quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Congresso internacional do medo (Carlos Drummond de Andrade)


O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902 em Itabira, no estado de Minas Gerais. Há alguns anos que muitas pessoas celebram no Brasil o Dia D (de Drummond, é claro), uma prova de como é apreciado o que ele escreveu.

O poema "Congresso internacional do medo" foi publicado num momento muito difícil para o mundo: 1940. A Segunda Guerra Mundial tinha começado em setembro de 1939 com a invasão da Polónia pelo exército alemão.

Hoje estamos a viver também momento muitos difíceis, terríveis, inimagináveis há pouco tempo. Podemos voltar a ler este poema como se tivesse sido escrito hoje. Drummond é um clássico contemporâneo.


CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

Carlos Drummond de Andrade




No vídeo podemos escutar o poema recitado. Apreciam como é diferente o sotaque do português brasileiro? 




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

História exemplar (Mário-Henrique Leiria)



HISTÓRIA EXEMPLAR

Entrei.
- Tire o chapéu – disse o Senhor Diretor.
Tirei o chapéu.
- Sente-se – determinou o Senhor Diretor.
Sentei-me.
- O que deseja? – investigou o Senhor Diretor.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Diretor.
Saí.

Mário-Henrique Leiria



terça-feira, 29 de outubro de 2013

O humor de Antero: "Fazer mais com menos"


Cá em Espanha fizeram isto também: no passado ano letivo. É a maneira de poupar da Administração Educativa. Bonito, muito bonito. Assim é que o futuro se constrói!

É uma grande pena, e vocês só vão apreciar realmente quando forem um bocado mais crescidos.



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"Falamos português" em Canal Extremadura - 26 de outubro de 2013


Programa Falamos Português do passado dia 26 no Canal Extremadura. Nele trata-se a estrutura estar a + infinitivo, alguns verbos irregulares e o pretérito imperfeito. Há também vocabulário de restaurantes e bares, como petisco e petiscar.

Para rever um bocado, não acham? E sobretudo é bom porque estão a ouvir português.






Joana Vasconcelos

Joana Vasconcelos junto de uma obra sua na exposição no Palácio da Ajuda - Fotografia de Rui Gaudêncio


Lembram-se da artista Joana Vasconcelos, de que nos falou a Catarina há poucos dias? Vamos saber mais  sobre ela.

Joana Vasconcelos (Paris, 1971) é uma artista plástica portuguesa. Vive e trabalha em Lisboa no circuito internacional da arte contemporânea.

Representa Portugal na Bienal de Veneza de 2013, depois de se afirmar internacionalmente na exposição que fez no Palácio de Versalhes , por convite feito em 2012 pelo Presidente da instituição, Jean-Jacques Aillagon, dando seguimento ao programa de arte contemporânea iniciado em 2008. Depois do americano Jeff Koons, dos franceses Xavier Veilhan e Bernar Venet e do japonês Takashi Murakami, Joana Vasconcelos será a primeira mulher e a mais jovem artista contemporânea a expor em Versalhes, exposição essa que teve o maior número de visitantes dos últimos cinquenta anos à sua data.

A representação na Trienal de Echigo Tsumari, no Japão, em 2006, a exposição Contaminação, em 2008, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Brasil, ou a participação na importante exposição colectiva Un Certain Etat du Monde? A Selection of Works From François Pinault Foundation Collection, realizada no Garage Centre for Contemporary Culture, em Moscovo, em 2009, deram sequência a uma singular carreira internacional. Sem Rede, a grande antológica apresentada em 2010, no Museu Colecção Berardo, constituiu um enorme sucesso junto do público, estabelecendo-se como a exposição, realizada em Portugal, mais visitada de sempre. Em junho 2011, a instalação “Contaminação” abriu a importante exposição colectiva The World Belongs to You, que o Palazzo Grassi inaugurou em junho de 2011. Inaugura nova exposição em Portugal (23 de março a 25 de agosto de 2013) no Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa .



