Na última terça-feira do mês de outubro, dia 25, realizou-se a primeira parte do intercâmbio escolar entre os alunos do 4º ano da ESO (28) da nossa Escola, IES M. Domingo Cáceres, e alunos da Escola Secundária D. Sancho II de Elvas, que afinal eram do 11º e 12º anos...
Era a nossa vez. Partimos às nove e meia para Elvas, onde fomos recebidos pelo professor José Kuski. Era suposto todos nós tomarmos o pequeno-almoço no bar-cantina da escola, mas afinal fomos apenas os professores que o fizemos. Se calhar, ainda era cedo para os nossos alunos.
Tempo depois chegaram os alunos portugueses das aulas, olhavam-se e olhavam-se, mas não falavam entrre eles. começaram os jogos… Que jogos? Como é que isto tudo começou?
Tínhamos requisitado no fim do ano letivo anterior, e recebemos, um subsídio da Junta da Extremadura para participar nos Encontros Escolares de 2016. O assunto escolhido pelos professores de Português do IES Domingo Cáceres foi o seguinte: a ideia era que os nossos alunos se esquecessem de todos esses jogos e aparelhos eletrónicos, tão naturais para eles, e que voltassem a fazer como em crianças, quando jogavam os jogos tradicionais de rua. Jogos que são iguais ou semelhantes de um e outro lado da fronteira.
Os nossos alunos deviam mostrar aos parceiros portugueses (que, afinal eram mais velhos do que eles, como já disse lá em cima) dois desses jogos escolhidos pelas diferentes turmas da nossa Escola. O primeiro era “el pañuelo”, que, na versão portuguesa é o jogo do lenço, ou jogo da barra do lenço. Os alunos portugueses, que estudam espanhol, ouviam as instruções do jogo na nossa lingua e depois jogavam em grupos à mistura.
A seguir jogaram jogo das vogais, “juego de las vocales”, depois das instruções dadas pela Raquel. Os participantes colocavam-se em roda. O primeiro lançava a bola para qualquer parceiro ao mesmo tempo que dizia a vogal A; a seguir, da mesma maneira, E, I, O, e o participante a quem calhava a vogal U devia bater com a bola em alguém. E por aí fora. Devia jogar-se em pequenos grupos, mas a vontade de participar era tanta que quase todos os alunos foram para a roda, que ficou grande demais, mas lá ia a bola de um lado para o outro…
Acho que, afinal, todos se divertiram nessa manhã de outubro. Devemos ter em conta também o convívio entre todos eles. Que jogos é que nos mostrarão os amigos portugueses quando vierem a Badajoz?
A seguir, estava marcada uma visita pela cidade, porque devemos dizer que Elvas tem o título de cidade há 500 anos, disse-nos o professor português de História (desculpem, mas não apontei o nome) que foi o nosso guia num bom passeio cultural por Elvas, e que forneceu os dados imprescindíveis para os alunos ficarem a saber o essencial e “não se rebelarem”.
Começámos pelo belíssimo Aqueduto das Amoreiras, que fica ao pé da Escola D. Sancho II; em segundo lugar, vimos as estátuas dos reis D. Sancho II e D. Manuel I; depois a Torre Fernandina; a Praça da República, com visita à Catedral; a seguir pela encosta vizinha, a pequena igreja de Nossa Senhora da Consolação e os bonitos azulejos da cúpula; ao lado, o Pelourinho (que já tinhamos visto no blogue); a seguir, o Castelo e a vista do Forte da Graça no horizonte (para quando uma visita?); ao lado, um artesão que fabrica alguns instrumentos musicais, fez-nos uma demostração do som que produziam diversas roncas, que são semelhantes às nossas “zambombas”. Alguém quer comprar uma para o próximo Natal? Não é preciso dizer que todos, espanhóis e portugueses, tiraram imensas fotografias e selfies.
Espero não me ter esquecido de nada. Ficaram coisas por ver, é claro. Há muito para visitar e desfrutar em Elvas. Sempre é bom para quando lá voltarmos. Ah., estou a lembrar-me de um arco... Fica para a próxima entrega.
