terça-feira, 30 de abril de 2019

"Tenho saudade de tudo que ainda não vi."


Renato Russo (1960 - 1996), nome artístico de Renato Manfredini Júnior, foi um cantor e compositor brasileiro, célebre por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana.

(Wikipédia)

Essas palavras fazem-me lembrar aquelas do poeta português Fernando Pessoa, já lidas aqui há tempos:

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram"




"Quanto mais as ovelhas leem..."



O que é Ovelha Negra:

Ovelha negra é uma expressão utilizada para denominar uma pessoa que é diferente das outras, está fora dos padrões considerados normais pela sociedade. Geralmente, ovelha negra é utilizada em um sentido negativo, como alguém que é diferente, mas em um lado ruim, e não como um destaque.

É muito comum a expressão ovelha negra da família, que é quando um membro de uma família não é muito bem-quisto, que é visto com maus olhos perante os outros, é normalmente conhecido por suas atitudes erradas, equivocadas, muitas vezes é alguém que faz maldades para outras pessoas, é rebelde e etc.

Algumas pessoas consideram equivocado o termo, pois é utilizado para designar pessoas com um comportamento diferente, aquelas que querem ousar e ser muito diferente dos demais, atualmente é considerado como ter atitude, porém, nesse caso, ovelha negra é aquela que faz maldades, que é irresponsável, não tem caráter, que é diferentes de todos os outros membros de um grupo, ou família.


Origem da Expressão Ovelha Negra

A maioria das ovelhas são brancas e claras, porém, as vezes ocorrem mutações genéticas, e nasce uma preta, destacando-se muito das demais. A expressão surgiu com o pastoreio, geralmente a ovelha que nascia preta era aquela que não acompanhava os outros animais, era mais difícil cuidá-la e tratá-la. Mesmo cuidando tão bem de todas, muitas vezes o pastor não conseguia evitar que ela se tornasse diferente, então a chamavam de ovelha negra.

Portanto, os pastores e fazendeiros preferiam sempre as ovelhas brancas, porque a lã branca podia ser tingida e o animal tinha mais valor de mercado.





Um sussurro sobre a água do mar


Muitas fotografias de surf costumam ser espetaculares, como esta de Bernie Ledesma nas Ilhas Filipinas. Swoosh  (= sussurro) é o título da fotografia.





segunda-feira, 29 de abril de 2019

Marta Cavaco - Contestações actuais (25 de março de 2010)


"A celebração da Revolução não tem que fazer sentido apenas para a Memória, mas para nos fazermos ouvir em situações tão específicas e actuais.

Certo é que não será só o 25 de Abril o mote para nos fazermos ouvir, mas é um veículo. E espero que assim continue a ser por muitos anos, é esse, para mim, o sentido da Revolução, bem como a perpetuação dos seus valores."

Marta Cavaco




Grafitti na Av. Fontes Pereira de Melo, em Lisboa



Estamos na Av. Fontes Pereira de Melo, na capital portuguesa. A fotografia é de xpgomes9.




sexta-feira, 26 de abril de 2019

DEIXAR e deixEI e deixOU


Ai, é tão, tão fácil este verbo, deixar, e que por ser regular, não há problema nenhum para o conjugar corretamente no Pretérito Perfeito Simples... Com muita atenção, claro, nessas primeira e terceira pessoas.

Especialmente dedicado para os pequeninos de 3º CD...
















quinta-feira, 25 de abril de 2019

Quem foi Fernando Salgueiro Maia?

Salgueiro Maia no dia 25 de abril de 1974 (Fotografia de Alfredo Cunha)


Salgueiro Maia, capitão sem medo

Comandou a coluna militar que saiu de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço, no 25 de abril de 1974. Horas mais tarde comandou o cerco ao Quartel do Carmo, que terminou com a rendição do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano.

No programa Grandes Portugueses, da RTP, Salgueiro Maia foi apresentado por esta pequena biografia:

Vamos clicar aqui.


Fotografia de Alfredo Cunha


Artigo da Infopédia sobre ele:

Militar português, Fernando José Salgueiro Maia nasceu a 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide, e morreu a 4 de abril de 1992, no Hospital Militar de Belém (Lisboa).

