Blogue dos alunos de português de 3º e 4º de ESO do IES 'M. DOMINGO CÁCERES', em Badajoz, Espanha (De 2010-09-01 a 2020-01-17)
segunda-feira, 28 de maio de 2018
“No primeiro tramo do rio Tejo podiam navegar os grandes navios de carga..."
“No primeiro tramo do rio Tejo podiam navegar os grandes navios de carga, enquanto que as pequenas barcas, chegavam a Moron”
Estrabão, historiador, geógrafo e filósofo grego. Descreve o estuario do Tejo na sua obra Geographia, Livro III, escrito no Seculo I dC. Foto: Mapa da Lusitania - Desenho de César Figueiredo para o Documentário "Fundeadouro romano em Olisipo" - O porto de Lisboa em época romana.
Estrabão, historiador, geógrafo e filósofo grego. Descreve o estuario do Tejo na sua obra Geographia, Livro III, escrito no Seculo I dC. Foto: Mapa da Lusitania - Desenho de César Figueiredo para o Documentário "Fundeadouro romano em Olisipo" - O porto de Lisboa em época romana.
(Portugal Romano)
quinta-feira, 24 de maio de 2018
A conferência improvisada (José de Almada Negreiros)
A CONFERÊNCIA IMPROVISADA
Minhas Senhoras e meus Senhores:
Mulheres e homens são as duas metades da humanidade – a metade masculina e a metade feminina.
Há coisas inteiras feitas de duas metades e aonde não se pode cortar ao meio para separar essas duas metades. Exemplo: a humanidade com a metade masculina e a metade feminina. São duas metades que deixam, cada uma, de ser uma metade se não houver a outra metade.
A linha que passa por entre estas duas metades é parecidíssima com o ar por dentro de uma esponja do mar, seca.
José de Almada Negreiros
A invenção do dia claro (1921)
Minhas Senhoras e meus Senhores:
Mulheres e homens são as duas metades da humanidade – a metade masculina e a metade feminina.
Há coisas inteiras feitas de duas metades e aonde não se pode cortar ao meio para separar essas duas metades. Exemplo: a humanidade com a metade masculina e a metade feminina. São duas metades que deixam, cada uma, de ser uma metade se não houver a outra metade.
A linha que passa por entre estas duas metades é parecidíssima com o ar por dentro de uma esponja do mar, seca.
José de Almada Negreiros
A invenção do dia claro (1921)
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Mais uma vez! TUDO e todo, toda, todos, todas
Alunos do 4º ano, e do 3º, claro!
Ainda com estas confusões? Como já vos tenho dito e repetido, em português há diferenças entre tudo (invariável) e todo, toda, todos, todas (variável).
É um bocado confuso por vezes para os estudantes espanhóis, ou hispano-falantes, de português. Mas achei este vídeo, e julgo que será bom para alguns (muitos?) de vocês.
Ainda com estas confusões? Como já vos tenho dito e repetido, em português há diferenças entre tudo (invariável) e todo, toda, todos, todas (variável).
É um bocado confuso por vezes para os estudantes espanhóis, ou hispano-falantes, de português. Mas achei este vídeo, e julgo que será bom para alguns (muitos?) de vocês.
terça-feira, 22 de maio de 2018
Uma palavra muito importante: amizade
A amizade é o elo invisível que nos une a algumas pessoas bem chegadas, um vínculo muito especial, uma das palavras mais bonitas em qualquer língua: amizade, amistad, amistat, amicizia, amitié, friendship, Freundschaft...
Amizade é o título desta fotografia de Su Ferraz
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Samuel fala de quando ele era um miúdo
Salinas e a cidade de Aveiro ao fundo
Por volta dos meus 10 anos de idade tornei-me um miúdo estranho. A conversa da igreja do meu pai começou a entrar-me por um ouvido e a sair pelo outro; na escola primária, embora com a sorte de ter um professor fantástico, aprendia mais de História desviando-me do caminho normal para casa e passando belos pedaços de tarde com um velho sapateiro que contava as façanhas, virtudes e vergonhas de reis, rainhas, soldados e seus derivados, como se as tivesse vivido; na aldeia perto de Aveiro, em Ouca, onde por mim viveria sempre, aprendia sobre agricultura servindo de peso à grade de arar o campo de milho, vindimando, apanhando batatas (estragando muitas...); aprendia sobre o vinho pisando as uvas no lagar; aprendia sobre o pão passando noites em claro a “trabalhar” (dizia eu) na padaria do pai das minhas primas (pão para toda a aldeia e mais algum, tudo amassado à mão, forno de lenha), o grande primo António, um manancial de estórias que só paravam de desfilar de manhã... ou quando eu, depois de três dias sem dormir, “entrava em coma” em cima dos sacos de farinha; aprendia sobre ferro e fogo e tudo o mais que viesse à conversa, com o outro António, este, o senhor António, vizinho da frente da casa da aldeia, ferreiro, ferrador, um artista na forja e a “calçar” de novo juntas de bois, cavalos... e também grande “filosofador”, bastando a minha disponibilidade para accionar a alavanca do enorme fole da forja para ter conquistado a sua simpatia.
