Autor: Estêvão Vieira, stêvz, brasileiro. Isto não vos faz pensar no discurso directo e indirecto? Ele disse que...
Blogue dos alunos de português de 3º e 4º de ESO do IES 'M. DOMINGO CÁCERES', em Badajoz, Espanha (De 2010-09-01 a 2020-01-17)
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O queixo não se come
Queixo (Fotografia de Lady Amnésia)
Vocês gostam de queijo? De certeza que a maioria gosta. E gostam de queixo? Cuidado com o xis, porque então o lacticínio fica convertido numa parte do corpo. Estão a ver? Alguns de vocês escreveram "queixo" como alimento...
Para além das letras, já sabem que o som por elas representado é diferente:
Na palavra queijo, o j (jota) tem um som [ʒ] (palatoalveolar fricativo sonoro).
Na palavra queixo, o x (xis) tem um som [ʃ] (palatoalveolar fricativo surdo)
A partir de agora espero que ninguém faça esta confusão ou que peça em Portugal uma sandes de "queixo"... Teria muita piada.
Para onde aponta o dedo? Para o queixo
quinta-feira, 26 de maio de 2011
A palavra 'fotografia' em japonês
Em japonês, fotografia diz-se shashin - reproduzir (sha) a verdade (shin). Isto aqui é um kanji. (Os kanji (漢字) são caracteres da língua japonesa com origem de caracteres chineses.)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
O que é o tupi?
O tupi é uma língua indígena extinta, originária do povo Tupinambá, no Brasil, que teve sua gramática estudada pelos jesuítas, e que deu origem a dois dialetos, hoje considerados línguas independentes: a Língua Geral Paulista, e o Nheengatu (Língua Geral Amazônica). Esta última ainda é falada até hoje na Amazônia.
A maior parte das palavras tupis são constituída por raízes com uma ou duas sílabas que já definem praticamente de que assunto se trata. Por exemplo: CAA é mato, planta, SOO é animal, bicho, aliás, no mundo inteiro e em qualquer língua, qualquer jardim zoológico é ZOO ou SOO, dependendo da pronúncia mais ou menos branda. "Y" é sempre água ou um líquido qualquer. "A" é cabeça, coisa arredondada e também semente, raiz. Tais monossílabos se perdem no passado da humanidade e não se sabe a origem deles. Outras raízes importantes são: Sy (mãe), Tuba ou Ruba (Pai, tronco), Aba (Pessoa, homem, índio), Yby (Terra, chão), Oca (Casa, abrigo), An (Sombra, vulto, fantasma), Uã (Talo, haste), Itá (Pedra, objeto duro, metal duro), Ara (Dia, luz, clima, tempo, hora, nascer, ave). Como se pode observar, são substantivos simples e com eles são compostos uma infinidade de vocábulos. É muito importante saber esses vocábulos para que se identifique de imediato de que se trata um assunto.
A infinidade de nomes tupis que encontramos na geografia brasileira, nas denominações dos animais, plantas etc., são quase sempre descrições perfeitas e rigorosas das coisas a que se referem e envolvem uma explicação inteira. Cada palavra é uma verdadeira frase, o que, aliás, é um dos grandes prazeres do estudo da língua. Decifrar o significado das palavras, recorrendo, inclusive, a uma visita ao local. Um bom exemplo disso é:
Paranapiacaba = parana + epiaca + caba / mar + ver + lugar + onde. Lugar de onde se vê o mar.
A língua tupi é aglutinante, não possui artigos (assim como o Latim) e não flexiona em gênero e nem em número.
Vejamos outros exemplos destes topónimos e os seus significados:
Lista de cidades e localidades (nome tupi-guarani + significado)
Abaeté: homem forte, homem de respeito
Aracaju: lugar antigo
Araxá: bela vista
Botucatu: bons ares
Curitiba: pinheiral
Guaratinguetá: muitas garças brancas
Itabira: pedra levantada
Itamarati: pedras brancas
Itanhaém: pedra que canta
Itatiba: muitas pedras
Pará: rio mar
Paraíba: rio ruim
Paraitinga: rio de águas claras
Paranaguá: grande mar redondo
Pirassununga: lugar onde o peixe faz barulho
Sorocaba: terra rasgada
Tabapuã: aldeia em local alto
Tijuca: brejo
Ubatuba: muitas canoas, porto
Uberaba: água cristalina
Uiraúna: pássaro preto
Umuarama: lugar de pessoas amigas
Guanabara: baia grande
Iguaçu: rio grande
Iguatemi: rio verde escuro
Ipanema rio de agua ruim
Ipiranga: rio vermelho
Jericoacoara: local das tartarugas
(Fonte: Wikipédia. Adaptado)
segunda-feira, 23 de maio de 2011
"O capital precisa de ti"
Fotografia de Jorsan75
Stencil numa rua de Coimbra. A inspiração do desenho, em baixo. As palavras são outra coisa, não são?
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Olhem aí que bela sardinha!
A proposta da ilustradora Susana Carvalhinhos para as Festas de Lisboa. Já falta pouco!