Depois de frequentar a Academia Militar e a Escola Prática de Cavalaria, desempenhou funções de alferes-comando em Moçambique, durante a Guerra Colonial.

Já com o posto de capitão, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se uma das figuras-chave do golpe. Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcello Caetano, que se lhe rendeu. Assim se deu a queda do Estado Novo.

A revolta militar foi desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), que derrubou o regime praticamente sem o emprego da força e sem provocar vítimas. Os dois únicos momentos de tensão foram protagonizados pelo próprio Salgueiro Maia: o primeiro foi o encontro com um destacamento de blindados, até então obediente ao Governo, resolvido quando estas tropas tomaram posição ao lado dos revoltosos; o outro ocorreu quando o capitão mandou abrir fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR.

Retomando modestamente o rumo da sua carreira militar, o capitão Salgueiro Maia recusou as honrarias que o regime democrático lhe quis atribuir. Todos os anos é recordada a sua coragem e a sua determinação aquando das comemorações do 25 de abril.





O que faz falta (José Afonso)


"O Que Faz Falta" é um single de José Afonso, editado a partir do álbum Coro dos Tribunais e lançado em 1974. Pois, eu sei, há muitos, muitos anos, mas as coisas boas permanecem, como as canções de José Afonso. E aprendemos com as suas letras  um pouco de como é que estava Portugal naqueles anos tão difíceis.

Música de Intervenção (Português europeu) ou música de protesto (Português brasileiro) é uma categoria que engloba canções de música popular compostas com o intuito de chamar a atenção do ouvinte a um determinado problema de um certo país, seja ele de origem social, política ou econômica.

Era um tipo de música muito comum nos anos 60 e 70 do século XX, durante a ditadura militar brasileira ou nos últimos anos do Estado Novo português.

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Ah, e essa palavra, malta? A Infopédia diz: "1. coloquial conjunto de pessoas de idade próxima e com interesses comuns; gente"

E corja?  "bando de pessoas desprezíveis"


O QUE FAZ FALTA

Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta

Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta

Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta

O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta

Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta

José Afonso



Cravos em Portugal






quarta-feira, 24 de abril de 2019

Tenho saudades (Andrea Paes)

Cabaceira Grande, Moçambique (Foto de zug55)


Desde Moçambique...


TENHO SAUDADES

Tenho saudades
do tempo em que
o mundo era pequeno.

Era só ali.

E eu cabia nos ramos
das acácias

e não sabia do longe que existia.

Só do perto
que sentia.

Andrea Paes



"Chegou a hora de mudar"


Estamos em Pirenópolis, Goiás, no Brasil. Uma fotografia de Depinniped.





terça-feira, 23 de abril de 2019

Recordamos as Bibliotecas Itinerantes da Fundação Gulbenkian (1953-2002)

F. Gulbenkian - [Biblioteca Itinerante n.º 006 (Lagos). Leitora]

Voltamos das férias da Páscoa neste bonito dia, 23 de abril, já devem ter reparado, o Dia do Livro. A este respeito, leiam e fiquem a saber do grande labor da Fundação Gulbenkian:

O Serviço de Bibliotecas Itinerantes (SBI) foi criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 1958, segundo sugestão de Branquinho da Fonseca e como seguimento ao projecto de uma biblioteca-circulante iniciado pelo mesmo em 1953 no Museu-Biblioteca do Conde Castro Guimarães, em Cascais, onde na altura exercia funções de conservador-bibliotecário. Almejava abranger todo o território nacional, incluindo os arquipélagos.

Tinha como objectivos “promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, assentando a sua prática no princípio do livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço.”. O público a quem o serviço se dirigia era principalmente o de menor acesso à educação e cultura, habitando nas regiões mais desfavorecidas e estendendo-se a todas as faixas etárias. Todavia seria entre público mais jovem que teria melhor acolhimento. 

(...)

O programa foi extinto em 2002.

(Wikipédia)


V. "A Fundação Gulbenkian" no nosso blogue.

 





"Quem não lê, não quer saber..." (Padre António Vieira)


Quem não lê, não quer saber; quem não quer saber, quer errar.

