, é preparado um saboroso peru, recheado com as famosas carnes e enchidos alentejanos.
Doces: nestas mesas vai encontrar azevias de grão ou batata doce e coscorões, mas a nossa preferência vai para o carolo, que é um doce tradicional feito com bolinhas de massa de pão, canela e açúcar, depois cozinhadas no forno e polvilhadas de açúcar.
6. Algarve
Consoada: contrariamente ao Alentejo, o Algarve ainda não abdicou do galo na noite de Consoada; no entanto, temos de realçar que o bacalhau já lhe começa a fazer sombra.
Dia de Natal: ao almoço serve-se um apetitoso peru recheado e assado no forno.
Doces: delicie-se com umas empanadilhas, uma variação das famosas azevias, com broas de milho e com as inevitáveis rabanadas e filhós.
7. Madeira
Consoada: afastando-se completamente das tradições do Continente, na consoada da Madeira comem-se as espetadas típicas da ilha.
Dia de Natal: o almoço começa com uma canja de galinha, servindo-se de seguida uma fantástica carne de porco aos cubos, temperada em vinha-de-alhos e servida com migas feitas de pão e legumes.
Doces: apostando especificamente nos bolos, no Natal madeirense encontrará o bolo de família, o bolo de mel da Madeira e o bolo de noz ou de abóbora; para rematar, estão sempre presentes os deliciosos licores da região.
8. Açores
Consoada: nesta época, nos Açores, a galinha é a grande estrela, sendo servida assada, guisada ou em canja.
Dia de Natal: para este almoço especial, além da omnipresente galinha, podem ainda servir-se outras carnes, como porco ou vaca.
Doces: rabanadas, bolos secos variados, arroz doce e muitos licores – de realçar que os últimos costumam ser feitos em casa e que existe a tradição de visitar os vizinhos para provar as suas bebidas artesanais.
(Fonte: ekonomista)
A fábula da rã e do escorpião (Esopo)
Reparem nisto: a versão original desta fábula foi criada pelo grego Esopo há quase 3000 anos (ele viveu entre o século VII e o VI a.C.) Os autores gregos e romanos, os clássicos, continuam vivos e a dar-nos lições muitos séculos depois.
A RÃ E O ESCORPIÃO
O rio transbordava e a sua corrente era de tal maneira forte que o escorpião jamais se atreveria a atravessá-lo. Porém, no sítio onde se encontrava, eram escassas as suas possibilidades de sobrevivência. Só um animal habituado a lidar com a corrente poderia salvar o escorpião. Mas quem se atreveria a confiar nele? O escorpião medita e percebe que só um milagre impedirá que esteja perdido.
Nisto o escorpião vê uma rã que se prepara para atravessar este caudal violento e, na sua aflição, não hesita em pedir-lhe socorro. A rã acede sob condição do escorpião respeitar o seu gesto altruísta e não a ferrar com o seu letal veneno. O escorpião aceita o pedido da rã, mais que legítimo, e monta-se sobre o seu dorso podendo assim atravessar o rio.
Porém, já perto da outra margem, o escorpião cravou o ferrão na bem-intencionada rã que em voz débil lhe perguntou: “Como foste capaz de me fazer isto depois de tudo o que eu fiz para te ajudar? Não vês que vou morrer?"
O escorpião fita a rã e diz-lhe: “Que queres? Está na minha natureza!..”
Agora, acrescento parte do comentário que fez a autora do blogue onde achei este texto. Leiam e pensem um bocado, reflitam...
"Eu própria me remonto à minha infância quando um dia perante a insistência duma garota pobre, com quem brincava, lhe ofereci um dos meus melhores vestidos que deixei que ela escolhesse entre os que tinha no meu roupeiro. Ela agradeceu-me e levou-o pressurosa para casa. Depois reuniu-se a mais uns garotos de rua e esperou-me num sítio por onde eu passava e deram-me uma tareia. Isto porque, segundo dizia a Carmo (assim se chamava a garota), eu tinha vários vestidos e apenas lhe tinha dado aquele.
Eu era criança e na altura senti uma mágoa sem limites que me marcou por toda a vida embora hoje até me dê com a Carmo e até compreenda o ponto de vista dela. Porém e apesar da mágoa, isso não me afastou daquilo que considero correcto."