(Façam o favor de clicar na imagem para verem a sardinha inteirinha, hoje que fica escondida por trás da fotografia)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Ela vende conchas à beira-mar
Fotografia de CARF
"Ela vende conchas à beira-mar" é a tradução do título em inglês desta fotografia apesar de estarmos no Brasil. É preciso reconhecer que fica muito bonito nesta língua: She sells seashells on the seashore.
Porque é que os títulos desta e outras muitas fotografias aparece em inglês? CARF (Children at Risk Fundation) é uma ONG. Em 1992, Gregory J. Smith realizou um velho sonho: usou suas reservas economicas e experiência em um projeto de ajuda a crianças em risco. Neste ano ele criou o Children At Risk Foundation na Noruega. Gregory optou por deixar o pais e iniciar o audacioso projeto de recuperação para crianças de rua em São Paulo. Criava-se então em 1993, o CARF Brasil.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Chegada dos portugueses ao Japão
A chegada dos portugueses ao Japão, pormenor de um biombo Namban
Os Portugueses chegaram ao Japão em 1543. O Japão era conhecido desde o tempo de Marco Polo, que lhe chamou Cipango. Mas foram efectivamente os portugueses os primeiros europeus a chegar ao Japão. Põe-se ainda hoje a questão de saber quem foram esses primeiros portugueses: se Fernão Mendes Pinto (autor de Peregrinação) fazia parte deles, ou se foram António Peixoto, António da Mota e Francisco Zeimoto. O que é certo é que comerciantes portugueses desde logo começaram a negociar com o Japão. A partir de 1550, o comércio com o Japão passou a ser um monopólio, sob chefia de um capitão-mor. Como em 1557 os portugueses se estabeleceram em Macau, na China, isso vai ajudar o comércio com o Japão, principalmente de prata.
Os missionários desde o início vão entrar também no Japão. É em 1549 que chegam os primeiros, entre eles São Francisco Xavier, que progressivamente vão penetrando pelo Japão, chegando a Nagasáqui em 1569, que foi doada aos Jesuítas em 1580. E entre 1582 e 1590 realiza-se a primeira embaixada do Japão à Europa. Em 1587 dá-se uma reviravolta na posição de protecção aos missionários, sendo os Jesuítas expulsos.
O contacto entre as duas civilizações deixou marcas duradouras. A língua portuguesa foi, no início, o meio de comunicação dos estrangeiros com o Japão. Ainda hoje há inúmeros vocábulos de origem portuguesa. Foi com os portugueses que entrou no Japão a imprensa de tipos metálicos, sendo um missionário português quem escreveu a primeira gramática da língua japonesa. Foram também os portugueses que introduziram no Japão as armas de fogo, além de novos conhecimentos nos domínios da medicina, astronomia, matemática, além de ensinarem a arte da navegação dos portugueses.
Retirado de Infopédia
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Bruno Prez
No bairro de Alfama, em Lisboa
Ao Martim Moniz, em Lisboa
Bruno Prez é um designer gráfico e director artístico português. Ele faz muita coisa, nem sempre nas paredes, é claro, mas acho que destas amostras é que vocês vão gostar mais.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Estes são os Buraka Som Sistema!
É de 2007, mas tanto faz, não acham? Esta música é para abanar o capacete. Haha... Eles são portugueses, mas a música que fazem é muito africana. O nome da banda é inspirado na freguesia de Buraca, da cidade da Amadora, na outra margem do rio Tejo.
Vejam o que dizem num blogue inglês deles, dos Buraka Som Sistema:
"Their music sounds like nothing else on the music landscape these days. The fusion of kuduro (a genre of dance music from Angola), grime, hip-hop and house takes you from the suburbs of Portugal to the club".
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Vários provérbios
Fotografia de Eikoh Hosoe
Quem vê caras, não vê corações é um provérbio português.
Quer dizer que não podemos fazer julgamentos precipitados sem conhecer uma pessoa. Por exemplo, julgá-la pelo seu comportamento, pelas suas roupas. É necessário, compreender essa pessoa, conhecê-la para poder dar um veredicto, e dizer como é ou não é. Por outras palavras, as aparências iludem, enganam...
Quer dizer que não podemos fazer julgamentos precipitados sem conhecer uma pessoa. Por exemplo, julgá-la pelo seu comportamento, pelas suas roupas. É necessário, compreender essa pessoa, conhecê-la para poder dar um veredicto, e dizer como é ou não é. Por outras palavras, as aparências iludem, enganam...
E ligado com este assunto das aparências, mais outro provérbio:
Mais vale ser do que parecer.
Pedro L. Cuadrado
terça-feira, 3 de maio de 2011
O 'instante' segundo Nietzsche
Nietzsche pelo pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944)
Vês este pórtico? Tem duas faces. Reúnem-se aqui dois caminhos e ninguém ainda os percorreu até ao fim. Esta longa rua que desce, é uma rua que se prolonga durante uma eternidade e esta longa rua que sobe - é outra eternidade. Estes caminhos contradizem-se, chocam um com o outro. E é aqui, neste pórtico que eles se encontram. O nome do pórtico está inscrito na sua fachada, chama-se «instante».
Friedrich Nietzsche (1844 — 1900) foi um filólogo e influente filósofo alemão do século XIX.