Todos suportavam estoicamente as minhas intermináveis perguntas e faziam de conta que admiravam os meus modernos e citadinos conhecimentos académicos, revistos e aumentados ano após ano.
Foi assim que aprendi a ver para lá do postal ilustrado da vida do campo e das profissões em vias de extinção. Ver o lado menos pitoresco, o lado do tremendo esforço, do sofrimento, dos bebés transportados em canastras, à cabeça, por mães operárias a caminho das fábricas de ferragens, pedalando nas suas bicicletas (que espectáculo! - dizia quem passava), do desespero das cheias do campo de Águeda (uma aventura para a garotada) que destruiam todo o milho de um ano de trabalho, do luto eterno dos pescadores da Vagueira e de Ílhavo. Foi assim que fiquei a conhecer o inferno por detrás da coisa mais bela que enfeitava o caminho que fazia para chegar à Costa Nova do Prado, as resplandecentes salinas de Aveiro, onde toneladas de mar eram transformadas em sal, que ia alimentar os porões dos barcos que partiam para a faina do bacalhau... e regressava, meses depois, impregnado nos milhares e milhares de grandes peixes que ficavam ali, esparramados a secar ao sol, em “estendais” intermináveis, Gafanha após Gafanha...
Samuel, no seu blogue Cantigueiro
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Uns ótimos autorretratos de alunos do 10º ano
Colégio Luso-Francês do Porto
Acho que todos sabem que o 10º ano português equivale ao 4º ano da ESO. Seriam capazes de fazer um autorretrato de vocês próprios como fazem a Íris, a Isabel e o Diogo? Até em verso!
Diria que o que mais me caracteriza é o meu rosto, daí que seja dele que parte o meu auto-retrato.
Olho-me ao espelho e fixo os meus olhos, tão profundos e escuros, tão atentos, que quase fazem esquecer a testa de um palmo de altura, onde vivem a expressividade e as suas marcas.
Desço. Um nariz bem pequeno, equilibrado e pontuado pelo sinal que mora bem no seu centro. Mais perfeccionista? Complicado... As bochechas de tez morena desfazem-se na boca. Essa, lá em baixo, é enérgica, pequena, avermelhada, nada espessa. Ah! O sorriso não desenha covinhas, o que é um infortúnio...
O cabelo, comprido, é uma tela de castanhos que vai ocultando a testa com a sua franja, muito escalado e irritado com a ondulação.
Sobrancelhas arqueadas e escuras, pestanas grandes e certas, maçãs do rosto que nada confessam: esses são os toques finais.
O meu nome? Íris, de alma e coração.
Íris Vasquez, 10ºC
Olhar sincero, apaziguador
Vejo assim o mundo, sorrindo.
Pele morena, cabelo sonhador,
Rio, sorrio e vou persistindo.
Na vida que me faz caminhar,
Rosto redondo, amante do Mundo
Que me enche o suave olhar,
Nariz pequeno, expressivo, profundo.
Orelhas despercebidas, sobrancelhas arqueadas,
Lábios finos, repletos de mimo,
Maçãs do rosto rosadas
Sonho e amo a vida
Sempre com sabor a mel...
Na vida e na morte assim sou: Isabel!
Isabel Sousa, 10ºC
Cabelos pretos e lisos,
Nariz pequeno e proporcional,
Testa franzida em três pisos,
Personalidade deveras emocional.
Olhos azuis, verdes ou cinzentos,
Sorriso sincero e atraente,
Lábios carnudos que causam lamentos,
Será razão destes tormentos?
Postura calma, transpirando concentração,
Olhar enigmático mas intenso,
Transmitindo dedicação.
Coração azul, ritmado,
Ondas, sol e amigos o mantêm animado.
Mas poderá por isso ser condenado?
Diogo Banha, 10ºC
(Fonte: Lusografias)
Diria que o que mais me caracteriza é o meu rosto, daí que seja dele que parte o meu auto-retrato.
Olho-me ao espelho e fixo os meus olhos, tão profundos e escuros, tão atentos, que quase fazem esquecer a testa de um palmo de altura, onde vivem a expressividade e as suas marcas.
Desço. Um nariz bem pequeno, equilibrado e pontuado pelo sinal que mora bem no seu centro. Mais perfeccionista? Complicado... As bochechas de tez morena desfazem-se na boca. Essa, lá em baixo, é enérgica, pequena, avermelhada, nada espessa. Ah! O sorriso não desenha covinhas, o que é um infortúnio...
