Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Para os nossos alunos em Roma









L' italiano è una lingua molto bella, bellissima... Estas são algumas das palavras em italiano que parte dos nossos alunos do 4º ano terão aprendido em Roma, onde estão desde sábado. Eles voltam na próxima quinta-feira e poderão dizer esse Arrivederci, Roma!


Imagens de Veronissima




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Região do Algarve


Por baixo do vizinho Alentejo, fica o Algarve.

O Algarve da palavra árabe (الغرب, al gharb) que significa "o oeste" é a região mais a sul de Portugal continental. Com uma área de 5,412 km² e uma população de 450 484 habitantes (Censos 2011; 4,5% do Continente, 4,3% de Portugal), constitui a região turística mais importante de Portugal.





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ninguém pode sonhar por ti







?! (Naara Nascimento)


Este lindo desenho foi feito por Naara Nascimento, que mora um bocado longe de nós, no Brasil, na cidade de S. Salvador, capital do estado da Bahia.

A autora utilizou nanquim sobre papel. Acho que em Portugal é mais frequente dizer tinta da china.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

De pernas para o ar

Fotografia de Danielly Annine

Esta jovem está de pernas para o ar, como podem ver, ou de outra maneira, está de cabeça para baixo. Mas em sentido figurado diz-se que está tudo de pernas para o ar quando há uma grande confusão.

Por exemplo, se o quarto de um  rapaz ou uma rapariga não está arrumado, a mãe poderia dizer: "Filho, isto está de pernas para o ar. Tens de arrumar o teu quarto".

É fácil qual a expressão equivalente em espanhol, não é? Podem responder nos Comentários.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tato e o seu ano novo (Albert Monteys)


Uma pergunta: vocês lêem banda desenhada? Pode-se fazer muita coisa para além de jogar computador ou consola...

O original foi publicado na revista de humor espanhola El Jueves, mas cá podemos lê-lo em português. Não sei onde é que o encontrou o amigo Luís, nos seus Senderos da Mão Esquerda. Publicamo-lo, agora que ainda estamos a começar este ano 2012 que tem tão mau aspeto... Mas ajuda rirmos um bocado, sabem? O riso é uma boa defesa.





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"ter uns para os otros uma amabilidade de viagem"

 

Vivemos todos, neste mundo, a bordo de um navio saído de um porto que desconhecemos para um porto que ignoramos; devemos ter uns para os outros uma amabilidade de viagem. 

Fernando Pessoa



Hoje é dia de azar em Portugal



E também no Brasil e em muitos outros países. No nosso, é terça-feira, 13. Eu não acredito nisto, e é possível que vocês todos também não.

Superstições nestes dias tão difíceis? Peço desculpa aos Portugueses por falar hoje em dia de azar quando eles estão a viver terríveis dias de azar há tanto tempo.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Centenário de Alves Redol



Soubemos do centenário o escritor português Alves Redol pelo blogue Entrelinhas. Ele nasceu há 100 anos em Vila Franca de Xira, perto de Lisboa.

António Alves Redol (29 de dezembro de 1911 – 29 de novembro de 1969), foi um escritor, considerado como um dos expoentes máximos do neo-realismo português, ou neorrealismo, como se escreve conforme o acordo ortográfico de que já têm ouvido falar.

Esta é uma citação do escritor retirada do livro Fanga:

"Não é difícil entender-se o que escrevo e porque escrevo. E também para quem escrevo. Daí o apontarem-me como um escritor comprometido. Nunca o neguei; é verdade. Mas também é verdade que todos os escritores o são."

E para terem uma ideia da escrita de Alves Redol, fica aqui um pequeno trecho do seu primeiro romance, Gaibéus, publicada em 1939  ("gaibéus eram trabalhadores oriundos do Alto Ribatejo e Beira Baixa que desciam às lezírias para fazer mondas e ceifas em meados do século XX."):


Pareciam cercados no trabalho pelo braseiro de um fogo que alastrasse na Lezíria Grande. Como se da Ponta de Erva ao Vau a leiva se consumisse nas labaredas de um incêndio que irrompesse ao mesmo tempo por toda a parte. O ar escaldava; lambia-lhes de febre os rostos corridos pelo suor e vincados por esgares que o esforço da ceifa provocava. O Sol desaparecera há muito, envolvido pela massa cinzenta das nuvens cerradas. Os ceifeiros não o sentiam penetrar-lhes a carne abalada pela fadiga. Lento, mas persistente, parecia ter-se dissolvido no ar que respiravam, pastoso e espesso. Trabalhavam à porta de uma fornalha que lhes alimentava os pulmões com metal em fusão. Quase exaustos, os peitos arfavam num ritmo de máquinas velhas saturadas de movimento. 


Lima de Freitas


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cão (Alexandre O'Neill)


As férias acabaram. É assim, tudo acaba, mas digam-me: souberam a pouco, souberam a muito?

Bem-vindos todos! 

Voltamos às aulas neste 2012 com uns versos do poeta português Alexandre O'Neill:


CÃO

Cão passageiro, cão estrito,
cão rasteiro cor de luva amarela,
apara-lápis, fraldiqueiro,
cão liquefeito, cão estafado,
cão de gravata pendente,
cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
cão ululante, cão coruscante,
cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão além, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal da poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moído de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção, cão pré-fabricado,
cão-espelho, cão-cinzeiro, cão-botija,
cão de olhos que afligem,
cão-problema...

Sai depressa, ó cão, deste poema!