(Wikipédia)



Joana Vasconcelos cria fundação privada

Lusa 02/10/2013

Artista plástica quer criar uma colecção com o seu trabalho e também lançar bolsas de estudo para estudantes.

Uma fundação com o nome da artista que este ano representa Portugal na Bienal de Veneza já foi aprovada pelo Governo e publicada esta quarta-feira no Diário da República, mas deverá ser oficializada apenas no próximo ano.

“A fundação foi criada para preservar a obra da artista, ir guardando desenhos, as coisas que tem feito. Estamos a trabalhar numa base de dados da obra dela. Vamos criar ainda uma colecção de arte com obras de outros artistas nacionais e internacionais, com os quais Joana Vasconcelos tem trabalhado”, disse o director da fundação, Ricardo Vasconcelos.

Outro dos objectivos do organismo é criar bolsas de estudo para estudantes de artes, não necessariamente artes plásticas, e que pode abranger também os países do universo da lusofonia.

A sede da fundação será o atelier de Joana Vasconcelos em Lisboa (na Doca de Alcântara Norte), e a futura colecção de arte poderá ser visitada pelo público, afirmou Ricardo Vasconcelos, referindo ser ainda “prematuro” revelar qual será o orçamento para gerir o organismo.

(continua em: Público)


A Noiva (2001-2005)


Marilyn na Sala do Trono (2009)


War Games (2011)



(Fotografías de Rui Gaudêncio no diário Público)




sexta-feira, 25 de outubro de 2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Dia 24 de outubro: Hoje estamos em greve



Contra a "Ley Orgánica de la Mejora de la Calidad Educativa", mais conhecida como "Ley Wert" (v. aqui)


Dicionário Priberam

greve

(francês grève)
substantivo feminino

1. Interrupção voluntária e colectiva de actividades ou funções, por parte de trabalhadores ou estudantes, como forma de protesto ou de reivindicação.







quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Uma velha piada



Num livro do jornalista e escritor português Miguel Esteves Cardoso achei esta antiga anedota, esta piada. Na nossa língua há também muitas piadas deste género, em que afinal o mais esperto é o espanhol, é claro. Todos os países têm piadas como estas.


A anedota da semana não podia vir mais a jeito. A NASA decide arranjar um astronauta europeu para ir a Marte. O primeiro a ser entrevistado é o inglês. Quando chega a altura de discutir a recompensa, o inglês pede nove milhões de dólares. O funcionário da NASA acha muito e quer saber porquê. O inglês explica que é casado, tem três filhos e que uma missão tão perigosa tem de ser devidamente paga. «Está bem, vamos ver», diz o americano, mandando entrar o francês. O francês pede nove milhões de dólares. O entrevistador insiste em saber a razão de uma soma tão grande. O francês explica: «Está a ver – sou casado, tenho três filhos. Cinco milhões de dólares são para mim e para a minha família. E os outros quatro milhões de dólares são para dividir entre mim e as minhas duas amantes.»

Chega então a altura de entrar o português. Passa todos os testes e, mais uma vez, o americano quer saber quanto é que o astronauta português quer cobrar. O português também pede nove milhões de dólares. Quando o americano lhe pede explicações, o nosso compatriota arregaça as mangas e avança com a resposta: «Ora bem... três milhões de dólares, para já, são para si, para o meu amigo me escolher a mim. E ficam seis. Três milhões de dólares são para mim. E os outros três milhões são para quem for a Marte, que se há-de arranjar alguém.»

Esta anedota ilustra perfeitamente a arte portuguesa de subornar. O suborno à portuguesa não é nada mefistofélico nem luciferino. É um esquema simpático entre amigos em que «ganham todos». Não há chantagem nem culpa – é somente um contrato entre espertalhões, em que a única pessoa que se lixa é o terceiro, o desconhecido, ou o abstracto.