O cabelo, comprido, é uma tela de castanhos que vai ocultando a testa com a sua franja, muito escalado e irritado com a ondulação.
Sobrancelhas arqueadas e escuras, pestanas grandes e certas, maçãs do rosto que nada confessam: esses são os toques finais.
O meu nome? Íris, de alma e coração.
Íris Vasquez, 10ºC
Olhar sincero, apaziguador
Vejo assim o mundo, sorrindo.
Pele morena, cabelo sonhador,
Rio, sorrio e vou persistindo.
Na vida que me faz caminhar,
Rosto redondo, amante do Mundo
Que me enche o suave olhar,
Nariz pequeno, expressivo, profundo.
Orelhas despercebidas, sobrancelhas arqueadas,
Lábios finos, repletos de mimo,
Maçãs do rosto rosadas
Sonho e amo a vida
Sempre com sabor a mel...
Na vida e na morte assim sou: Isabel!
Isabel Sousa, 10ºC
Cabelos pretos e lisos,
Nariz pequeno e proporcional,
Testa franzida em três pisos,
Personalidade deveras emocional.
Olhos azuis, verdes ou cinzentos,
Sorriso sincero e atraente,
Lábios carnudos que causam lamentos,
Será razão destes tormentos?
Postura calma, transpirando concentração,
Olhar enigmático mas intenso,
Transmitindo dedicação.
Coração azul, ritmado,
Ondas, sol e amigos o mantêm animado.
Mas poderá por isso ser condenado?
Diogo Banha, 10ºC
(Fonte: Lusografias)
Pedro L. Cuadrado
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Fernando Pessoa - Para viajar basta existir
Eis um trecho do semi-heterónimo pessoano Bernardo Soares, retirado do Livro do Desassossego. De certeza, que vocês não concordarão com estas palavras, por enquanto. É preciso refletir. Sabe-se lá algum dia...
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
«Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo.» Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
«Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo.» Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Breve (Alexandre O'Neill)
Alexandre O'Neill
BREVE
Bom, diz ele,
Dia!, diz ela.
Vamos?, diz ele,
Não!, diz ela.
Que há?, diz ele,
Nada!, diz ela.
Então, diz ele,
Adeus!, diz ela.
Alexandre O'Neill
Bom, diz ele,
Dia!, diz ela.
Vamos?, diz ele,
Não!, diz ela.
Que há?, diz ele,
Nada!, diz ela.
Então, diz ele,
Adeus!, diz ela.
Alexandre O'Neill
Mais humor de O'Neill, "Problema"
e "Assim era Alexandre O'Neill"
Pedro L. Cuadrado
terça-feira, 15 de maio de 2018
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Saltamos da Ponte Dom Luís para o Douro?
Desporto de risco? Vocês saltavam? Se não apreciam a altura de onde estes jovens vão saltar para as aguas do rio Douro, reparem na fotografia. A altura do tabuleiro inferior da ponte, de onde saltam estes jovens, é de 25 m; a altura do tabuleiro superior é de mais de 40 m.
A Ponte Luís I ou Luiz I, popularmente também chamada Ponte D. Luís, é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respectivamente) separadas pelo rio Douro, em Portugal.
Esta construção veio substituir a antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi realizada mediante o projecto do engenheiro belga Théophile Seyrig, que já tinha colaborado anteriormente com Gustave Eiffel na construção da ponte Maria Pia, ferroviária.
A ponte foi inaugurada em 1886 (tabuleiro superior) e 1888 (tabuleiro inferior e entrada em total funcionamento)
(Wikipédia)
A Ponte Luís I ou Luiz I, popularmente também chamada Ponte D. Luís, é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respectivamente) separadas pelo rio Douro, em Portugal.
Esta construção veio substituir a antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi realizada mediante o projecto do engenheiro belga Théophile Seyrig, que já tinha colaborado anteriormente com Gustave Eiffel na construção da ponte Maria Pia, ferroviária.
A ponte foi inaugurada em 1886 (tabuleiro superior) e 1888 (tabuleiro inferior e entrada em total funcionamento)
(Wikipédia)
quinta-feira, 10 de maio de 2018
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Estou tão cansada, tão..., como se diz...?
... tão estafada..., lá isso é, estafada!
Lemos na Infopédia:
estafado
2. extremamente cansado; exausto, extenuado
Lemos na Infopédia:
estafado
2. extremamente cansado; exausto, extenuado
Pedro L. Cuadrado
" Quero dar-te a coisa mais pequenina que houver..." (Rosa Lobato de Faria)
Fotografia de LTJcake
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houver
bago de arroz
grão de areia
semente de linho
suspiro de pássaro
pedra de sal
som de regato
a coisa mais pequena do mundo...
a sombra do meu nome
o peso do meu coração na tua pele.