(Versão e comentários lidos no blogue Silêncio culpado: "A fábula e a vida" )
Esopo na Infopédia
A RÃ E O ESCORPIÃO
O rio transbordava e a sua corrente era de tal maneira forte que o escorpião jamais se atreveria a atravessá-lo. Porém, no sítio onde se encontrava, eram escassas as suas possibilidades de sobrevivência. Só um animal habituado a lidar com a corrente poderia salvar o escorpião. Mas quem se atreveria a confiar nele? O escorpião medita e percebe que só um milagre impedirá que esteja perdido.
Nisto o escorpião vê uma rã que se prepara para atravessar este caudal violento e, na sua aflição, não hesita em pedir-lhe socorro. A rã acede sob condição do escorpião respeitar o seu gesto altruísta e não a ferrar com o seu letal veneno. O escorpião aceita o pedido da rã, mais que legítimo, e monta-se sobre o seu dorso podendo assim atravessar o rio.
Porém, já perto da outra margem, o escorpião cravou o ferrão na bem-intencionada rã que em voz débil lhe perguntou: “Como foste capaz de me fazer isto depois de tudo o que eu fiz para te ajudar? Não vês que vou morrer?"
O escorpião fita a rã e diz-lhe: “Que queres? Está na minha natureza!..”
Agora, acrescento parte do comentário que fez a autora do blogue onde achei este texto. Leiam e pensem um bocado, reflitam...
"Eu própria me remonto à minha infância quando um dia perante a insistência duma garota pobre, com quem brincava, lhe ofereci um dos meus melhores vestidos que deixei que ela escolhesse entre os que tinha no meu roupeiro. Ela agradeceu-me e levou-o pressurosa para casa. Depois reuniu-se a mais uns garotos de rua e esperou-me num sítio por onde eu passava e deram-me uma tareia. Isto porque, segundo dizia a Carmo (assim se chamava a garota), eu tinha vários vestidos e apenas lhe tinha dado aquele.
Eu era criança e na altura senti uma mágoa sem limites que me marcou por toda a vida embora hoje até me dê com a Carmo e até compreenda o ponto de vista dela. Porém e apesar da mágoa, isso não me afastou daquilo que considero correcto."
(Versão e comentários lidos no blogue Silêncio culpado: "A fábula e a vida" )
Esopo na Infopédia
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
A consoada
Vamos ver o que nos diz a Infopédia desta palavra:
consoada
1. ceia em família, na noite do Natal
2. presente que se dá pelo Natal
E agora o que nos conta a Wikipédia:
A Consoada é celebrada em Portugal, na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.
A origem do nome “Consoada” vem do Latim "consolata", de "consolare", "consolar".
Na tradição católica os fiéis participavam, ao final da noite, na Missa do Galo.
Segundo a tradição portuguesa, a Consoada consiste principalmente em bacalhau cozido, seguido dos doces, como aletria, rabanadas, filhoses e outros doces. Em algumas regiões do país (principalmente no Norte), o polvo guisado com couves e batatas também consta da mesa de Natal. Em Trás-os-Montes, peru no forno, canja de galinha e assados de borrego, porco ou leitão também marcam o Natal, enquanto na Beira Alta, o cabrito é uma tradição. No Alentejo e no Algarve, o peru recheado assado são pratos que podem constar das mesas.
Em Portugal, depois da Consoada, é tradição fazer a distribuição dos presentes de Natal.
consoada
1. ceia em família, na noite do Natal
2. presente que se dá pelo Natal
E agora o que nos conta a Wikipédia:
A Consoada é celebrada em Portugal, na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.
A origem do nome “Consoada” vem do Latim "consolata", de "consolare", "consolar".
Na tradição católica os fiéis participavam, ao final da noite, na Missa do Galo.
Segundo a tradição portuguesa, a Consoada consiste principalmente em bacalhau cozido, seguido dos doces, como aletria, rabanadas, filhoses e outros doces. Em algumas regiões do país (principalmente no Norte), o polvo guisado com couves e batatas também consta da mesa de Natal. Em Trás-os-Montes, peru no forno, canja de galinha e assados de borrego, porco ou leitão também marcam o Natal, enquanto na Beira Alta, o cabrito é uma tradição. No Alentejo e no Algarve, o peru recheado assado são pratos que podem constar das mesas.
Em Portugal, depois da Consoada, é tradição fazer a distribuição dos presentes de Natal.
Refugiados de onde? E de quando?