Terminada a visita regressámos para a Escola. Eram horas de almoço, mais cedo do que no nosso País, como toda a gente sabe. Os alunos espanhóis não estão muito habituados a comer sopa, pronto, não gostam, e não apreciaram a ótima sopa de legumes, nem a salada de peixe com batatas e legumes. Uma refeição muito saudável.
Depois de termos almoçado, fizemos uma visita à Escola guiados pela professora de espanhol, Carmem Torres. Até agora não disse que logo à chegada, os alunos, e nós, professores também, ficámos admirados com o tamanho da escola, com as instalações, a limpeza, as palavras de grandes escritores pelas paredes. Quando fizemos a visita e vimos as oficinas dos cursos profissionais, as salas de aula, a biblioteca, sei lá, falo sinceramente por mim e pela minha colega, Ara, ficámos com muita inveja, roídos pela inveja mesmo. é verdade. Todos nós gostaríamos de ter uma escola assim, ou nem que fosse parecida. Felicitamos os nossos amigos portugueses. Pedimos-lhes para não repararem muito nos pormenores da nossa quando vierem por estas bandas! :)
Mais fotografias da Escola D. Sancho II, numa próxima mensagem aqui.
"Os 500 Anos de Elevação de Elvas a Cidade vão ser comemorados com um conjunto de iniciativas a decorrer de abril a dezembro deste ano. O ponto alto das comemorações é a 21 de abril, dia em que se cumprem os 500 anos de atribuição do foral, que eleva Elvas à categoria de Cidade, pelo rei D. Manuel I"
(Fonte: Câmara Municipal de Elvas - 11 de abril de 2013)
Era a nossa vez. Partimos às nove e meia para Elvas, onde fomos recebidos pelo professor José Kuski. Era suposto todos nós tomarmos o pequeno-almoço no bar-cantina da escola, mas afinal fomos apenas os professores que o fizemos. Se calhar, ainda era cedo para os nossos alunos.
A esperar pelos colegas elvenses
Tempo depois chegaram os alunos portugueses das aulas, olhavam-se e olhavam-se, mas não falavam entrre eles. começaram os jogos… Que jogos? Como é que isto tudo começou?
Tínhamos requisitado no fim do ano letivo anterior, e recebemos, um subsídio da Junta da Extremadura para participar nos Encontros Escolares de 2016. O assunto escolhido pelos professores de Português do IES Domingo Cáceres foi o seguinte: a ideia era que os nossos alunos se esquecessem de todos esses jogos e aparelhos eletrónicos, tão naturais para eles, e que voltassem a fazer como em crianças, quando jogavam os jogos tradicionais de rua. Jogos que são iguais ou semelhantes de um e outro lado da fronteira.
Como os alunos não quebravam o gelo, a profesora portuguesa de espanhol, Carmem Torres, começou a formar pares entre alunos de um e outro lado da Raia.
Os nossos alunos deviam mostrar aos parceiros portugueses (que, afinal eram mais velhos do que eles, como já disse lá em cima) dois desses jogos escolhidos pelas diferentes turmas da nossa Escola. O primeiro era “el pañuelo”, que, na versão portuguesa é o jogo do lenço, ou jogo da barra do lenço. Os alunos portugueses, que estudam espanhol, ouviam as instruções do jogo na nossa lingua e depois jogavam em grupos à mistura.
As instruções do jogo do lenço, dadas pelo Christian
Corre, corre, menina!
A seguir jogaram jogo das vogais, “juego de las vocales”, depois das instruções dadas pela Raquel. Os participantes colocavam-se em roda. O primeiro lançava a bola para qualquer parceiro ao mesmo tempo que dizia a vogal A; a seguir, da mesma maneira, E, I, O, e o participante a quem calhava a vogal U devia bater com a bola em alguém. E por aí fora. Devia jogar-se em pequenos grupos, mas a vontade de participar era tanta que quase todos os alunos foram para a roda, que ficou grande demais, mas lá ia a bola de um lado para o outro…
A bola de voleibol a voar
Acho que, afinal, todos se divertiram nessa manhã de outubro. Devemos ter em conta também o convívio entre todos eles. Que jogos é que nos mostrarão os amigos portugueses quando vierem a Badajoz?
