Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Música para os nossos guitarristas interpretarem no Dia da Escola?



Duas peças imortais da música brasileira de sempre: Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá,  e Estrada  branca, de Antônio Carlos Jobim. Intérpretes: por um lado, Baden Powell, um dos maiores violonistas brasileiros (no Brasil a guitarra clássica é chamada de violão) em duas interpretações bem afastadas no tempo, como podem ver; e por outro lado, um jovem que toca muito bem, Gustavo Souza.

Algum dos nossos guitarristas do 3º ano alinha na minha proposta? Interpretar uma destas duas peças na festa do Dia da Escola, a 20 de abril. O que acham? Se calhar, são muito difíceis, sei lá, e estou a pedir muito!





Estrada Branca, de Tom Jobim, arr. de Paulo Bellinati. Gustavo Souza, violão.



Tom Jobim a compor








quarta-feira, 6 de abril de 2016

Uma definição de saudade



Ficamos apenas com a primeira aceção desta palavra. Sabiam que há também uma flor que se chama saudade?


saudade

[sɐwˈdad(ə), sɐuˈdad(ə)]
nome feminino
1. sentimento de mágoa e nostalgia, causado pela ausência, desaparecimento, distância ou privação de pessoas, épocas, lugares ou coisas a que se esteve afetiva e ditosamente ligado e que se desejaria voltar a ter presentes.


morrer de saudades
sentir muito a falta (de)


(Infopédia)





 Flor da Saudade (Armeria welwitschii) - Foto de Augusto Mota



Carmen Souza canta Sodade no FMM de Sines (2009)



Carmen Souza, cantora caboverdiana, canta no Festival de Músicas do Mundo de Sines, em 2009. A canção é Sodade.

A letra está escrita em português? Não, é crioulo caboverdiano., a límngua que se fala nessas ilhas, nesse País, Cabo Verde.


SODADE

Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Ess caminho
Pa São Tomé

Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau

Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltà

Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau






Saudade (1899), pintura de Almeida Júnior



José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, 8 de Maio de 1850 — Piracicaba, 13 de Novembro de 1899), foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX.

(Wikipédia)
 

É o autor deste retrato, Saudade (1899), que nos serve para apresentar o tema da saudade que vamos tratar na sala de aula para que vocês fiquem a saber mais um pouco dela. É um conceito muito importante no mundo de língua portuguesa, não só em Portugal.

Alguém me diz a razão do título do quadro?

Assim, começamos com uma pintura brasileira do século XIX, a seguir temos uma canção caboverdiana intitulada Sodade, e depois...





terça-feira, 5 de abril de 2016

Uma caricatura de Manoel de Oliveira (André Carrilho)


Esta caricatura de Manoel de Oliveira foi publicada há exatamente um ano no Diário de Notícias (5-abril-2015). O mais velho realizador de cinema do mundo tinha morrido no dia 2 desse mês.

O menino com quem ele se cruza é o Carlitos, o protagonista da sua primeira longa-metragem de ficção, Aniki Bobó (1942). Uma longa e criativa velhice e a meninice que se dizem adeus.


O autor da caricatura é André Carrilho.






segunda-feira, 4 de abril de 2016

Lusismos no japonês



If my history is correct, the Portuguese were the first Europeans in Japan, so Japanese’s first borrow words come from the Portuguese language.

A majority of the words here (there’s more, I didn’t list all of them) are in katakana. Katakana is, most of the time, used to put foreign words into the Japanese language.

*See note: Tempura is the fried dish in Japan, but in Portuguese, tempero means “seasoning.”




Uma citação de Saint-Exupéry



Antoine de Saint-Exupéry (1900 — 1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês. É o autor de O Principezinho (Le petit Prince, 1943). O título no Brasil é O Pequeno Príncipe.

É possível que muitos de vocês tenham lido algum excerto do livro. Para além das palavras em baixo, muito conhecidas, deixo-vos a dedicatória do livro. Em português, com certeza.



Os meninos que me perdoem por dedicar este livro a uma pessoa grande. Mas tenho uma desculpa de peso: essa pessoa grande é o melhor amigo que eu tenho no mundo inteiro. E tenho outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de perceber tudo, mesmo os livros para crianças. E tenho outra desculpa, a terceira: essa pessoa grande mora em França e em França passa fome e passa frio. Bem precisa de ser consolada. Mas se todas estas desculpas não chegarem, então, gostava de dedicar este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Porque todas as pessoas grandes já foram crianças. (Há é poucas que se lembram disso.)

Portanto, a minha dedicatória vai passar a ser assim:

Para Léon Werth quando ele era pequeno.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dia das Mentiras: mais uma de Luís Afonso



Não me lembro em que ano é que foi publicada esta tira de Luís Afonso, mas tanto faz, não acham? 

Isto é universal, reparem no que o barbeiro diz: "O que hoje é mentira amanhã é verdade e vice-versa, nunca se sabe..."

Pois é, por vezes, acontece na realidade, podem crer.




O Dia da Mentira (Raul Cânovas)



Achei por acaso este artigo publicado em 2013 em Jardim Cor. Foi escrito por Raul Cánovas, um jardineiro argentino que vive no Brasil. Podemos ler três anos depois perfeitamente, e dá para ler nos anos próximos.


O Dia da Mentira

abr 1, 2013 por Raul Cânovas

1° de abril é o dia em que o engano é festejado. Não consigo achar graça na celebração de algo que só pode encantar quando nos lembramos do Pinóquio

A minha primeira intenção quando escolhi este assunto era fazer graça. Falar das exposições falsas de maneira divertida. Encontrar, quem sabe, o lado espirituoso do embuste. Mas desculpem, não consigo. Posso até sentir pelo mentiroso certa pena, aceitar suas mistificações e fraudes, como aceito a existência de tudo aquilo que é ruim e que sou obrigado a aturar. Entretanto, como concordar e, pior ainda, celebrar aquilo que não é verdadeiro, o dolo, a tapeação, os artifícios do trapaceiro? Como dedicar o primeiro dia deste mês ao culto da falácia?

Eu, jardineiro de longa data, nunca presenciei mistificações por parte da natureza. Ela pode às vezes ser violenta, assustadora, mas nunca artificiosa. Não há dissímulo nas suas manifestações. Tudo é real e até as ilusões em forma de pétalas cumprem sua palavra manifestando-se em forma de frutos.

Que o carpinteiro Geppetto me perdoe, mesmo entendendo a sua enorme vontade de ter um filho, razão pela qual fez o Pinóquio prefiro, em lugar da marionete mentirosa, qualquer árvore plantada com o único objetivo de dar uma sombra verdadeira.

A propósito, por que não foi instituído ainda o Dia da Verdade?





Alguém sabe que dia é hoje?




É favor clicar aqui.

Aqui podem ver o que o humorista Luís Afonso desenhou neste dia em 2011.