Miguel Esteves Cardoso



Nota (Dicionário Priberam)

Anedota. Breve narração de caso verídico pouco conhecido; chiste.

Piada 2. [Figurado] Dito engraçado, dichote.




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Maravilhas da paternidade

 



Maravilhas da paternidade

- E tu falaste para a rádio, pai?
- Sim.
- Sobre o quê?
- Sobre o Prémio Nobel de Literatura.
- (Os dois, num sobressalto de entusiasmo) Ganhaste?


José Mário Silva em  Bibliotecário de Babel








segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"Falamos português" em Canal Extremadura - 19 de outubro de 2013


Programa Falamos Português do passado dia 19 no Canal Extremadura, legendado na nossa língua, como vocês já sabem.






Um cartoonista sírio contra a guerra






Juan Zero quer reactivar a infância perdida das crianças sírias com cartoons 


Antes de ser cartoonista, Juan Zero é um miúdo grande que o pai não ouvia. Por causa disso, agora quer "reactivar a infância" aos miúdos que já viram demasiado. Zero nasceu em Damasco, filho de pai de Homs e de mãe curda. É cartoonista desde os 20 anos, já lá vão quase 13. Recusa rótulos. "Juan é um nome muito curdo", diz. "Eu não sou nada." Quando a revolução síria começou, em Março de 2011, Juan continuou a desenhar. Só que cada vez desenhava mais e às tantas desenhar já nem era o mais importante.


(Uma notícia do jornal português Público)





sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dominó (Ed Arruda) + Um TPC para o 4º ano

Um pequeno TPC para este fim de semana. Devem entregar escrito à mão na segunda-feira, dia 21. É muito fácil, devem descrever o que passa nesta gravura. Têm tempo...

Deve começar assim: Era uma vez..., como nos contos, e só podem usar tempos do passado, mais nada.

Obrigado a Ed Arruda, que já cá tem estado várias vezes. Algum de vocês há de lembrar-se dele.


 Pesquisem "Ed Arruda" no blogue. Acho que vão gostar se não viram na altura.





Uma ilustração digital de Kris Zullo



Kris Zullo, que nasceu em São Paulo, diz-nos que é "ilustrador freelancer, quadrinista, storyboarder e professor de desenho." Esta é uma ilustração digital, um retrato, feito por ele.





quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Inaugurado o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco



Este vídeo é sobretudo para aqueles dos nossos alunos que participaram no intercâmbio escolar REALCE com a EBI João Roiz de Castelo Branco. Lembram-se das Docas? Este Centro de Cultura Contemporânea fica mesmo ao lado.

Ficamos contentes por Castelo Branco. No Diário Digital desta cidade lemos a notícia:


Castelo Branco: Coleção latino-americana inaugura
Centro de Cultura Contemporânea

Diario Digital Castelo Branco/Lusa | 2013-10-14 06:33:00

Milhares de pessoas acorreram ontem ao Centro de Cultura Contemporânea, que foi inaugurado com uma exposição de arte latino-americana da coleção de Joe Berardo.

Da autoria do arquiteto catalão Josep Lluis Mateo, o Centro representa um investimento de cerca de cinco milhões de euros e foi visitado gratuitamente pelas pessoas que assistiram à inauguração.

Da responsabilidade da Câmara de Castelo Branco aquela estrutura representa, para o presidente cessante do município, "o fim e o princípio de um ciclo de investimentos na área da cultura".

Para Joaquim Morão, o Centro é "uma obra arquitetónica de grande alcance".

O autarca considera que a fixação das pessoas em cidades como Castelo Branco também se "faz pela cultura", exemplificando com obras como "a recuperação do Cine Teatro Avenida [e o seu programa cultural], a construção dos museus Cargaleiro e do Canteiro ou a nova biblioteca da cidade".