A fotografia é antiga, bem sei... De que nacionalidade é que serão esses refugiados? Essas caras de desespero, medo, fome... são exatamente iguais às dos refugiados que temos visto nos últimos meses nas televisões, nos jornais... E de que é que fogem? Como quase sempre acontece, como hoje. E também estamos numa fronteira, ou a caminho dela, para tentar salvar a vida.
Essas crianças...
Essas crianças...
Se eu disser que a fotografia foi tirada em 1939, ajuda a saber alguma coisa, alunos do 4º ano, os mais velhos da ESO?
Pensem um bocado nisto tudo nos dias que se aproximam em que a felicidade parece ser obrigatória.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
A Lisboa romana debaixo dos pés
Esta notícia é do mês passado, mas vale a pena conhecer.
Há um documentário que desvenda parte da Lisboa romana por debaixo dos nossos pés
Inês Boaventura
29/11/2015 - 09:00
O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, de Raul Losada, inclui uma recriação em três dimensões da cidade na época romana. O ponto de partida para o trabalho foi uma notícia do PÚBLICO sobre escavações arqueológicas na Praça D. Luís I.
A descoberta de um fundeadouro romano no subsolo de Lisboa, feita pelos arqueólogos durante a construção de um parque de estacionamento na Praça D. Luís I, deu origem a um documentário. Com esta obra, que inclui uma recriação em três dimensões de Olisipo, Raul Losada quer dar a conhecer a cidade com cerca de dois milénios que se esconde debaixo dos nossos pés.
O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, apresentado como “um projecto de divulgação do património arqueológico”, foi exibido pela primeira vez em Outubro, no Museu Nacional de Arqueologia (MNA). Depois disso, o filme com 55 minutos foi também projectado na Ordem dos Arquitectos e no Museu Marítimo de Ílhavo.
(...)
A notícia completa no jornal Público. Vamos clicar para ver algumas imagens do documentário. Ou também, podemos fazê-lo neste link de Vimeo: "Olisipo 3D" de César Figueiredo.
Há um documentário que desvenda parte da Lisboa romana por debaixo dos nossos pés
Inês Boaventura
29/11/2015 - 09:00
O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, de Raul Losada, inclui uma recriação em três dimensões da cidade na época romana. O ponto de partida para o trabalho foi uma notícia do PÚBLICO sobre escavações arqueológicas na Praça D. Luís I.
A descoberta de um fundeadouro romano no subsolo de Lisboa, feita pelos arqueólogos durante a construção de um parque de estacionamento na Praça D. Luís I, deu origem a um documentário. Com esta obra, que inclui uma recriação em três dimensões de Olisipo, Raul Losada quer dar a conhecer a cidade com cerca de dois milénios que se esconde debaixo dos nossos pés.
O documentário Fundeadouro Romano em Olisipo, apresentado como “um projecto de divulgação do património arqueológico”, foi exibido pela primeira vez em Outubro, no Museu Nacional de Arqueologia (MNA). Depois disso, o filme com 55 minutos foi também projectado na Ordem dos Arquitectos e no Museu Marítimo de Ílhavo.
(...)
A notícia completa no jornal Público. Vamos clicar para ver algumas imagens do documentário. Ou também, podemos fazê-lo neste link de Vimeo: "Olisipo 3D" de César Figueiredo.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
"Tu, você, o senhor, a senhora"
Retirámos isto do Consultório do Ciberdúvidas a respeito de certa confusão de alguns alunos, que tratavam amigos por você quando lhes escreviam uma carta
Tu. - Tratamento entre amigos do mesmo nível social e entre os quais não há muita diferença de idade. Os filhos estão começando a tratar os pais por tu. Há anos atrás, tratavam-nos por pai e mãe, geralmente.
Você. - Tratamento mal aceite nalgumas regiões de Portugal e por algumas pessoas. Não é conveniente ser usado por um estrangeiro, porque é vulgar usá-lo pessoa de categoria superior para pessoa de categoria inferior. Mas também se usa entre pessoas do mesmo nível.
O senhor/A senhora. - Tratamento que um estrangeiro pode usar. É uma forma de tratamento geral. E então dirá: o senhor...; a senhora...; minha senhora,...
É uma forma de tratamento entre pessoas que não se conhecem ou entre as quais não há intimidade.
Entre pessoas que se dão bem, também há o tratamento pelo nome:
- Ó João, empreste-me esse livro.
- Ó João, empreste-me esse livro, se faz favor.
Na escola, os professores tratam os alunos por tu.
