Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Sismo em Arraiolos é sentido na província de Badajoz



Sismo em Arraiolos sentido de norte a sul do país

Sismo provocou fissuras na escola de Cunha Rivara, em Arraiolos. Protecção Civil diz que não há ameaça à segurança.

Liliana Borges, Lisa Freitas e Sofia Robert
15 de Janeiro de 2018, 11:59 actualizado a 15 de Janeiro de 2018, 16:21


Um sismo de magnitude 4,9 na escala de Richter foi sentido em diversas zonas do país, nesta segunda-feira, pelas 11h51, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O epicentro foi registado a cerca de seis quilómetros de Arraiolos, no distrito de Évora. De acordo com Fernando Carrilho, director da Divisão Geofísica do IPMA, foram registadas réplicas de menor intensidade.

Manuel Cordeiro, adjunto de operações da Protecção Civil, diz que o sismo provocou fissuras no edifício da Escola Básica e Secundária de Cunha Rivara, em Arraiolos. Adianta a mesma fonte em declarações ao PÚBLICO que os serviços municipais já se deslocaram à escola, evacuada por precaução, e concluíram que a estrutura “não representa perigo”. O abalo foi muito sentido na região, o que levou várias pessoas para a rua “com medo”.

O sismo de magnitude de 4,9 na escala de Richter foi sentido com uma intensidade IV (escala de Mercalli modificada) na região de Elvas. Este nível de intensidade (considerado moderado) corresponde a um sismo durante o qual “os objectos suspensos baloiçam” e “a vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada de uma bola pesada nas paredes”. “Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem”, especifica o site do IPMA na descrição desta escala de Mercalli modificada, que vai de I (imperceptível) a XII (danos quase totais).


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Notícia completa no Público






Terramoto causou “preocupação e nervosismo” em Badajoz

Os bombeiros e a polícia deram conta de um maior número de chamadas telefónicas do que o habitual, mas não registaram danos.

Carlos Dias
15 de Janeiro de 2018, 15:33

O sismo com epicentro a seis quilómetros a norte de Arraiolos, distrito de Évora, atravessou a fronteira e foi sentido “com preocupação e nervosismo” em Badajoz, Mérida e Cáceres, na região espanhola da Extremadura.

A Agência EFE refere que em diferentes serviços públicos de Badajoz, os funcionários “abandonaram o local de trabalho e saíram para a rua”. O abalo, cujo epicentro se situou a 11,8 quilómetros de profundidade, também foi sentido na sede dos bombeiros de Badajoz, que receberam um número inusitado de chamadas telefónicas a comunicarem o impacto do tremor de terra no interior das residências da capital da Extremadura.

O Centro de Urgência e Emergência do 112 de Badajoz adiantou que o tremor de terra foi sentido em toda a comunidade de Badajoz mas não foram registados quaisquer danos materiais ou pessoais – apenas o susto –, frisando que recebeu 80 chamadas telefónicas.

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A notícia completa no Público


La Crónica de Badajoz





segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Um bom casaco para o frio



Para combater o frio, um bom casaco  e com essa cor tão cálida...

casaco. "Peça de roupa, geralmente de mangas compridas, que se fecha à frente com botões, fecho de correr, etc., e que cobre o tronco, vestindo-se sobre outras peças de roupa."


(Ilustração de Erik Madigan Heck)



Alguns números e poupança de água

 Uma torneira a pingar


Um torneira gotejando gasta até 46 litros por dia, ou seja, 1.380 litros por mês. Um fio de água com cerca de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. Um fio de 4 milímetros gasta 13.260 litros por mês. Assim, verifique se as torneiras de sua casa estão a fechar bem para evitar o desperdício.

Ao escovar os dentes com a torneira aberta durante 5 minutos, você gasta 80 litros. Mas mantendo a torneira fechada, a economia é de 79 litros.

