Este rapaz não é brasileiro, mas... reparem no nome dele!
É incrível a imaginação dos brasileiros para os nomes que eles escolhem dar aos filhos. Leiam, leiam... Assinalei a negrito alguns dos nomes, mas há muitos!
NOMES BRASILEIROS
Ninguém ultrapassa os brasileiros na descontracção, criatividade, humor e aberração com que nomeiam os seus filhos. O poeta Oswaldo de Andrade, que adorava chocar a sociedade paulista, não hesitou em dar aos seus dois filhos os nomes de Lançaperfume Rodometálico de Andrade e Rolando Pela Escada Abaixo de Andrade. Aqui há uma dúzia de anos o sociólogo brasileiro Mário Souto Maior publicou um livro no qual tinha recolhido os nomes mais ortodoxos dos seus conterrâneos. Eis alguns: Cavalo Antônio, Céu Azul do Céu Poente, Colapso Cardíaco da Silva, Cólica de Jesus, Crissopasso Compasso, Dezênio Fevereiro de Oitenta e Cinco, Dinossauro Carlos da Silva Rios, Dourado Peitudo, Doroteu Katisplaciano Silva, Dorodhovío dos Anjos, etc.....
Conta ainda o referido sociólogo que Maria de Jesus Galisa, de 21 e solteira, teve um filho a quem chamou Skylab, em homenagem ao laboratório espacial norte-americano que caiu no mesmo dia em que a criança nasceu. Como era pobre escreveu uma carta à NASA pedindo-lhe que a ajudassem a criar o seu filho, na esperança que fossem mais responsáveis que o pai dele...
Mas há mais e mais ortodoxos: Filogénio Lopes Utinguaçu, Ataulpa Atabalipa Inca Vidigal, Juca Acaiaba Dendém Paraguaçu, Grato Ladislau Bus Caramuru. Depois há também os nomes de "légua e meia", como o magnífico
Benedito Frôscolo Jovino de Almeida Aimberê Militão de Sousa Baruel de Itaparica Boré Fomi de Tucunduva.
Em Belém do Pará contava-se a história de uma família da ilha do Marajó onde os pais resolveram dar aos filhos nomes terminados exclusivamente em "baldo": Ubaldo e Vilebaldo. Ao terceiro filho o pai decidiu que já eram muitos e decidiu que aquele seria o último, razão pela qual o miúdo se veio a chamar Parabaldo. Infelizmente houve mais uma gravidez imprevista e a solução foi chamar Seguebaldo à criança...
Ainda em Belém do Pará outra família deu aos filhos os nomes de Prólogo, Soneto, Ementa e, pensando que aquele seria o último, Epílogo de Campos. Contudo veio a nascer mais uma criança - uma menina: Errata de Campos. Por seu lado, Epílogo de Campos (recentemente falecido) para manter a tradição literária da família baptizou os seus filhos com os nomes sugestivos de Estrophe, Poesia, Verso e Pessoína - em homenagem a Fernando Pessoa, claro está!
MAIS NOMES BRASILEIROS
O Instituto Nacional da Previdência Social do Brasil elaborou uma lista dos nomes mais exóticos dos seus contribuintes. Aí encontramos
Graciosa Rodela,
Inocêncio Coitadinho Sossegado de Oliveira (será que era?),
João Cara de José,
Teresina Capitulina de São Valentim de Jesus do Amor Divino,
Maria Passa Cantando,
Restos Mortais de Catarina,
Pedrinha Bonitinha de Jesus,
Remédio Amargo,
Naída Navinda Navolta Pereira (este é genial!),
Rolando Caio da Rocha e muitos, muitos mais.
No Ceará, depois de muitos anos de matrimónio, um casal conseguiu enfim ter uma menina. Os pais ficaram tão contentes que a registaram com o nome de
Formusura Perfeita Ideal do Nascimento. A menina cresceu e, infelizmente, não fez jus ao seu nome: era conhecida por Feiura Perfeita... Um jornalista do Recife contou que conheceu duas gémeas chamadas Difuntina e Finadina, primas de uma tal Filosofina. E parece que no bairro carioca de Santa Teresa há duas irmãs com os nomes de Mijardêmia e Merdanésia...
No Rio Grande do Sul existe um personagem chamado
Arodir Átila Perverso Antonioni e no Paraná um certo
Pedro da Ponta Fina Amolador da Ponta Grossa. Em Pernambuco há um cidadão que dá pelo nome de
Gueyglysaydy Brasileiro Neto, que é irmão de
Gylglascony, Graydary, Grayny, Guueythchyly e Gylrryar (a única irmã). Esta característica parece ser própria de Pernambuco, pois aí também encontrámos quatro irmãs com os nomes de
Hydia,
Hevylda,
Henylda e
Helylda, filhas de Nivaldo e Hilma Landim. Tinham mais um filho que se chamava apenas Nivaldo Junior...
É claro que é sempre possível, sendo maior, trocar de nome; mas o que dizer da infância dolorosa de quem carrega nomes como
Anclotinato,
Ubsclendes ou
Duntalme? Há várias hipóteses. Por exemplo, há uma tribo mexicana que vive na Serra Madre Ocidental em que é tradição nomear os descendentes apenas aos 15 anos de idade. Sábio exemplo. Na altura do baptismo bastaria ao sacerdote perguntar à "criança": Como te queres chamar meu filho?
Para os mais virados para a tecnologia existe um site que ajuda os papás indecisos a encontrar um nome adequado para o seu rebento.
(Fonte: Blog Uncovering)