(Fonte: "Tu, você, o senhor, a senhora", Ciberdúvidas - 15 de setembro de 1998)
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Promontório de Sagres distinguido com a Marca do Património Europeu
Fotografia de Daniel Rocha
Promontório de Sagres distinguido com a Marca do Património Europeu
Foi divulgado, no dia 2 de dezembro de 2015, pela Comissão Europeia o relatório do painel de peritos recomendando o Promontório de Sagres para receber a distinção da Marca do Património Europeu.
Entre 18 candidaturas pré-selecionadas pelos Estados – Membros, um painel de peritos independente selecionou os 9 sítios hoje propostos, que serão formalmente designados em Fevereiro de 2016, decorrendo a cerimónia de atribuição em Abril, em Bruxelas. Em 2014 foi atribuída a Marca do Património Europeu à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e à Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal – 1867 (Arquivo Nacional da Torre do Tombo).
(Direção-Geral do Património Cultural)
A notícia no jornal Público começa assim:
Sagres é agora Património Europeu e vai dar a ouvir os sons do mar em terra
Idálio Revez
13/12/2015 - 09:39
O ponto “D” (de descoberta) em Sagres chama-se agora “Voz do Mar”. O som, capaz de pôr os deuses a sonhar, vem do interior uma gruta com mais de 50 metros de profundidade. À superfície, uma obra do arquitecto Pancho Guedes, em forma de orelha, é o novo marco na paisagem.
Foi divulgado, no dia 2 de dezembro de 2015, pela Comissão Europeia o relatório do painel de peritos recomendando o Promontório de Sagres para receber a distinção da Marca do Património Europeu.
Entre 18 candidaturas pré-selecionadas pelos Estados – Membros, um painel de peritos independente selecionou os 9 sítios hoje propostos, que serão formalmente designados em Fevereiro de 2016, decorrendo a cerimónia de atribuição em Abril, em Bruxelas. Em 2014 foi atribuída a Marca do Património Europeu à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e à Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal – 1867 (Arquivo Nacional da Torre do Tombo).
(Direção-Geral do Património Cultural)
A notícia no jornal Público começa assim:
Sagres é agora Património Europeu e vai dar a ouvir os sons do mar em terra
Idálio Revez
13/12/2015 - 09:39
O ponto “D” (de descoberta) em Sagres chama-se agora “Voz do Mar”. O som, capaz de pôr os deuses a sonhar, vem do interior uma gruta com mais de 50 metros de profundidade. À superfície, uma obra do arquitecto Pancho Guedes, em forma de orelha, é o novo marco na paisagem.
_________________________________________________
Para outro dia vemos mais imagens deste belo promontório e aprendemos alguma coisa sobre ele.
Um diálogo sobre o tempo
Coisas que acontecem quando não temos nada, nada, sobre o que dizer alguma coisa. O estado do tempo ajuda muito...
Sobre o tempo...
Felipe - Tempo maluco né?
Gilberto - Putz, nem me fale
Felipe - Será que hoje chove?
Gilberto - Tá com cara né?
Felipe - Pois é...
Gilberto - Fogo...
Felipe - ...
Gilberto - ...
Felipe - Mas amanhã deve fazer sol.
Gilberto - Espero que sim né?
(Falta de assunto...)
Felipe Miranda em Diálogos de um amigo imaginário
Felipe - Tempo maluco né?
Gilberto - Putz, nem me fale
Felipe - Será que hoje chove?
Gilberto - Tá com cara né?
Felipe - Pois é...
Gilberto - Fogo...
Felipe - ...
Gilberto - ...
Felipe - Mas amanhã deve fazer sol.
Gilberto - Espero que sim né?
(Falta de assunto...)
Felipe Miranda em Diálogos de um amigo imaginário
Nota. O né? brasileiro é como o não é? português. Já vimos uma vez num Ai do escritor brasileiro Dalton Trevisan.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Os vampiros (Sérgio Godinho)
Quem serão estes vampiros de que fala a canção de José Afonso que interpreta aqui Sérgio Godinho? Fala de uns tempos escuros, difíceis... E agora mais uma pergunta: os tempos que hoje vivemos são muito diferentes? O que é que vocês acham?
OS VAMPIROS
No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vêm em bandos
Com pés de veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo ( bis )
E não deixam nada
A versão original de Zeca Afonso
"Carta para o teu melhor amigo / amiga"
Olá R',
Estamos juntas há quase 5 anos e têm sido ótimos anos. Estiveste sempre comigo nesse tempo e apesar de todos os altos e baixos foram bons tempos. Aturar-te durante 5 anos tem sido uma tarefa difícil mas tenho que admitir que é um privilégio saber que tive um papel importante em parte da tua infância/juventude.
