terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Onde fica Castelo Branco?



Um grupo de alunos de 2º e de 3º da ESO da nossa Escola, o IES M. Domingo Cáceres de Badajoz,  vai fazer um intercâmbio escolar no mês de Abril com a EBI João Roiz de Castelo Branco. Vamos começar por saber onde é que fica esta cidade portuguesa. Muito perto da Extremadura, como podem ver.

Castelo Branco é a capital do Distrito de Castelo Branco, situada na região Centro (Beira Baixa) e subregião da Beira Interior Sul, com cerca de 30 649 habitantes.

É sede de um dos maiores municípios portugueses, com 1 438,16 km² de área e 53 909 habitantes (dados de 2008), subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pelo município do Fundão, a leste por Idanha-a-Nova, a sul pela Espanha, a sudoeste por Vila Velha de Ródão e a oeste por Proença-a-Nova e por Oleiros. Os habitantes de Castelo Brancos são chamados albicastrenses.


Mapa do Distrito de Castelo Branco



Percebem a piada?


É difícil de perceber? Pronto, vamos ver se algum aluno é capaz de explicar onde é que está a piada desta interpretação que alguem fez destas duas fotografias de uma cimeira qualquer na Europa "dos nossos pecados". Já vimos na altura o que se passava em certo dia em Portugal, e noutras partes... Bom, acho que falei demais.

Quem fala e ri tanto é Pedro Passos Coelho, o atual líder do Partido Social Democrata e Primeiro-ministro de Portugal desde 21 de Junho de 2011. Acho que todos conhecem, ou pelo menos ouviram falar, de Angela Merkel, desde 2005 Chanceler da Alemanha e líder do partido União Democrata-Cristã (CDU) desde 2000.

O aluno da turma do 4º ano que acertar, será recompensado. A resposta, nos Comentários.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Capim (Djavan)



O capim é "uma designação comum a várias epécies. de diferentes géneros das famílias das gramíneas e das ciperáceas, a maioria usadas como forrageira."

Djavan é um cantor, compositor, produtor musical e violonista brasileiro. Cuidado, o violão é uma guitarra no Brasil.


CAPIM

Capim do Vale, vara de goiabeira na beira do rio
paro para me benzer
Mãe d'Água sai um pouquinho desse seu leito ninho
que eu tenho um carinho para lhe fazer

Pinheiros do Paraná
Que bom tê-los como areia no mar
Mangas do Pará, pitombeiras da Borborema
A Ema gemeu no tronco do Juremá

Cacique perdeu mas lutou que eu vi
Jari não é Deus mas acham que sim
Que fim levou o amor
Plantei um pé de fuló deu capim...

Capim do Vale, vara de goiabeira na beira do rio
paro para me benzer
Mãe d'Água sai um pouquinho desse seu leito ninho
que eu tenho um carinho para lhe fazer

Pinheiros do Paraná
Que bom tê-los como areia no mar
Mangas do Pará, pitombeiras da Borborema
A Ema gemeu no tronco do Juremá

Cacique perdeu mas lutou que eu vi
Jari não é Deus mas acham que sim
Que fim levou o amor
Plantei um pé de fuló deu capim..


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

'Tarda fluit pigris, velox operantibus hora'


Na parte de baixo deste grande relógio de sol, na Suiça, há uma inscrição latina que diz:

Tarda fluit pigris, velox operantibus hora.


Isso quer dizer em português o seguinte: A hora passa devagar para os preguiçosos, e veloz para os operosos.

Nota. Operosos não é uma palavra de todos os dias e acho que dá para se entender no contexto da frase, mas vamos lá ver o que significa: 

operoso: laborioso; produtivo (quer dizer, "os que trabalham"). 

Pensem um bocado nesse provérbio latino. Não diz nada a ninguém? Alguém se sente aludido por um lado ou pelo outro?


Este homem só queria ficar mais inteligente...


O tamanho da imagem não é grande coisa, mas acho que dá para ler. Esta mensagem vai dedicada para todas as meninas do 3º e do 4º anos.

O homem só queria ficar mais inteligente... Estão a ver o que fez o génio com ele?