Padre António Vieira 



Padre António Vieira (Lisboa, 6 de fevereiro de 1608 — Salvador, 18 de julho de 1697), foi um religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus.

Uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu incansavelmente os direitos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi). 



“Ler para arvorar novos pensamentos”




“Ler para arvorar novos pensamentos”

il. Rådhusets-Julkalender




quinta-feira, 11 de abril de 2019

Ai, grande Quino!
















quarta-feira, 10 de abril de 2019

"E quem fez as estrelas?" (Venes)


Venes Caitano, que assina como Venes.




Falam de mim (Alice Caymmi)

(2015)

Reparem na expressão não ligo ("no hago caso") desta canção de Alice Caymmi, cantora brasileira, que pertence a uma grande família de músicos (ela é neta de Dorival Caymmi, filha de Danilo e Simone Caymmi e sobrinha de Nana e Dori Caymmi)

E uma pergunta: há alguma coisa na letra que chame a vossa atenção?


FALAM DE MIM

Falam de mim
Mas eu não ligo
Todo mundo sabe
Que eu sempre fui amigo

Um rapaz como eu
Não merece essa ingratidão
Falam de mim
Falam de mim
Mas quem fala não tem razão.

Por ciúme ou por despeito
Falam de mim
Não está direito
Procederem assim
Meu coração
Não merece essa ingratidão

Falam de mim
Falam de mim
Mas quem fala não tem razão


Podem comparar comparar com a versão da tia de Alice, Nana Caymmi, mas estou certo que vocês vão gostar mais da primeira.


Canta Nana Caymmi (1977)


Alice Caymmi, mais natural.


"Aulas de humanidade" (André Dahmer)


Descrevemos o que aqui se passa e até dá para comentar alguma coisa, não acham?





terça-feira, 9 de abril de 2019

Um provérbio cigano para o Dia Internacional do Cigano

Este cartaz é do ano passado, mas não faz mal, pois não?


Ontem, dia 8 de abril, foi o Dia Internacional do Cigano.

O objetivo deste dia é comemorar a cultura e a história do povo cigano, lutando para o seu reconhecimento e contra o preconceito e a discriminação sentida por essa comunidade.

Neste dia realizam-se atividades em Portugal, como exposições de fotografia sobre a cultura cigana e tertúlias sobre a sua integração.

É desde 1971 que se comemora o Dia Internacional do Cigano a 8 de abril, pois foi nessa data que se realizou o primeiro encontro internacional de ciganos em Orpingtion, nas redondezas de Londres. A data foi institucionalizada pela ONU, como International Romani Day.

(Trecho retirado de calendarr)

E eis esse provérbio cigano mencionado no título. O que acham?


Depois de amanhã, amanhã será ontem.


Fotografia de Patrícia Melo Moreira



A beleza de uma forma


Restos de mar é o titulo desta fotografia de Eleonora Brutti. Reparem como é bonita a forma da concha do náutilo que esta jovem tem na mão.

Náutilo na Infopédia:

ZOOLOGIA designação comum, extensiva aos moluscos cefalópodes do género Nautilus, da família dos Nautilídeos, encontrados nos oceanos Índico e Pacífico, que apresentam concha espiralada, dividida interiormente por septos transversais em várias câmaras, a última das quais acolhe o corpo do animal

Do grego nautílos, «marinheiro», pelo latim nautĭlu-, «idem»

E na Wikipédia encontrei esta fotografia e o seguinte texto:



Vista interna da concha madreperolada de um molusco cefalópode do gênero Nautilus, mostrando suas câmaras compartimentadas. O animal vive na cavidade que desemboca na abertura, com o restante servindo como câmaras de flutuação. Um tubo fino, o sifão, liga todas as câmaras ao corpo, acreditando-se que controle a flutuabilidade, regulando a proporção de gás ou de líquido nas câmaras.


Francis Bacon, sobre as viagens dos jovens e dos velhos



Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo, cientista, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.




"O que não fiz vira sonho"



Como é que diriam isto em Portugal? O que não fiz torna-se sonho, ou também O que não fiz se torna sonho.





segunda-feira, 8 de abril de 2019

"A velhice começa quando se perde a curiosidade"

Fotografia de Jairo BD



A velhice começa quando se perde a curiosidade.

José Saramago