A seguir, estava marcada uma visita pela cidade, porque devemos dizer que Elvas tem o título de cidade há 500 anos, disse-nos o professor português de História (desculpem, mas não apontei o nome) que foi o nosso guia num bom passeio cultural por Elvas, e que forneceu os dados imprescindíveis para os alunos ficarem a saber o essencial e “não se rebelarem”.
Começámos pelo belíssimo Aqueduto das Amoreiras, que fica ao pé da Escola D. Sancho II; em segundo lugar, vimos as estátuas dos reis D. Sancho II e D. Manuel I; depois a Torre Fernandina; a Praça da República, com visita à Catedral; a seguir pela encosta vizinha, a pequena igreja de Nossa Senhora da Consolação e os bonitos azulejos da cúpula; ao lado, o Pelourinho (que já tinhamos visto no blogue); a seguir, o Castelo e a vista do Forte da Graça no horizonte (para quando uma visita?); ao lado, um artesão que fabrica alguns instrumentos musicais, fez-nos uma demostração do som que produziam diversas roncas, que são semelhantes às nossas “zambombas”. Alguém quer comprar uma para o próximo Natal? Não é preciso dizer que todos, espanhóis e portugueses, tiraram imensas fotografias e selfies.
O belo Aqueduto das Amoreiras, que fica em frente da Escola D. Sancho II
Estátua do rei D. Sancho II na praça do mesmo nome
A Torre Fernandina
A Praça da República e a Catedral de Elvas ao fundo
Reparem no belo órgão da Catedral (há outro mais pequeno)
Igreja de Nossa Senhora da Consolação
Esses azulejos...!
O Pelourinho à frente da Igreja de Nossa Senhora da Consolação
O Castelo e o Juan a olhar para a câmara
Lembram-se do som da ronca?
Espero não me ter esquecido de nada. Ficaram coisas por ver, é claro. Há muito para visitar e desfrutar em Elvas. Sempre é bom para quando lá voltarmos. Ah., estou a lembrar-me de um arco... Fica para a próxima entrega.
Terminada a visita regressámos para a Escola. Eram horas de almoço, mais cedo do que no nosso País, como toda a gente sabe. Os alunos espanhóis não estão muito habituados a comer sopa, pronto, não gostam, e não apreciaram a ótima sopa de legumes, nem a salada de peixe com batatas e legumes. Uma refeição muito saudável.
Depois de termos almoçado, fizemos uma visita à Escola guiados pela professora de espanhol, Carmem Torres. Até agora não disse que logo à chegada, os alunos, e nós, professores também, ficámos admirados com o tamanho da escola, com as instalações, a limpeza, as palavras de grandes escritores pelas paredes. Quando fizemos a visita e vimos as oficinas dos cursos profissionais, as salas de aula, a biblioteca, sei lá, falo sinceramente por mim e pela minha colega, Ara, ficámos com muita inveja, roídos pela inveja mesmo. é verdade. Todos nós gostaríamos de ter uma escola assim, ou nem que fosse parecida. Felicitamos os nossos amigos portugueses. Pedimos-lhes para não repararem muito nos pormenores da nossa quando vierem por estas bandas! :)
Pouco antes de nos despedirmos. Na parede, palavras do poeta Fernando Pessoa:
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Mais fotografias da Escola D. Sancho II, numa próxima mensagem aqui.
"Os 500 Anos de Elevação de Elvas a Cidade vão ser comemorados com um conjunto de iniciativas a decorrer de abril a dezembro deste ano. O ponto alto das comemorações é a 21 de abril, dia em que se cumprem os 500 anos de atribuição do foral, que eleva Elvas à categoria de Cidade, pelo rei D. Manuel I"
(Fonte: Câmara Municipal de Elvas - 11 de abril de 2013)
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