Estamos sempre a discutir e passados 5 minutos conseguimos nos rir de simples coisas que mais ninguém entende. Temos um nível de amizade bastante elevado e eu sei bem que posso contar contigo. Estou aqui a escrever-te para que tu saibas (ainda mais) o quão importante a nossa amizade é para mim e apesar das duras palavras que dizemos uma à outra enquanto estamos chateadas, no fundo ambas sabemos que a nossa amizade é uma das amizades mais fortes e divertidas que alguém alguma vez pode ter. Por vezes essas palavras conseguem magoar e acabamos mesmo por pensar se realmente alguma de nós sente mesmo aquilo que disse mas acabamos por nos aperceber da realidade.
Espero que estes quase 5 anos se prolonguem para uns 10, 20 ou 30 anos e consigamos até viver a nossa reforma em conjunto!
Abby
(Retirado do Blogue da Abby)
Nota do Professor. "Carta para o teu melhor amigo / a tua melhor amiga" para o título ficar melhor.
Estamos juntas há quase 5 anos e têm sido ótimos anos. Estiveste sempre comigo nesse tempo e apesar de todos os altos e baixos foram bons tempos. Aturar-te durante 5 anos tem sido uma tarefa difícil mas tenho que admitir que é um privilégio saber que tive um papel importante em parte da tua infância/juventude.
Estamos sempre a discutir e passados 5 minutos conseguimos nos rir de simples coisas que mais ninguém entende. Temos um nível de amizade bastante elevado e eu sei bem que posso contar contigo. Estou aqui a escrever-te para que tu saibas (ainda mais) o quão importante a nossa amizade é para mim e apesar das duras palavras que dizemos uma à outra enquanto estamos chateadas, no fundo ambas sabemos que a nossa amizade é uma das amizades mais fortes e divertidas que alguém alguma vez pode ter. Por vezes essas palavras conseguem magoar e acabamos mesmo por pensar se realmente alguma de nós sente mesmo aquilo que disse mas acabamos por nos aperceber da realidade.
Espero que estes quase 5 anos se prolonguem para uns 10, 20 ou 30 anos e consigamos até viver a nossa reforma em conjunto!
Abby
(Retirado do Blogue da Abby)
Nota do Professor. "Carta para o teu melhor amigo / a tua melhor amiga" para o título ficar melhor.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Pronome pessoal em adjacência verbal
Vamos revisar, e praticar. Ah, e por enquanto não precisam de aprender o que se vê no slide número 5.
Onde será que fica esta casa?
Não sei, não faço ideia (reparem nestas palavras porque dão muito jeito!, quer dizer "vienen muy bien"). Cidade ou país, não sabemos mas não faz mal. E de certeza que a esta fachada não fica mal o desenho.
Gostam ou não gostam? Os primeiros podem dizer aos segundos: Gostos não se discutem. Pronto. Acabou a discussão.
Miguel Esteves Cardoso e a saudade
Miguel Esteves Cardoso (Lisboa, 1955) é um crítico, escritor e jornalista português.
Havemos de falar da saudade neste ano, e como dizer "echar de menos" para não o dizer na nossa língua, claro, mas em português. Por enquanto, quem não saiba, pode aprender agora a dizer isto:
Havemos de falar da saudade neste ano, e como dizer "echar de menos" para não o dizer na nossa língua, claro, mas em português. Por enquanto, quem não saiba, pode aprender agora a dizer isto:
Tenho tantas saudades tuas!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Muitas vezes só vemos o que está por perto
Uma tira de ryotiras que nos chega do Brasil. Em Portugal podia ser assim: "Toda a gente usa (ou veste) camisola verde".
O autor tem muita razão. Há coisas bem diferentes um bocado mais longe e não reparamos.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Escher - Relatividade (1953) e Noite e dia (1938)
Maurits Cornelis Escher (1898 — 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
Aqui, uma outra obra dele no blogue: Outro mundo
Aqui, uma outra obra dele no blogue: Outro mundo
Noite e dia (1938)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Sintra, Paisagem Cultural - Património da Humanidade
Há quase dez anos, no dia 6 de Dezembro de 1995, a UNESCO atribuiu a Sintra o galardão de Paisagem Cultural - Património da Humanidade. Este é o vídeo que acompanhou essa candidatura.