Ao lavar a louça com a torneira aberta durante 15 minutos, consumimos 243 litros de água. Se a torneira for fechada durante o ensaboamento, gastaremos apenas 46.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Pão e poesia (Simone)


A cantora brasileira Simone canta esta alegre canção para começarmos otimamente o ano 2018


PÃO E POESIA

Felicidade
É uma cidade pequenina
É uma casinha, é uma colina
Qualquer lugar que se ilumina
Quando a gente quer amar

Se a vida fosse trabalhar
Nessa oficina
Fazer menino ou menina
Edifício e maracá
Virtude e vício
Liberdade e precipício
Fazer pão, fazer comício
Fazer gol e namorar

Se a vida fosse o meu desejo
Dar um beijo em teu sorriso
Sem cansaço
E o portão do paraíso
É teu abraço
Quando a fábrica apitar

Felicidade
É uma cidade pequenina
É uma casinha, é uma colina
Qualquer lugar que se ilumina
Quando a gente quer amar

Não há passagem
Entre o pão e a poesia
Entre o quero e o não queria
Entre a terra e o luar
Não é na guerra
Nem a saudade
Nem futuro
É o amor no pé do muro
Sem ninguém policiar

É a faculdade de sonhar
É a poesia que principia
Quando eu paro de pensar
Pensa na luta desigual
Na força bruta, meu amor
Que te maltrata
Entre o almoço e o jantar

Felicidade
É uma cidade pequenina
É uma casinha, é uma colina
Qualquer lugar que se ilumina
Quando a gente quer amar

O lindo espaço
Entre a fruta e o caroço
Quando explode é um alvoroço
Que distrai o teu olhar
É a natureza onde eu pareço
Metade da tua mesma vontade
Escondida em outro olhar
E como doce
Não esquece a tamarinda
Essa beleza só finda
Quando a outra começar
Vai ser bem feito
Nosso amor daquele jeito
Nesse dia é feriado
Não precisa trabalhar

Pra não dizer
Que eu não falei da fantasia
Que acaricia o pensamento popular
O amor que fica entre a fala
E a tua boca
Nem a palavra mais louca
Consegue significar felicidade

Felicidade
É uma cidade pequenina
É uma casinha, é uma colina
Qualquer lugar que se ilumina
Quando a gente quer amar






A espada de Dâmocles




A espada de Dâmocles é um símbolo do perigo iminente (reparem que, em português, é Dâmocles, palavra esdrúxula; embora por vezes também se diga Damocles, palavra grave, como na nossa língua). De certeza que já ouviram esta expressão mais de uma vez. Mas qual é a origem dela?


Era uma vez, um rei chamado Dionísio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília. Vivia num palácio cheio de coisas bonitas, e atendido por muitos criados.

Por ser rico e poderoso, muitos siracusanos invejavam-lhe a sorte. Dâmocles estava entre eles. Era dos melhores amigos de Dionísio e dizia-lhe frequentemente que ele devia ser o homem mais feliz do mundo porque tinha tudo o que se podia desejar.

Dionísio foi ficando cansado de ouvir esse tipo de conversa e perguntou ao amigo se queria trocar de lugar com ele. Dâmocles aceitou desfrutar das riquezas e prazeres de Dionísio por um dia apenas porque seria para ele a felicidade maior.

No dia seguinte, Dâmocles foi levado ao palácio e todos os criados reais lhe puseram na cabeça as coroas de ouro. Ele sentou-se à mesa na sala de banquetes e foi-lhe servida uma óptima refeição. Nada lhe faltou e sentiu-se o homem mais feliz do mundo.

Mas de repente Dâmocles deixou de sorrir e empalideceu. Suas mãos estremeceram. Esqueceu-se da comida, do vinho, da música. Só quis fugir dali, para bem longe do palácio, pois viu que pendia bem acima de sua cabeça uma espada, presa ao tecto por um único fio de crina de cavalo. A lâmina brilhava, apontando diretamente para seus olhos. Ele foi levantando-se, pronto para sair correndo, mas deteve-se temendo que um movimento brusco pudesse fazer cair a espada em cima dele. Ficou paralisado.

