Blogue dos alunos de português de 3º e 4º de ESO do IES 'M. DOMINGO CÁCERES', em Badajoz, Espanha (De 2010-09-01 a 2020-01-17)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Livros e felicidade
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Haja hoje para tanto ontem
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
"Um dia escreverei um poema"
Como sabem, neste blogue podem ler versos de autores portugueses, brasileiros e africanos (angolanos, moçambicanos...).
Seja agora (Deolinda )
SEJA AGORA
Nós havemos de nos ver os dois
ver no que isto dá
ficar um pouco mais a conversar
Ter a eternidade para nós
Quem sabe, jantar,
Se tu quiseres pode ser hoje
Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora
Nós havemos ambos de encontrar
um destino qualquer
ou um banquinho bom para sentar
Vai ser tão bonito descobrir
que no futuro só
quem decide é a vontade
Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora
Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora
Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora
Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora
Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora
Que seja agora
Que seja a hora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Saramago para os alunos do 4º ano
Vamos saber alguma coisa deste romance e ler o início dele. Aviso: não é fácil.
A Jangada de Pedra é um romance de José Saramago. Conta a história ficcional da separação geográfica da Península Ibérica do restante continente europeu. Esta obra, traduzida em mais de vinte línguas, já foi adaptada ao cinema em 2002 por George Sluizer.A obra é escrita em um formato singular, onde os diálogos são incorporados à narrativa, omitindo os travessões e pontos de exclamação e interrogação.
A separação geográfica é uma alusão ao que Saramago via ocorrer frente à unificação da Europa, onde os países ibéricos estavam postos de lado, navegando à deriva sem se identificarem cultural, social ou economicamente com o restante do continente.
A este acontecimento impactante, aparentemente sem explicação científica, precedem outros quatro igualmente sobrenaturais que unem as personagens com quem ocorreram os factos. Joana Carda, Joaquim Sassa, José Anaiço e Maria Guavaira, Pedro Orce e Cão, percorrem uma longa jornada em busca de algo que lhes desatormente as almas, a sentirem-se culpadas pelo ocorrido. (Wikipédia)
E assim é que começa o romance...
Quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho, todos os cães de Cerbère começaram a ladrar, lançando em pânico e terror os habitantes, pois desde os tempos mais antigos se acreditava que, ladrando ali animais caninos que sempre tinham sido mudos, estaria o mundo universal próximo de extinguir-se. Como se teria formado a arreigada superstição, ou convicção firme, que é, em muitos casos, a expressão alternativa paralela, ninguém hoje o recorda, embora, por obra e fortuna daquele conhecido jogo de ouvir o conto e repeti-lo com vírgula nova, usassem distrair as avós francesas a seus netinhos com a fábula de que, naquele mesmo lugar, comuna de Cerbère, departamento dos Pirinéus Orientais, ladrara, nas gregas e mitológicas eras, um cão de três cabeças que ao dito nome de Cerbère respondia, se o chamava o barqueiro Caronte, seu tratador. Outra coisa que igualmente não se sabe é por que mutações orgânicas teria passado o famoso e altissonante canídeo até chegar à mudez histórica e comprovada dos seus descendentes de uma cabeça só, degenerados. Porém, e este ponto de doutrina só raros o desconhecem, sobretudo se pertencem à geração veterana, o cão Cérbero, que assim em nossa portuguesa língua se escreve e deve dizer, guardava terrivelmente a entrada do inferno, para que dele não ousassem sair as almas, e então, quiçá por misericórdia final de deuses já moribundos, calaram-se os cães futuros para a toda restante eternidade, a ver se com o silêncio se apagava da memória a ínfera região. Mas, não podendo o sempre durar sempre, como explicitamente nos tem ensinado a idade moderna, bastou que nestes dias, a centenas de quilómetros de Cerbère, em um lugar de Portugal de cujo nome nos llembraremos mais tarde, bastou que a mulher chamada Joana Carda riscasse o chão com a vara de negrilho, para que todos os cães de além saíssem à rua vociferantes, eles que, repete-se, nunca tinham ladrado.
Nota. jangada = "paus que se juntam uns aos outros, em forma de estrado, para flutuar na água."
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Português em Goa
Onde fica Goa? Na Índia. Vejam e reparem.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Primeiro-ministro português interrompido por "Grândola Vila Morena"
GRÂNDOLA VILA MORENA
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Os semanários 'Expresso' e 'Sol'
"Há três espécies de homens..." (Platão)
Alegria no Rio!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Por S. Valentim - Caminhos cruzados (Gal Costa)
CAMINHOS CRUZADOS
Encontra um coração também cansado de sofrer
É tempo de se pensar,
Que o amor pode de repente chegar
Quando existe alguém que tem saudade de outro alguém
E esse outro alguém não entender
Deixe esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar
Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar,
Só um novo amor pode a saudade apagar
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Dó e dó
Dicionário Priberam
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Balancê (Gal Costa)
Esta canção é uma marchinha escrita para o Carnaval do Rio de Janeiro em 1937. Tão antiga, tão velha! Será chata, será má? Não, nem por isso, é um clássico, e os clássicos nunca morrem. Vão comprovar. A versão que vamos ouvir é da cantora brasileira Gal Costa.
O que é balancê? "Passo de dança, em que o corpo balança de um pé para outro, em tempos iguais."
Vamos a isso!