A aposta na cultura e na educação em Castelo Branco e noutros concelhos da região centro do país foi também sublinhada pelo presidente da Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Pedro Saraiva considera que essas apostas fazem com que "a região centro seja a que tem o melhor sistema educativo do país, os melhores resultados nos exames nacionais e a menor taxa de abandono escolar".

O Centro de Cultura Contemporânea acolhe, durante o próximo ano, a exposição de arte latino-americana dos séculos XX e XXI da coleção de Joe Berardo, a qual inclui obras de pintura, escultura e vídeo, provenientes de todos os países da América Latina.

Presente na inauguração, Joe Berardo destacou a importância da exposição, a qual apresenta, pela primeira vez em Portugal a pintura monumental "Watchman, What of the Night?" (10m x 3m) do artista surrealista chileno Roberto Matta.

O Centro de Cultura Contemporânea está localizado no centro cívico, na praça da Devesa, e abre de terça-feira a domingo das 10:00 às 18:00.

A estrutura está dividida em três pisos e apresenta diversas salas para exposições, uma sala para projeções, cafetaria, loja, uma pista de patinagem de gelo sintético exterior e um auditório de 275 lugares.

No investimento realizado, a autarquia obteve 85 por cento do valor da obra em fundos comunitários e 10 por cento junto do Banco Europeu de Investimentos.




A avó (Manuel António Pina)

 



A AVÓ

Tinha ao colo o gato velho
cansadamente passando
a sua branca mão pelo
pêlo dele preto e brando

Sentada ao pé da janela
olhando a rua ou sonhando-a
todo o passado passando
a passos lentos por ela

Dormiam ambos enquanto
a tarde se ia acabando
o gato dormindo por fora
a avó dormindo por dentro

Manuel António Pina

 


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Conto de fadas para princesas do século 21 (Luís Fernando Veríssimo)



Recuperamos esta interpretação de um velho conto que escreveu Luís Fernando Veríssimo porque vem mesmo a calhar para os alunos do 3º ano. Ainda há quem pense que o lugar das mulheres é o lar, e pronto. Não faz mal se os veteranos do 4º ano voltam a lê-lo. Lembram-se dele?


Este conto, que é uma nova versão do encontro entre a princesa e o sapo do conto tradicional, é da autoria do brasileiro Luís Fernando Veríssimo. Cuidado com sapos destes, meninas (ou rãs, tanto faz).


Conto de fadas para princesas do século 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:

- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautées, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:

- Nem morta!




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Corte e costura (Henrique Monteiro)


Como sabem, nos cartoons, nas caricaturas, os traços da pessoa retratada são um bocado sublinhados, exagerados, como podem comprovar aqui, com o nariz do atual vice-primeiro-ministro português.



Paulo Portas (Lisboa, 1962) é um jurista, jornalista, político conservador português, atual vice-primeiro-ministro de seu país.



"Falamos português" em Canal Extremadura - 12 de outubro de 2013


Programa Falamos Português do passado dia 12 no Canal Extremadura, legendado na nossa língua, como vocês já sabem. A lição desta semana tem a ver com vocabulário, frases e expressões ligadas com o  turismo. Os professores de português ensinam-nos como é que se pergunta por um endereço, e mais coisas... Vamos dar uma volta por Elvas?





sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Yamandu Costa a tocar violão



O músico brasileiro Yamandu Costa apresenta o seu último álbum, Continente. Ouvimo-lo tocar e falar, também outros músicos. reparem no sotaque deles. Alguém é capaz de me dizer de que parte do Brasil é que eles são?

Uma pista: eles são gaúchos.

Como no primeiro vídeo há mais palavras do que música, vejam neste como é que toca violão (assim dizem no Brasil) Yamandu Costa.

Agora não me lembro de que alunos do 3º e do 4 anos tocavam guitarra. Vai dedicado especialmente para eles: Sampa, uma composição de Caetano Veloso. No link do título podem escutar o baiano Caetano a cantá-la. S. Paulo é a capital do estado do mesmo nome. Caetano nasceu no estado da Bahia (com agá), cuja capital é S. Salvador.





