Bacalhau da consoada
OS PRATOS TÍPICOS DE NATAL EM PORTUGAL REGIÃO
1. Trás os Montes e Alto Douro
Consoada: aqui impera o bacalhau ou o polvo cozido, ambos servidos com batatas e couve portuguesa também cozidas.
Dia de Natal: o almoço deste dia especial começa com uma canja rústica de galinha, seguida de um belo assado de peru, leitão, borrego ou porco.
Doces: nestas mesas vai encontrar as famosas migas doces, filhós de jerimú/abóbora-menina, passas e frutos secos.
2. Entre Douro e Minho
Consoada: a noite mais longa começa com um saboroso bacalhau ou polvo cozido, servido com batatas e couve portuguesa também cozidas; depois, até ao final da noite, bebe-se um reconfortante vinho quente, adoçado com mel e aromatizado com pau de canela.
Dia de Natal: ao almoço come-se uma fantástica “roupa velha”, que é um prato típico de Natal feito com os restos do jantar da consoada, normalmente bem regados de azeite refogado com alho; ao jantar come-se peru assado recheado com creme de castanhas.
Doces: nesta região, Natal não seria Natal sem umas decadentes rabanadas, que tendem a ser servidas com calda de açúcar ou doce de ovos; imprescindíveis são também a aletria, os bolinhos de bolina, os mexidos de leite ou vinho e os frutos secos (amêndoas, avelãs, figos e passas).
3. Beiras
Consoada: rei e senhor do nosso país, também no Natal das Beiras impera o bacalhau cozido com batatas e couve.
Dia de Natal: ao almoço serve-se um suculento cabrito assado no forno, acompanhado de batatinhas igualmente assadas.
Doces: apesar das rabanadas e dos sonhos, o nosso destaque nesta região vai para as originais filhós do joelho, que são tendidas precisamente nesse osso, o que lhes garante uma forma única, e para o bolo torto, que é confecionado com a mesma massa das filhós.
4. Estremadura
Consoada: sem grande surpresa, mantém-se um dos pratos típicos de Natal português, o bacalhau cozido com todos.
Dia de Natal: também aqui, o almoço de Natal é dominado pelo cabrito assado no forno, com deliciosas batatinhas assadas.
Doces: na Estremadura, as rabanadas dão lugar às fatias douradas, que chegam na companhia da aletria, broas de batata doce, filhós e azevias.
5. Alentejo
Consoada: antigamente, a estrela do noite era o galo, mas agora a região alentejana rendeu-se também ao bacalhau cozido com couve.
Dia de Natal: para este almoço tão especial, é preparado um saboroso peru, recheado com as famosas carnes e enchidos alentejanos.
Doces: nestas mesas vai encontrar azevias de grão ou batata doce e coscorões, mas a nossa preferência vai para o carolo, que é um doce tradicional feito com bolinhas de massa de pão, canela e açúcar, depois cozinhadas no forno e polvilhadas de açúcar.
6. Algarve
Consoada: contrariamente ao Alentejo, o Algarve ainda não abdicou do galo na noite de Consoada; no entanto, temos de realçar que o bacalhau já lhe começa a fazer sombra.
Dia de Natal: ao almoço serve-se um apetitoso peru recheado e assado no forno.
Doces: delicie-se com umas empanadilhas, uma variação das famosas azevias, com broas de milho e com as inevitáveis rabanadas e filhós.
7. Madeira
Consoada: afastando-se completamente das tradições do Continente, na consoada da Madeira comem-se as espetadas típicas da ilha.
Dia de Natal: o almoço começa com uma canja de galinha, servindo-se de seguida uma fantástica carne de porco aos cubos, temperada em vinha-de-alhos e servida com migas feitas de pão e legumes.
Doces: apostando especificamente nos bolos, no Natal madeirense encontrará o bolo de família, o bolo de mel da Madeira e o bolo de noz ou de abóbora; para rematar, estão sempre presentes os deliciosos licores da região.
8. Açores
Consoada: nesta época, nos Açores, a galinha é a grande estrela, sendo servida assada, guisada ou em canja.
Dia de Natal: para este almoço especial, além da omnipresente galinha, podem ainda servir-se outras carnes, como porco ou vaca.
Doces: rabanadas, bolos secos variados, arroz doce e muitos licores – de realçar que os últimos costumam ser feitos em casa e que existe a tradição de visitar os vizinhos para provar as suas bebidas artesanais.
(Fonte: ekonomista)
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