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O senhor Brecht (Gonçalo M. Tavares)


Gonçalo M. Tavares é um escritor português. Nasceu em agosto de 1970 em Luanda, Angola, e em 2001 publicou a sua primeira obra.

Sinopse do seu livro O Senhor Brecht: «O Senhor Brecht é um contador de histórias. Senta-se numa sala praticamente vazia e vai contando pequenas histórias entre o absurdo e o humor negro. A sala vai enchendo aos poucos, o que lhe trará no final um novo problema: o público tapa a porta de saída – e o senhor Brecht fica assim encurralado com o seu próprio sucesso.»

Um paradoxo, meninos e meninas: por vezes, o absurdo é maneira mais lógica de enfrentar a nossa realidade, mais uns pingos de humor, negro, é claro. O riso é uma boa medicina.

Leiamos um excerto deste livro:


O desempregado com filhos

Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão que te resta.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a cabeça.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.


O homem mal-educado

O mal-educado não tirava o chapéu em nenhuma situação. Nem às senhoras quando passavam, nem em reuniões importantes, nem quando entrava na igreja.
Aos poucos a população começou a ganhar repulsa pela indelicadeza desse homem, e com os anos esta agressividade cresceu até chegar ao extremo: o homem foi condenado à guilhotina.
No dia em questão colocou a cabeça no cepo, sempre, e orgulhosamente, com o chapéu.
Todos aguardavam.
A lâmina da guilhotina caiu e a cabeça rolou.
O chapéu, mesmo assim, permaneceu na cabeça.
Aproximaram-se, então, para finalmente arrancarem o chapéu àquele mal-educado. Mas não conseguiram.
Não era um chapéu, era a própria cabeça que tinha um formato estranho.


Avaria

Por um curto-circuito eléctrico incompreensível o electrocutado foi o funcionário que baixou a alavanca e não o criminoso que se encontrava sentado na cadeira.
Como não se conseguiu resolver a avaria, nas vezes seguintes o funcionário do governo sentava-se na cadeira eléctrica e era o criminoso que ficava encarregue de baixar a alavanca mortal.


Os sábios

Uma galinha, finalmente, descobriu a maneira de resolver os principais problemas da cidade dos homens. Apresentou a sua teoria aos maiores sábios e não havia dúvidas: ela tinha descoberto o segredo para todas as pessoas poderem viver tranquilamente e bem.
Depois de a ouvirem com atenção, os sete sábios da cidade pediram uma hora para reflectir sobre as consequências da descoberta da galinha, enquanto esta esperava numa sala à parte, ansiosa por ouvir a opinião destes homens ilustres.
Na reunião, os sete sábios por unanimidade, e antes que fosse tarde demais, decidiram comer a galinha.




Para os nossos alunos em Roma









L' italiano è una lingua molto bella, bellissima... Estas são algumas das palavras em italiano que parte dos nossos alunos do 4º ano terão aprendido em Roma, onde estão desde sábado. Eles voltam na próxima quinta-feira e poderão dizer esse Arrivederci, Roma!


Imagens de Veronissima




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Região do Algarve


Por baixo do vizinho Alentejo, fica o Algarve.

O Algarve da palavra árabe (الغرب, al gharb) que significa "o oeste" é a região mais a sul de Portugal continental. Com uma área de 5,412 km² e uma população de 450 484 habitantes (Censos 2011; 4,5% do Continente, 4,3% de Portugal), constitui a região turística mais importante de Portugal.





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

?! (Naara Nascimento)


Este lindo desenho foi feito por Naara Nascimento, que mora um bocado longe de nós, no Brasil, na cidade de S. Salvador, capital do estado da Bahia.

A autora utilizou nanquim sobre papel. Acho que em Portugal é mais frequente dizer tinta da china.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

De pernas para o ar

Fotografia de Danielly Annine

Esta jovem está de pernas para o ar, como podem ver, ou de outra maneira, está de cabeça para baixo. Mas em sentido figurado diz-se que está tudo de pernas para o ar quando há uma grande confusão.