Uma boa franja



Será que ela consegue ver alguma coisa com esta bela franja?




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Crise desencadeia mais idas à biblioteca


O que podemos ler aqui está a acontecer pelas mesmas razões em Espanha:
 
As bibliotecas estão cada vez mais a ser procuradas, não só para a leitura tradicional mas também por causa da internet gratuita. A crise despoletou uma maior requisição do apoio de bibliotecários e técnicos para a procura de emprego, elaboração de currículos, redação de cartas de apresentação e preenchimento de formulários de emprego.


(Lido em Balcão de Biblioteca)




"Convém aproveitar cada minuto..."



Acho que eu sabia quem é que disse isto, mas agora não me lembro. Percebem o que se diz? Há duas palavras em latim ligadas com o que se diz no primeiro parágrafo. Alguém sabe quais são?






quarta-feira, 9 de outubro de 2013

"Eu quero sair"


Ai, o eterno espírito de contradição das pessoas...



Uma paragem de ônibus



Treco é o autor desta fotografia. Há uma senhora na paragem à espera do ônibus. Mas esta é uma palavra usada no Brasil.

Qual é a  palavra usada em Portugal? É mesmo, mesmo fácil, não é?





terça-feira, 8 de outubro de 2013

Belas costelas



Santynopla pintou ou fotografou? Se calhar fez as duas coisas.





segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Gosto de... Não gosto de...



Eis algumas coisas de que a modelo angolana Nayma gosta e não gosta. Servem-nos estas palavras dela para rever a construção gramatical gostar de. Ainda há quem diga "Gosta-me..." ou "Não me gosta..."


Gosto de VINHO TINTO. Gosto de AGUA DE COCO. Não gosto de AGUARDENTE. Gosto de PRAIA. Não gosto do INVERNO. Gosto de Jazz, R&B, SOUL, Hip Pop, Blues. Não gosto de COUNTRY. Gosto de Dance. Não gosto de Techno. Gosto de MÚSICA CLASSICA. Não gosto de Clássico CONTEMPORÂNEO. Gosto de MÃOS BONITAS. Não gosto de DENTES SUJOS. Gosto de CHORAR A RIR. Não gosto de caras MAL ENCARADAS. Gosto de «KOTAS» SABIOS. Não gosto dos «SABE TUDO». Gosto de AMIZADES ANTIGAS e INTENSAS. Não gosto de AMIZADES CIRCUNSTANCIAIS e «MELGAS ». Gosto de poesia recitada. Não gosto de LER POESIA. Gosto de VOZES GRAVES. Não gosto de vozes AGUDAS. Gosto de CRÓNICAS. Não gosto de ROMANCES de BOLSO. Gosto de FLORES NATURAIS. Gosto de PAZ. Não gosto de MINAS nem de «MINEIROS». Gosto da JANET JACKSON. Não gosto da BRITNEY SPEARS. Gosto de 2 BEIJOS. Não gosto de 1 BEIJO. Gosto de BEIJAR. Não gosto de APERTOS DE MÃO. Gosto de SINCERIDADE. Não gosto de CINISMO. Gosto de VELAS. Não gosto de LÂMPADAS. Gosto de INCENSOS. Não gosto de PERFUMES DE CASA. Gosto de PRATA. Não gosto de COURO. Gosto de AZUL. Não gosto de VERDE. Gosto de TEATRO. Não gosto de TEATRO EM TV. Gosto de telemóveis. Não gosto de «TOQUES». Gosto de escrever e receber cartas. Não gosto de FORWARDS de Email. Gosto de Família. Não gosto de SOLITÁRIOS. Gosto de «ESTILO». Não gosto de «FASHION VICTIMS». Gosto de Puzzles, jogos de lógica. Não gosto de APOSTAS. Gosto do MAR. Gosto de BIOLOGIA CELULAR. Não gosto de CLONES. Gosto de BANHOS DE IMERSÃO Não gosto de DUCHES. Gosto de SAIS DE BANHO. Não gosto de SABONETES. Gosto de CHÁ. Gosto de DESENHAR. Não gosto de caricaturas de RUA. Gosto de DALI e GAUDI. Não gosto de cópias de QUADROS. Gosto de BALLET CLASSICO. Não gosto de BALLET CONTEMPORÂNEO. Gosto de cinema ÉPICO. Não gosto de filmes de GUERRA. Gosto de CARTOONS. Não gosto de REALITY SHOWS. Gosto de COZINHAR. Não gosto de FAST FOOD. Gosto de AVENTURA. Não gosto de MONOTONIA. Gosto do SOM DO MAR. Não gosto de BUZINADELAS. Gosto do SILÊNCIO. Não gosto de GRITOS. Gosto de TERRA. Não gosto de CIMENTO. Gosto de ANIMAIS. Não gosto de animais em JAULAS. Gosto de SENSUALIDADE. Não gosto de VULGARIDADE. Gosto de andar a pé. Não gosto da condução em Portugal. Gosto de GOSTAR. Não gosto de NÃO GOSTAR. Gosto de CANETAS. Gosto de COMPRAS. Não gosto do ATENDIMENTO, filas de ESPERA.


