Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

De onde sopra o vento (Roby Amorim)



DE ONDE SOPRA O VENTO

De Castela nem bom vento... A velha frase refere-se, para as Beiras e o Alentejo, àqueles raros ventos de Leste que, habitualmente em Setembro, nos chegam do Norte de África, depois de uma rotação breve sobre o interior da Península.

Vento asfixiantemente quente, portador de miasmas e da malária (ainda no princípio do nosso século, quando largas zonas de terreno estavam por enxugar) com a única vantagem de trazerem consigo as rolas arrulhadoras, que, embora meigas e simbólicas do amor, são indispensáveis numa boa empada.

Já o vendaval é um fenómeno meteorológico bem mais perigoso. Hoje, tanto nos faz que o vento sopre de Norte ou de Oeste para, se for suficientemente forte, o classificarmos de vendaval. O que deixaria bastante assombrado Afonso Henriques. Para ele, aliás, filho de um borgonhês, vendaval era a apropriação portuguesa da expressão gaulesa vent d’ aval, isto é o vento que sopra do mar e da parte do sul em Portugal, um sinónimo seguro de mau tempo.

Na Idade Media o termo servia, igualmente, para indicar, nas confrontações de propriedades, o lado do sul.


Roby Amorim, Elucidário de conhecimentos quase inúteis



Afonso Henriques. Cognominado "o Conquistador", foi o primeiro rei de Portugal, governando de 1128 a 1185. Filho de D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa de Aragão, nasceu provavelmente em Guimarães (embora Viseu seja também um local apontado para o seu nascimento) em finais de 1108 (ou primeiros meses de 1109) e faleceu em 1185.

(Infopédia)




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