Sintra fica perto de Lisboa e perto do mar
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Tudo é vaidade (Charles Allan Gilbert)
O que é que vocês veem neste desenho de Charles Allan Gilbert, feito em 1892? O título dele é All Is Vanity, em português Tudo é vaidade.
Porque é que será, alunos do 4º ano? Quem é que o descreve?
Uma ajuda do dicionário Priberam:
vaidade
(latim vanitas, -atis)
substantivo feminino
1. Qualidade do que é vão, inútil, sem solidez nem duração. = VANIDADE
2. Fatuidade; ostentação.
3. Sentimento de grande valorização que alguém tem em relação a si próprio. = VANGLÓRIA
4. Futilidade.
Uma ajuda do dicionário Priberam:
vaidade
(latim vanitas, -atis)
substantivo feminino
1. Qualidade do que é vão, inútil, sem solidez nem duração. = VANIDADE
2. Fatuidade; ostentação.
3. Sentimento de grande valorização que alguém tem em relação a si próprio. = VANGLÓRIA
4. Futilidade.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O Palácio da Regaleira em Sintra
O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum do palácio da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação esta associada à alcunha do seu primeiro proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro. O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.
Carvalho Monteiro, pelo traço do arquitecto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina.
(Texto e fotografias retirados da Wikipédia. Quem estiver interessado, pode continuar a ler no link.)
Carvalho Monteiro, pelo traço do arquitecto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina.
(Texto e fotografias retirados da Wikipédia. Quem estiver interessado, pode continuar a ler no link.)
Uma pequena amostra do que se pode encontrar na Quinta da Regaleira
"E se um insecto, talvez uma borboleta, percorresse o caminho que vai desde o Poço Iniciático até ao Laboratório, no topo do Palácio da Regaleira?
EMIGUS apresenta, excerto de um trailer para a Fundação CulturSintra, Quinta da Regaleira."
Vamos lá ver:
Vamos lá ver:
Entrada da quinta escondida no arvoredo
O Poço Iniciático
Mais sobre o Castelo de S. Jorge
Já vimos no passado ano letivo o Castelo de S. Jorge, em Lisboa. Vamos fazer uma outra visita, desta vez, em vídeo.
Mas antes de começar, lemos aquela mensagem.
"O Castelo de São Jorge localiza-se na freguesia do Castelo, na cidade, concelho e Distrito de Lisboa, em Portugal.
Primitivamente conhecido simplesmente como Castelo dos Mouros, ergue-se em posição dominante sobre a mais alta colina do centro histórico, proporcionando aos visitantes uma das mais belas vistas sobre a cidade e o estuário do rio Tejo."
Castelo de S. Jorge e restos das cercas de Lisboa
As dunas de S. Jacinto vistas do ar
"Video da viagem desde a entrada na praia da Costa Nova, sobrevoando a Barra, a ria de Aveiro, entrada em S. Jacinto e o salto dos bravos!"
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Cheiro a café (João Afonso)
Hoje canta João Afonso na nossa cidade. Alguns dos nossos alunos assistirão ao concerto organizado pelo meu amigo Luís Leal e os colegas Adolfo e Catarina, do IES Rodríguez Moñino.
CHEIRO A CAFÉ
Uma noite escrevi o teu nome
num café
a cafeteira adormece breve
mesmo ao pé
O mar que passa
pela vidraça
senta-se à mesa
cheira a café
Não me enjeites quando te escrevo
o que à memória me vem
contas contadas, contas da história
que a ninguém devo, a ninguém
Já não vejo razão para calar
as múrmures águas na areia
sobre a praia a maré cheia
enche toda antes de vazar
A noite dura para além da tarde
cerveja com levedura
vaga de espuma entre o meio dia
calma a garganta que arde
O tesouro no ventre do mar
não será para quem mareia
como é bom dormir, acordar
preguiçar em branca açoteia
O sentido que eu tive da vida
num café
o que foi certo para mim um dia
já não o é
O mar que passa
pela vidraça
senta-se à mesa
cheira a café
Cão vadio, cão sem raça
pela rua a vaguear
candeeiro de luz baça
café moído a exalar
À noite os casais devassam
os enigmas duma luz mansa
os sonhos idos de criança
como farrapos soltos que passam.