Reparem no falso amigo refrão (= espanhol estribillo)
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Refrão
Você foi minha cartilha
Você foi meu abc
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Refrão
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
Refrão
Cuidado com Zé e Sé!
Revendo hoje matéria do ano passado apareceu este par de palavras: Zé e Sé. Muito cuidado com a pronúncia, porque são duas palavras bem diferentes:
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Vejam o Bloco da Lama em Paraty!
O Carnaval em Curitiba
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Carnaval em Portugal
É claro que há também Carnaval em Portugal! Leiam, leiam:
O carnaval de Canas de Senhorim tem perto de 400 anos e tradições únicas como os Pizões, as Paneladas, Queima do Entrudo, Despique entre outras.
Nos Açores, mais propriamente na ilha Terceira, reside uma das formas mais peculiares do Carnaval em Portugal, as Danças e Bailinhos de Carnaval. Esta tradição, tida como a maior manifestação de teatro popular em Portugal, remonta ao tempo dos primeiros povoadores e reflete um estilo teatral bem ao jeito dos Autos vicentinos.
Em Lazarim, pertencente ao concelho de Lamego, decorre anualmente o Carnaval mais genuinamente português, mantendo bem vivas tradições ancestrais que perduram ao longo dos tempos. O principal interesse deste Entrudo são as suas famosas máscaras de madeira, esculpidas por artesãos da vila. Existem testemunhos, que já no ano 1879, por altura do Carnaval, esta tradição assumia contornos de uma manifestação medieval, carregada de referências macabras, a Belzebu e assumia um carácter assustador. As máscaras de madeira eram, por alguns, revestidas a pele de coelho. Cobras e sardões, apanhados no inverno, serviam de ornamento, eram pregados às máscaras de madeira, para que estas adquirissem ainda um aspecto mais aterrorizante.
(Texto e fotografia da Wikipédia)
Quem joga xadrez?
(Eu não sei jogar)
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
A educação é uma arma para conquistar o futuro
Reparem no título da mensagem e, sobretudo, na dedicatória!
LA EDUCACIÓN ES UN ARMA PARA CONQUISTAR EL FUTURO
Dedicado a nuestros alumnos; sobre todo a los que creen que estudiar no sirve para nada.
Nessa mensagem havia um poema de Bertolt Brecht ("Loa al estudio"), que foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Mas nós vamos ler em português: "Louvor do aprender".
Em Ao pé da Raia, o nosso blogue, têm cabimento textos literários de autores portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos..., mas uma vez foi publicado um trecho do escritor irlandês Oscar Wilde, em português, é claro.
Hoje vou criar uma nova etiqueta, Outras literaturas, para assinalar textos literários de qualquer literatura traduzidos para português, para que esta língua seja o meio em que vocês possam conhecer autores da literatura universal que vale a pena conhecer.
Como diz uma outra etiqueta, Ler faz bem à saúde (mental, claro, tão importante para uma boa saúde completa), e por isso é bom ler, sobretudo se for por prazer.
Louvor do Aprender
Aprende o mais simples! Pra aqueles
Cujo tempo chegou
Nunca é tarde de mais!
Aprende o abc, não chega, mas
Aprende-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprende, homem do asilo!
Aprende, homem na prisão!
Aprende, mulher na cozinha!
Aprende, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequenta a escola, homem sem casa!
Arranja saber, homem com frio!
Faminto, pega no livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:
Vê c'os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a pagas.
Põe o dedo em cada parcela,
Pergunta: Como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
Bertolt Brecht
Tradução de Paulo Quintela
Lob des Lernens
Lerne das Einfachste! Für die
Deren Zeit gekommen ist
Ist es nie zu spät!
Lerne das Abc, es genügt nicht, aber
Lerne es! Laß es dich nicht verdrießen!
Fang an! Du mußt alles wissen!
Du mußt die Führung übernehmen
Lerne, Mann im Asyl!
Lerne, Mann im Gefängnis!
Lerne, Frau in der Küche!
Lerne, Sechzigjährige!
Du mußt die Führung übernehmen.
Suche die Schule auf, Obdachloser!
Verschaffe dir Wissen, Frierender!
Hungriger, greif nach dem Buch: es ist eine Waffe.
Du mußt die Führung übernehmen.
Scheue dich nicht zu fragen, Genosse!
Laß dir nichts einreden
Sieh selber nach!
Was du nicht selber weißt
Weißt du nicht.
Prüfe die Rechnung
Du mußt sie bezahlen.
Lege den Finger auf jeden Posten
Frage: Wie kommt er hierher?
Du mußt die Führung übernehmen.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Festa de Iemanjá em Sepetiba
Não tenho lágrimas (Ivete Sangalo e Juan Luis Guerra)
Reparem: pode-se cantar que queremos chorar e não temos lágrimas, e fazê-lo com esta alegria? O povo brasileiro pode!
NÃO TENHO LÁGRIMAS
Quero chorar, não tenho lágrimas
Que me rolem nas faces
Pra me socorrer
Se eu chorasse,
Talvez desabafasse
O que sinto no peito
E não posso dizer
Só porque não sei chorar
Eu vivo triste a sofrer
Estou certo que o riso
Não tem nenhum valor
A lágrima sentida
É o retrato de uma dor
O destino assim quis
De mim te separar
Eu quero chorar não posso
Vivo a implorar
Paulo Teixeira canta em 1937:
O compositor Luís de Freitas Branco
(Fonte: Wikipédia)