Um dos poemas que Sérgio Godinho leu ontem no MEIAC, e que lerá hoje para os alunos do Bachillerato das escolas secundárias que assistem à Aula de Poesía Enrique Díez-Canedo. Como já disse, será apresentado por dois alunos de português da nossa Escola, o Íker e o Aitor.
No poema Godinho dá-nos a sua resposta a uma pergunta que muitos já se fizeram. Para que serve a poesia?
Para que serve
Para que serve a poesia, minha amiga? serve de morada
é lá que recebemos os avisos e as convocatórias
e descemos as escadas
de chave farejada na mão.
Chova e não chova
para abrir uma caixa
são precisos cinco passos sem história.
Haja o extracto de conta
publicidade
e mesmo uma conta, a sério.
Mas por surpresa
Ou (honra lhe seja feita)
distracção da expectativa
aí há-de jazer
surpresa
o envelope mistério.
Aquele que por mais vezes que o abramos
não desvenda nunca
quase tudo do amor.
Com outra chave farejada o abrimos.
Chova ou não chova
as mãos enchem-se de gotas
(esperando, sim, não saber, por hoje,
o que de lá se declara dos ocultos,
para que serve a poesia)
No poema Godinho dá-nos a sua resposta a uma pergunta que muitos já se fizeram. Para que serve a poesia?
Para que serve
Para que serve a poesia, minha amiga? serve de morada
é lá que recebemos os avisos e as convocatórias
e descemos as escadas
de chave farejada na mão.
Chova e não chova
para abrir uma caixa
são precisos cinco passos sem história.
Haja o extracto de conta
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e mesmo uma conta, a sério.
Mas por surpresa
Ou (honra lhe seja feita)
distracção da expectativa
aí há-de jazer
surpresa
o envelope mistério.
Aquele que por mais vezes que o abramos
não desvenda nunca
quase tudo do amor.
Com outra chave farejada o abrimos.
Chova ou não chova
as mãos enchem-se de gotas
(esperando, sim, não saber, por hoje,
o que de lá se declara dos ocultos,
para que serve a poesia)
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