Por exemplo, se o quarto de um  rapaz ou uma rapariga não está arrumado, a mãe poderia dizer: "Filho, isto está de pernas para o ar. Tens de arrumar o teu quarto".

É fácil qual a expressão equivalente em espanhol, não é? Podem responder nos Comentários.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tato e o seu ano novo (Albert Monteys)


Uma pergunta: vocês lêem banda desenhada? Pode-se fazer muita coisa para além de jogar computador ou consola...

O original foi publicado na revista de humor espanhola El Jueves, mas cá podemos lê-lo em português. Não sei onde é que o encontrou o amigo Luís, nos seus Senderos da Mão Esquerda. Publicamo-lo, agora que ainda estamos a começar este ano 2012 que tem tão mau aspeto... Mas ajuda rirmos um bocado, sabem? O riso é uma boa defesa.





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"ter uns para os otros uma amabilidade de viagem"

 

Vivemos todos, neste mundo, a bordo de um navio saído de um porto que desconhecemos para um porto que ignoramos; devemos ter uns para os outros uma amabilidade de viagem. 

Fernando Pessoa



Hoje é dia de azar em Portugal



E também no Brasil e em muitos outros países. No nosso, é terça-feira, 13. Eu não acredito nisto, e é possível que vocês todos também não.

Superstições nestes dias tão difíceis? Peço desculpa aos Portugueses por falar hoje em dia de azar quando eles estão a viver terríveis dias de azar há tanto tempo.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Centenário de Alves Redol



Soubemos do centenário o escritor português Alves Redol pelo blogue Entrelinhas. Ele nasceu há 100 anos em Vila Franca de Xira, perto de Lisboa.

António Alves Redol (29 de dezembro de 1911 – 29 de novembro de 1969), foi um escritor, considerado como um dos expoentes máximos do neo-realismo português, ou neorrealismo, como se escreve conforme o acordo ortográfico de que já têm ouvido falar.

Esta é uma citação do escritor retirada do livro Fanga:

"Não é difícil entender-se o que escrevo e porque escrevo. E também para quem escrevo. Daí o apontarem-me como um escritor comprometido. Nunca o neguei; é verdade. Mas também é verdade que todos os escritores o são."

E para terem uma ideia da escrita de Alves Redol, fica aqui um pequeno trecho do seu primeiro romance, Gaibéus, publicada em 1939  ("gaibéus eram trabalhadores oriundos do Alto Ribatejo e Beira Baixa que desciam às lezírias para fazer mondas e ceifas em meados do século XX."):


Pareciam cercados no trabalho pelo braseiro de um fogo que alastrasse na Lezíria Grande. Como se da Ponta de Erva ao Vau a leiva se consumisse nas labaredas de um incêndio que irrompesse ao mesmo tempo por toda a parte. O ar escaldava; lambia-lhes de febre os rostos corridos pelo suor e vincados por esgares que o esforço da ceifa provocava. O Sol desaparecera há muito, envolvido pela massa cinzenta das nuvens cerradas. Os ceifeiros não o sentiam penetrar-lhes a carne abalada pela fadiga. Lento, mas persistente, parecia ter-se dissolvido no ar que respiravam, pastoso e espesso. Trabalhavam à porta de uma fornalha que lhes alimentava os pulmões com metal em fusão. Quase exaustos, os peitos arfavam num ritmo de máquinas velhas saturadas de movimento. 


Lima de Freitas


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cão (Alexandre O'Neill)


As férias acabaram. É assim, tudo acaba, mas digam-me: souberam a pouco, souberam a muito?

Bem-vindos todos! 

Voltamos às aulas neste 2012 com uns versos do poeta português Alexandre O'Neill:


CÃO

Cão passageiro, cão estrito,
cão rasteiro cor de luva amarela,
apara-lápis, fraldiqueiro,
cão liquefeito, cão estafado,
cão de gravata pendente,
cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
cão ululante, cão coruscante,
cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão além, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal da poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moído de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção, cão pré-fabricado,
cão-espelho, cão-cinzeiro, cão-botija,
cão de olhos que afligem,
cão-problema...

Sai depressa, ó cão, deste poema!