-O que foi, meu amigo? - perguntou Dionísio - Parece que perdeste o apetite.

-Essa espada! Essa espada! - disse o outro, num sussurro - Não estás a ver?

-É claro que estou. Vejo-a todos os dias. Está sempre pendendo sobre minha cabeça e há sempre a possibilidade de alguém ou alguma coisa partir o fio. Um dos meus conselheiros pode ficar enciumado do meu poder e tentar matar-me. As pessoas podem espalhar mentiras a meu respeito. Pode ser que um reino vizinho envie um exército para me tirar o trono. Ou então, posso tomar uma decisão errônea que leve à minha derrocada. Quem quer ser líder precisa estar disposto a aceitar esses riscos. Eles vêm junto com o poder, percebes?

-É claro que percebo! - disse Dâmocles - Vejo agora que eu estava enganado e que tu tens muitas coisas em que pensar além da tua riqueza e fama. Por favor, assume o teu lugar e deixa-me voltar para a minha casa.

Até o fim de seus dias, Dâmocles não voltou a querer trocar de lugar com o rei, nem por um momento sequer.

(Adaptado de James Baldwin)


Teatro grego de Siracusa



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Paulo Ito - "Você é super..."



Desenho de Paula Ito, brasileiro, no muro de uma rua de..., não me lembro agora. Como já sabem, se fosse em Portugal, o que a menina diz ao rapaz seria desta maneira:

Tu és super... superficial!





Mais uma vez: EU FUI!



Pois é! Eu fui, já que foi é terceira pessoa. Mas ainda há quem diga ou escreva a falar de si próprio “Eu foi “... É pena.




quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Primeiro nevão da época na Serra da Estrela (11/12/2017)



Para os alunos do 3º ano: isto foi há um mês... Recordamos que nos dias 21 e 22 do próximo mês, os alunos de 3º viajarão à Serra da Estrela.


Primeiro nevão da época condiciona acesso à Serra da Estrela



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A Festa dos Reis em Baçal (Bragança)




Decorre no fim-de-semana mais próximo de 5 e 6 de Janeiro. No Sábado reúnem-se os rapazes para realizarem as primeiras rondas, nomeadamente a "ronda das chouriças", e refeições conjuntas. No Domingo, o dia principal da festa, começa com a alvorada ao som da gaita-de-foles. À tarde acontece a crítica social ou "colóquios", o ritual mais simbólico da festa. Estes são declamados, do cimo de uma fonte de pedra, perante todo o povo, por rapazes de cara descoberta.

(Texto e fotografia do Museu da Máscara da Câmara Municipal de Bragança)



Fotografia de mouton_a em Fotolog



Saramago e a viagem


Voltamos das férias de Natal com  um trecho do livro Viagem a Portugal, obra de viagens do escritor José Saramago. Alunos do 4º ano, lembram-se das viagens que contaram? Agora toca a pensar nas viagens que "podiam" fazer no futuro.


«A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.»

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E a seguir, o contexto em que o próprio Saramago se referia a esse trecho:


Quarta-feira, 3 de Junho de 2009

Viagens

Viemos de Lanzarote no último sábado, com escala em Sevilha, e depois por estrada até Lisboa. No domingo, como expliquei, fomos à Azinhaga por causa de estátua que lá foi posta. O plátano em frente da casa é um autêntico esplendor, uma gama de verdes riquíssima que atrai para uma demorada contemplação e me fez pensar: “Não mudes, deixa-te ser como és”. Inútil desejo, virá o Verão com os seus calores, o Outono com o primeiro frio, e as folhas cairão, o esplendor apaga-se, a árvore adormece até que a nova Primavera venha tomar o lugar desta que está terminando.Estes pensamentos sem nenhuma originalidade fizeram-me recordar o último e breve capítulo da Viagem a Portugal que, ouso pensar, alguma originalidade haverá tido. E pensei que não ficaria mal trazê-lo aqui, quando estamos a ponto de partir outra vez, agora para a Corunha. Aí vai, portanto: «A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.» Assim é. Assim seja

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