""Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João..."
(Fotografia de Renata Pancich)
(Fotografia de Renata Pancich)
Os nascidos na cidade brasileira de São Paulo, capital do estado do mesmo nome, são chamados paulistas. A Larissa, uma menina brasileira que chegou há pouco à nossa escola, não nasceu na capital mas numa cidade desse grande estado: Hortolândia (209 139 habitantes, segundo estatísticas de 2013). Tanto faz. Vamos dar-lhe as boas-vindas com uma canção composta pelo baiano Caetano Veloso quando lá chegou. Intitula-se Sampa, que é como os os paulistas chamam também esta cidade.
Bem-vinda, moça!
Para aqueles que não saibam, eis alguns dados sobre a cidade de São Paulo (inclui um link):
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul do mundo: tem por volta dos 11 milhões de habitantes, mas, se for considerada a região metropolitana, ou seja, os 38 municípios que circundam a capital, a população chega a aproximadamente 19 milhões de habitantes (imaginem!). E reparem nas fotografias em baixo.
Bem-vinda, moça!
Para aqueles que não saibam, eis alguns dados sobre a cidade de São Paulo (inclui um link):
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul do mundo: tem por volta dos 11 milhões de habitantes, mas, se for considerada a região metropolitana, ou seja, os 38 municípios que circundam a capital, a população chega a aproximadamente 19 milhões de habitantes (imaginem!). E reparem nas fotografias em baixo.
SAMPA
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
Cá em baixo uma versão mais recente, e ao vivo, do próprio Caetano Veloso mais a Maria Gadu.
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