CHEIRO A CAFÉ
Uma noite escrevi o teu nome
num café
a cafeteira adormece breve
mesmo ao pé
O mar que passa
pela vidraça
senta-se à mesa
cheira a café
Não me enjeites quando te escrevo
o que à memória me vem
contas contadas, contas da história
que a ninguém devo, a ninguém
Já não vejo razão para calar
as múrmures águas na areia
sobre a praia a maré cheia
enche toda antes de vazar
A noite dura para além da tarde
cerveja com levedura
vaga de espuma entre o meio dia
calma a garganta que arde
O tesouro no ventre do mar
não será para quem mareia
como é bom dormir, acordar
preguiçar em branca açoteia
O sentido que eu tive da vida
num café
o que foi certo para mim um dia
já não o é
O mar que passa
pela vidraça
senta-se à mesa
cheira a café
Cão vadio, cão sem raça
pela rua a vaguear
candeeiro de luz baça
café moído a exalar
À noite os casais devassam
os enigmas duma luz mansa
os sonhos idos de criança
como farrapos soltos que passam.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Como escrever uma carta informal (e formal também)
Uma dupla ajuda para aprender a escrever uma carta em português. Cá em baixo, mais completa. Insisto, sim, uma carta. Escrevemos à mão, não é, então é uma carta.
CABEÇALHO
Lisboa, 28 de maio de 2008
ABERTURA
Caro(a) amigo(a): / Caro(a) amigo(a), (menos informal)
Caro Jorge: / Caro Jorge, (menos informal)
Jorge: / Jorge,
Jorge e Mariana: / Jorge e Mariana,
Olá, Jorge! / Olá, Jorge, (familiar)
Querida mãe,
Querido Jorge: / Querido Jorge, (muito íntimo)
Querido(a) amigo(a): / Querido(a) amigo(a), (muito íntimo)
FECHO
Saudações de amizade, / Saudações cordiais / Com amizade, (relativamente formal)
Um abraço, (informal)
Um grande / forte abraço,
Um beijinho, / Um beijo, / Muitos beijos, / Muitos beijinhos, (familiar)
Muitas saudades,
(Fonte: Universidade Aberta)
No link temos uma canção de Maria Bethânia em que há um carteiro e alguém que recebe uma carta. Será que abre a carta ou não abre?
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Gavetas ou caixões?
Uma secretária com três gavetas
Será que uma secretária ou um roupeiro têm caixões? É o que escreveram dois alunos de uma turma do 2º ano. Como foi que chegaram a isso? Muito fácil. Se "caja" é caixa, "cajón" é caixão, pronto! É tão fácil! Tudo, tudo por não ter estudado, porque o Professor avisou. Cuidado com esta palavra! Ainda por cima já tinha sido estudada no ano anterior.
Vejamos as definições do dicionário Priberam. Podem comprovar como fica bem clarinho o que é um caixão em português.
gaveta. "Cada uma das caixas corrediças que se embebem nos móveis e servem para encerrar objectos."
caixão. "Caixa comprida, destinada a conter o corpo de um defunto que vai ser enterrado ou cremado."
Vejamos as definições do dicionário Priberam. Podem comprovar como fica bem clarinho o que é um caixão em português.
gaveta. "Cada uma das caixas corrediças que se embebem nos móveis e servem para encerrar objectos."
caixão. "Caixa comprida, destinada a conter o corpo de um defunto que vai ser enterrado ou cremado."
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
"Incomoda demais o barulho..." (Orlando Pedroso)
Mais uma vez. Orlando Pedroso. Quem é me explica o paradoxo das palavras desta personagem? Toda a gente sabe o que é um paradoxo, não sabe?
Ver: "Alguns paradoxos" ou "O que é um paradoxo? Eis um!"
terça-feira, 17 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Ainda bem
Não é exatamente uma expressão idiomática, mas... Qual é o significado destas duas palavras juntas: ainda bem? Alguns já sabem. Como ajuda, umas frases, e a capa de um livro. Reparem no contexto... O que diriam na nossa língua? São duas palavras também.
Ainda bem que hoje é sexta-feira.
Ainda bem que sabes isso.
Ainda bem que não me esqueci do que me pediram.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Morrer em Zanzibar (João Afonso)
No dia 25 deste mês atua na nossa cidade o cantor português João Afonso. Eis uma das suas canções, dessas que ficam logo no ouvido...