Vocabulario
  • Melga = “2. Fam. Deprec. Pessoa enfadonha ou que impõe a sua presença” (esp. plasta).
  • Romances de bolso = novelas de bolsillo.
  • Minas = Minas Gerais, estado brasileiro; mineiro: quem nasceu no estado de Minas Gerais.




sábado, 5 de outubro de 2013

5 de Outubro - Implantação da República



Praça da República em Vila-Viçosa, muito perto de Badajoz. No dia 5 de Outubro de 1910 foi implantada a República.

Hoje não é feriado em Portugal pela primeira vez. A maldita crise...Podem ler em baixo




O primeiro 5 de outubro que não é feriado

O feriado de 5 de outubro foi eliminado no ano passado em conjunto com os feriados da Restauração da Independência e os feriados religiosos de Corpo de Deus e do Dia de Todos os Santos. 

(A notícia aqui)



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Crianças precisam de correr riscos para se desenvolverem

 

Crianças precisam de correr riscos para se desenvolverem

Pediatra critica "cultura de segurança fóbica" que impede crianças de brincarem fora de casa

Os boletins de saúde das crianças obrigam os pediatras a recordar aos pais os riscos de acidentes, durante as consultas de rotina. Mas o ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria Luís Januário preferiu ontem destacar a importância de deixar as crianças correrem riscos, durante o congresso nacional desta especialidade.

"Brincar fora de casa, na natureza, é insubstituível [para o desenvolvimento das crianças]", sublinhou Luís Januário, no congresso que decorre na Alfândega do Porto, em que criticou a actual "cultura de segurança fóbica" e a "organização estereotipada dos espaços" criados para o lazer dos mais novos. "Não se pode negar às crianças a oportunidade de se envolverem em actividades de risco", defende.

O médico de Coimbra avançou mesmo com um exemplo da "cultura actual para mimar o desenvolvimento infantil" que considera desajustada - parques temáticos "como o Kidzania [onde as crianças brincam às profissões, em Lisboa]". Ali, ironizou, "os adultos são tratados como crianças e as crianças são tratadas como pequenos adultos". Lembrando que "o ambiente adequado para brincar é um local não estruturado", Luís Januário observou que "já não há crianças a brincar na natureza". "O espaço de liberdade das crianças da geração actual em relação à geração dos meus filhos mudou completamente. Contraiu-se o espaço de circulação das crianças de uma maneira incrível", lamentou. E isso não é uma inevitabilidade, defendeu, aludindo a um movimento que desde há alguns anos tenta contrariar esta tendência, nos países do Norte e em Inglaterra, as chamadas "escolas de floresta" (escola tradicional numa zona onde ainda há floresta).