Rosa Lobato de Faria
Atriz e escritora, Rosa Lobato de Faria (1932 - 2010) nasceu em Lisboa, no seio de uma família originária da Índia Portuguesa, com raízes aristocratas.
bago de arroz
grão de areia
semente de linho
suspiro de pássaro
pedra de sal
som de regato
a coisa mais pequena do mundo...
a sombra do meu nome
o peso do meu coração na tua pele.
Rosa Lobato de Faria
Atriz e escritora, Rosa Lobato de Faria (1932 - 2010) nasceu em Lisboa, no seio de uma família originária da Índia Portuguesa, com raízes aristocratas.
Pedro L. Cuadrado
terça-feira, 8 de maio de 2018
O que é um trompe-l'oeil?
Pere Borrell (1835 – 1910)- Huyendo de la crítica (1874)
O português utiliza a palavra francesa. Em espanhol, usa-se "trampantojo". Leiamos o que nos diz o dicionário Priberam:
trompe-l'oeil
(palavra francesa, de trompe, engana + le, o + oeil, olho)
substantivo masculino
Técnica de representação que pretende criar ilusão de relevo, perspectiva, materiais, etc.
Sobre o engano dos sentidos escreveu o filósofo francês Descartes:
"Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez."
substantivo masculino
Técnica de representação que pretende criar ilusão de relevo, perspectiva, materiais, etc.
Sobre o engano dos sentidos escreveu o filósofo francês Descartes:
"Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez."
"Roma. Palazzo Spada, la famosa galleria trompe l’oeil del Borromini"
Andrea del Pozzo, Igreja dos Jesuítas, Viena.
Andrea del Pozzo, Igreja de Santo Inázio, Roma. (*)
E o que acham destas passadeiras na Islândia?
Trompe-l'oeil de Julian Beever
Pedro L. Cuadrado
segunda-feira, 7 de maio de 2018
sexta-feira, 4 de maio de 2018
Susana Félix canta com Jorge Drexler
Espero que gostem desta canção de Susana Félix cantada em duas línguas: a portuguesa e a nossa, porque Jorge Drexler é uruguaio e fala espanhol, claro.
A IDADE DO CÉU
Não somos mais
que uma gota de luz
uma estrela que cai
uma fagulha tão só na idade do céu
No somos lo que quisiéramos ser
solo un breve latir
en un silencio antiguo
con la edad del cielo
Calma, tudo está em calma
deixa que o beijo dure
deixa que o tempo cure
deixa que alma
tenha a mesma idade que a idade do céu
Não somos mais
que um punhado de mar
um gracejo de Deus
um capricho do sol do jardim do céu
No damos pie
entre tanto tic tac
entre tanto big-bang
solo un grano de sal
en el mar del cielo
Calma, tudo está em calma
deixa que o beijo dure
deixa que o tempo cure
deixa que alma
tenha a mesma idade que a idade do céu
A IDADE DO CÉU
Não somos mais
que uma gota de luz
uma estrela que cai
uma fagulha tão só na idade do céu
No somos lo que quisiéramos ser
solo un breve latir
en un silencio antiguo
con la edad del cielo
Calma, tudo está em calma
deixa que o beijo dure
deixa que o tempo cure
deixa que alma
tenha a mesma idade que a idade do céu
Não somos mais
que um punhado de mar
um gracejo de Deus
um capricho do sol do jardim do céu
No damos pie
entre tanto tic tac
entre tanto big-bang
solo un grano de sal
en el mar del cielo
Calma, tudo está em calma
deixa que o beijo dure
deixa que o tempo cure
deixa que alma
tenha a mesma idade que a idade do céu
Pedro L. Cuadrado
quarta-feira, 2 de maio de 2018
A evolução da educação
Isto dá-se em toda a parte, parece ser. Como o nível de exigência nos diversos sistemas educativos foi descendo, descendo... Achei isto por acaso, e trago aqui para que vocês leiam e reflitam um bocado. A situação que nos contam no primeiro parágrafo é um bocado para chorarmos nós também, não é?
Há quem fale de facilitismo, aqui um exemplo pra quem quiser ler.
Há quem fale de facilitismo, aqui um exemplo pra quem quiser ler.
A moeda de que se fala no texto é o real, a moeda brasileira, pois li isto num blogue brasileiro.
Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi mais ou menos assim:
Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?
Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. Qual é o lucro?
Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. O lucro é de R$20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO
Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. Se você souber ler coloque um X no R$20,00.
( )R$20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. Se você souber ler coloque um X no R$20,00. (Se você é afrodescendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)
( )R$20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
Achado no blogue Biometrio, a cujo autor agradeço a licença para a publicação.
Pedro L. Cuadrado