MORRER EM ZANZIBAR
As histórias que contavas lá da aldeia
a bola no telhado da vizinha
o branco no amarelo da eira
e a calça sem bainha
A varanda e a calça sem bainha
a semana
na baía a pesca à linha
a vizinha, o que querias da montanha
Que pensamento querias da montanha
fugiste um dia p´ra Kilimanjaro
seria o jeito sábio dum cocoana
a falar sob um céu claro
a marimba, a falar sob um céu claro
a madeira, de pau preto um aparo
a montanha
vou de boleia em boleia
Agora vou de boleia em boleia
agora vou voltar a ser menino
parar, ouvir silêncios sobre a areia
visitar-te em S. Francisco
Sobre a areia, visitar-te em S. Francisco
lua cheia
a subir tudo o que lembro
a gavinha, numa noite de Dezembro
Deixaste o sol na praia de Inhambane
no cais da ponte o dia do vapor
amigos que p´ra longe a pátria bane
num retrato de esplendor
Ventoinha, num retrato de esplendor
cazuarina, quinino saga e calor
a cantina
com o sabor, o leitor
e fico com o sabor das leituras
percorro a vossa esteira pelo mar
com um baú de histórias de aventuras
vou morrer em Zanzibar
MORRER EM ZANZIBAR
As histórias que contavas lá da aldeia
a bola no telhado da vizinha
o branco no amarelo da eira
e a calça sem bainha
A varanda e a calça sem bainha
a semana
na baía a pesca à linha
a vizinha, o que querias da montanha
Que pensamento querias da montanha
fugiste um dia p´ra Kilimanjaro
seria o jeito sábio dum cocoana
a falar sob um céu claro
a marimba, a falar sob um céu claro
a madeira, de pau preto um aparo
a montanha
vou de boleia em boleia
Agora vou de boleia em boleia
agora vou voltar a ser menino
parar, ouvir silêncios sobre a areia
visitar-te em S. Francisco
Sobre a areia, visitar-te em S. Francisco
lua cheia
a subir tudo o que lembro
a gavinha, numa noite de Dezembro
Deixaste o sol na praia de Inhambane
no cais da ponte o dia do vapor
amigos que p´ra longe a pátria bane
num retrato de esplendor
Ventoinha, num retrato de esplendor
cazuarina, quinino saga e calor
a cantina
com o sabor, o leitor
e fico com o sabor das leituras
percorro a vossa esteira pelo mar
com um baú de histórias de aventuras
vou morrer em Zanzibar
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Vamos a Marvão neste fim de semana!
"Nos dias 14 e 15 de novembro, o Município de Marvão promove a XXXII Feira da Castanha - Festa do Castanheiro. Este magnífico evento, reconhecido como o mais autêntico e genuíno do País, pretende homenagear uma espécie endógena da região, o Castanheiro, e o seu fruto, a Castanha.
Durante estes dois dias, a vila de Marvão transforma-se numa grande mostra de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, uma tenda de produtores locais, onde os visitantes poderão encontrar produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de restauração, no Largo de Camões.
No Largo do Terreiro, Largo de Santa Maria, Largo do Pelourinho e Largo do Espírito Santo, estarão situados os quatro tradicionais magustos, com mais de dois mil litros de vinho da região e cinco toneladas de castanhas, à disposição dos visitantes.
Na Casa da Cultura, ao longo do fim-de-semana, estará patente uma exposição temática dedicada à castanha e ao castanheiro, onde se poderão apreciar bordados antigos com casca de castanha, escadas em castanho, cestaria em madeiro de castanheiro, artesãos a trabalhar ao vivo, ou até mesmo a aplicação deste fruto e seus derivados na gastronomia. (...)"
Lido aqui: XXXII Festa do Castanheiro - Feira da Castanha de Marvão
Durante estes dois dias, a vila de Marvão transforma-se numa grande mostra de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, uma tenda de produtores locais, onde os visitantes poderão encontrar produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de restauração, no Largo de Camões.
No Largo do Terreiro, Largo de Santa Maria, Largo do Pelourinho e Largo do Espírito Santo, estarão situados os quatro tradicionais magustos, com mais de dois mil litros de vinho da região e cinco toneladas de castanhas, à disposição dos visitantes.
Na Casa da Cultura, ao longo do fim-de-semana, estará patente uma exposição temática dedicada à castanha e ao castanheiro, onde se poderão apreciar bordados antigos com casca de castanha, escadas em castanho, cestaria em madeiro de castanheiro, artesãos a trabalhar ao vivo, ou até mesmo a aplicação deste fruto e seus derivados na gastronomia. (...)"
Lido aqui: XXXII Festa do Castanheiro - Feira da Castanha de Marvão