(A notícia completa no jornal Público)



Dia Mundial do Sorriso


Já sabem que há Dia Mundial para todo o tipo de coisas... Mas de certeza que ninguém dirá mal de um sorriso, pois não? Sorrir, como ler, faz bem à saude. É verdade!


O Dia Mundial do Sorriso assinala-se anualmente na primeira sexta-feira de outubro. Em 2013, a efeméride decorre a 4 de outubro.

A ideia de celebrar este dia deve-se a Harvey Ross Ball, o criador do Smiley, a imagem que se tornou o símbolo da boa vontade e da boa disposição por todo o planeta.

O artista teve a ideia de dedicar um dia por ano a sorrisos e atos gentis pelo mundo, pois preocupava-o que a imagem que tinha criado em 1963, com o passar dos anos, devido à sua excessiva comercialização, estivesse a perder o seu significado e intenção original.

O primeiro Dia Mundial do Sorriso teve lugar em 1999, na terra do seu criador, Worcester (Massachusetts) e tem continuado por todo o mundo.

O lema deste dia é: «Faça um ato de bondade. Ajude uma pessoa sorrir!»


 A fotografia é de William Sosa.



Pim pam pum (Kussondulola)



Kussondulola é uma banda de reggae formada em Portugal, mas cujos membros são angolanos.

Em 1995 lançaram o seu álbum de estreia, Tá-se Bem. O disco incluía sucessos como "Dança No Huambo" e "Perigosa", entre outros.


Um dia perguntaram a um dengue natty dreadlock:

- Como se vai chamar a tua banda?

O dengue respondeu:

- Kussondulola de Angola.

- Qual a música que vão tocar?

- Kilapangasembareggae!


Kilapanga, uma das batidas tradicionais de Angola. Semba, música urbana angolana. Reggae, música tradicional Jamaicana. Estes três ingredientes definem a sonoridade dos Kussondulola. A canção, ou música como é frequente dizer também, “Dançam no Huambo”, reflecte a situação de Angola na altura, e especialmente da cidade do Huambo. Este tema foi como que um tributo para as pessoas que viveram essa experiência durante o período da guerra.


DANÇAM NO HUAMBO

Pim pam pum, cada bala mata um
Lá em cima do Huambo
Tem um copo com veneno
Quem bebeu morreu
Quiribi, quiribi macaco
Macaco quer é boa

Ei cota Silva o rapaz
Até nem tem a culpa
Tem pai que é retornado
Tem pai que é refugiado

Ilegal disfarçadamente ilegal
Ilegal disfarçadamente ilegal

Fazem reuniões

Fazem debates

Adis-Abeba

Lusaka , Lusaka

Cambas da luz e do dia

Não pertencemos nem à noite

Nem à escuridão

Póu, póu, póu

Póu, póu, póu
Dançam no Huambo
Andanças de guerra
Bombardeiam sem parar

Sou um escravo fugitivo
A minha alma está no meio
O filho do homem negativo
Ei cota Silva legaliza
A situação do rapaz
Filho do homem negativo


(Dados iniciais retirados da Wikipédia e de www.brazildeluxe.com.br)



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vista aérea de Lisboa



Ótima fotografia aérea de Lisboa. Já viram esse cacilheiro que se afasta a caminho da outra beira do Tejo? À esquerda fica a bela Praça do Comércio. Para a verem melhor, publicarei noutro dia alguns postais dela.

Se clicarem na imagem, vão vê-la muito maior, e vale  a pena.




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Medusas pararam central nuclear na Suécia



Medusas pararam central nuclear na Suécia

Uma praga de medusas obrigou à paragem de uma das maiores centrais nucleares do mundo — na Suécia. Os operadores da central nuclear de Oskarshamn, no Sudeste do país, tiveram de parar o reactor número três no último domingo depois de toneladas de medusas-da-lua (Aurelia aurita) terem entupido os tubos que transportam água fria até às turbinas da central, para arrefecer os reactores.

Nesta terça-feira, os tubos ficaram desentupidos e o reactor prepara-se agora para voltar a funcionar, segundo o site da Fox News. Este não é caso inédito, lembra o site desta estação televisiva: em 2012, uma central nuclear na Califórnia também foi forçada a parar devido à invasão dos tubos por um organismo igualmente gelatinoso como as medusas.

(A notícia completa no Público)

"Quando eu era pequena, achava que as fadas existiam..."



Parece que Luz tem muito boa memória, não acham? Ela lembra-se de montes de coisas de quando era pequena, e é mais velha do que vocês.

Alunos do 4º ano, vocês que estão mais perto da vossa infância, depois de lerem as palavras de Luz, façam um pequeno esforço e lembrem-se daquelas coisas em que acreditavam e que, evidentemente, hoje já não acreditam nelas. É a vida. Já são crescidos...


Quando eu era criança

Quando eu era pequena, achava que as fadas existiam mesmo e que as histórias que me contavam eram mesmo verdadeiras. Pensava que os anões, quando nasciam eram tão pequeninos que deviam dormir em caixas de fósforos.

Tinha também as crenças clássicas da maioria das crianças: por vezes imaginava que era adoptada mas ninguém tinha coragem de me contar e que o governo só não dava mais dinheiro a toda a gente porque era mau, já que existia uma casa que fabricava dinheiro.

Pensava que se engolisse um caroço de laranja me nasceria uma árvore na barriga e o mesmo aconteceria com uma pevide de melancia. E se engolisse pastilha elástica teria que ser operada pois ela ficaria para sempre colada no estômago.

Quando eu era pequena, tudo aquilo com que não podia brincar ou mexer a minha mãe punha em cima de um armário e eu ficava desejosa de crescer para poder tirar de lá tudo, pois achava que lá em cima estava um monte de coisas boas. Achava que se tapasse os ouvidos e falasse, ninguém me poderia ouvir e que se tapasse os olhos ninguém me conseguiria ver. Também pensava que seria adulta assim que chegasse com os pés ao chão do carro.

A minha mãe dizia que se eu comesse legumes ficaria com o cabelo mais loiro e que as cenouras evitariam que eu chegasse a usar óculos algum dia e eu acreditava. Dizia-me que se algum dia tirasse os brincos, o buraco fecharia e nunca mais os poderia pôr. Então, um dia, uma das minha bonecas perdeu um brinco e eu chorei porque agora o buraquinho da sua orelha ia fechar.

Também acreditei que tudo o que se dizia na televisão era verdade, incluindo os anúncios e não entendia como podia a minha mãe dizer que era tudo mentiras.

Quando eu tinha 4 anos, a minha mãe mostrou-me o álbum de fotografias do casamento e eu fiquei muito triste porque não tinha ido à festa. Acreditava que os meus avós já tinha nascido velhinhos e que os meus pais nunca tinham sido crianças.

Acreditava que, sempre que pedia à minha mãe para comprar uma coisa e ela respondia "depois compro", ela compraria mesmo. Achava que a Branca de Neve e o Capuchinho Vermelho eram pessoas de verdade. Acreditava que, em dia de sol e chuva, havia mesmo um casamento de viúva em algum sítio. Achava que tinha vindo num comboio de França e que havia uma senhora que me tinha ido buscar ao comboio (era a parteira...).

E hoje tenho muitas saudades de tudo o que acreditei e achei ser verdade. Ai, que felicidade poder acreditar em tudo!

Luz




Programa "Falamos português" de 28 de setembro

Praça do Giraldo em Évora


Programa Falamos português de 28 de setembro, emitido por Canal Extremadura. Tudo em português com legendas na nossa língua.