Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

"Así nos ganan en Pisa los estudiantes portugueses"

Escola Secundaria Don Sancho II en Elvas (Foto: J. V Arnelas)


Este artigo é "já antigo".... Foi publicado no diário Hoy a 16 de dezembro de 2016. Cá está o início do artigo e o link para o ler completo.


Así nos ganan en Pisa los estudiantes portugueses

Portugal mejora en cada informe PISA, que mide la aptitud en Ciencias, Matemáticas y Lengua, y ya saca 21 puntos a los estudiantes extremeños
Más horas en institutos con mejores recursos y mayor respeto a los profesores son algunas de las claves

La primera gran diferencia entre un instituto de Secundaria portugués y otro español es que allí los alumnos tienen clase también por la tarde. La segunda es que en el país luso a ningún profesor se le tutea y cobran un 40% menos que los españoles.

Por lo demás, un sistema y otro comparten muchas características: leyes educativas que cambian según el gobierno, inestabilidad laboral en el cuerpo docente, diferencias en resultados entre norte y sur a favor de los primeros, un ratio de entre 28 y 30 alumnos por aula y unos recortes brutales en el presupuesto para educación en los últimos años, sobre todo en el caso de Portugal desde que fue intervenida por la Troika entre los años 2011 y 2014.

Sin embargo, los adolescentes del otro lado de la frontera rinden mucho más. Si se les somete a una evaluación idéntica en Matemáticas, Ciencias y comprensión lectora, los alumnos portugueses no es que superen de largo a los españoles, es que cada vez sacan mejores notas.

La divulgación de los resultados del último informe PISA, que nació en el año 2000 y cada tres años da lugar a una clasificación que ordena de mejor a peor a los alumnos con quince años de los países desarrollados (OCDE), ha vuelto a confirmar que en Portugal no dejan de superarse a sí mismos.

Artigo completo aqui.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Mais uma da Livreira Anarquista




O contexto. Uma mulher que trabalha numa livraria lisboeta, recolhe as perguntas, dúvidas, etc. de alguns clientes. Não é a brincar. Ela não inventa, nem precisa. Transcreve as palavras desses clientes, ou fregueses. A vida fornece, por vezes, coisas assim, e com muita frequência ultimamente.

O que é que vocês acham? Seriam capazes de encontrar o livro pelo qual pergunta o freguês?



O enigma de Einstein

“Eu queria um livro que esteve ali na montra há uns tempos mas que agora já não está. Onde é que está?”

* * * * * * * * * 

(Pista: a referida montra pode exibir cerca de 30 títulos que mudam todas as semanas)




sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

"Sampa" do Caetano para a Larissa

""Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João..."
(Fotografia de Renata Pancich)


Os nascidos na cidade brasileira de São Paulo, capital do estado do mesmo nome, são chamados paulistas. A Larissa, uma menina brasileira que chegou há pouco à nossa escola, não nasceu na capital mas numa cidade desse grande estado: Hortolândia (209 139 habitantes, segundo estatísticas de 2013). Tanto faz. Vamos dar-lhe as boas-vindas com uma canção composta pelo baiano Caetano Veloso quando lá chegou. Intitula-se Sampa, que é como os os paulistas chamam também esta cidade.

Bem-vinda, moça!

Para aqueles que não saibam, eis alguns dados sobre a cidade de São Paulo (inclui um link):

São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul do mundo: tem por volta dos 11 milhões de habitantes, mas, se for considerada a região metropolitana, ou seja, os 38 municípios que circundam a capital, a população chega a aproximadamente 19 milhões de habitantes (imaginem!). E reparem nas fotografias em baixo.


SAMPA

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa




Cá em baixo uma versão mais recente, e ao vivo, do próprio Caetano Veloso mais a Maria Gadu.





Vista aérea de S. Paulo (Fotografia de Cândido Neto)


Um dos parques da cidade, o Parque do Ibirapuera




Hoje é dia de azar?



O dia de azar em Portugal não é terça-feira, 13, mas sexta feira, 13. E no Brasil também, e em tantos países...

É claro que o azar pode acontecer em qualquer dia, não é?Alguém de vocês é supersticioso?








quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Adeus a Mário Soares




Ilustração de André Carrilho publicada no Diário de Notícias, 10 de janeiro de 2017.



"Morreu Mário Soares"




terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Uma citação de Dostoiévski (e mais alguma coisa)



Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski (em russo: Фёдор Миха́йлович Достое́вский, Fyodor Mikháylovich Dostoyévsky; 1821 — 1881) foi um escritor, filósofo e jornalista russo, considerado um dos maiores romancistas da história e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos.

(Wikipédia)

Nota. Não é preciso reparar muito para apreciar que o russo tem um alfabeto diferente do nosso, latino, pois não? Chama-se alfabeto cirílico.





Alguém é capaz de me dizer o que esta escrito cá em baixo?






segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Boa viagem à Itália!



Uma boa parte dos alunos do 4º ano viajam à Itália. Partem para Roma na madrugada de terça-feira (faltam poucas horas; ai, que nervos!) e voltam no sábado.

Espero que eles se divirtam e aprendam muito. 

Ci vediamo lunedì prossimo!






Morreu Mário Soares


No passado dia 7 morreu em Lisboa uma figura muito importante da política portuguesa contemporânea, Mário Soares. Temos cá uma breve introdução tirada da Wikipédia e, a seguir, um excerto da notícia publicada no diário Público.


Mário Alberto Nobre Lopes Soares (Lisboa, 7 de dezembro de 1924 – Lisboa, 7 de janeiro de 2017) foi um político português.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao Estado Novo, atividades que levariam o governo de Salazar a deportá-lo para São Tomé, onde permaneceu até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o exílio em França.

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 afirma-se como líder partidário no campo democrático, sendo ainda Ministro de alguns dos governos provisórios. Em seguida foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhando o processo de construção de políticas sociais pré-adesão às Comunidades Europeias.

Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.

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Morreu Mário Soares. Adeus a um português maior

Ex-Presidente da República tinha 92 anos.

Hugo Daniel Sousa
7 de Janeiro de 2017

Lutou como poucos contra a ditadura, foi preso, casou na prisão, teve de deixar o país. Regressou depois do 25 de Abril para ser um pouco de tudo na política (deputado, ministro, primeiro-ministro, Presidente da República e eurodeputado). Mário Soares, o rosto maior da democracia portuguesa, morreu neste sábado aos 92 anos, avançou a Lusa.

(...)

Quem olhar para os últimos 50 anos da história de Portugal vai encontrar sempre Mário Soares: no ataque à ditadura, na libertação democrática, na resistência ao comunismo, na opção europeia, na solidez democrática. Foi, nos momentos decisivos, o líder de que Portugal precisava – e é por isso que hoje o país lhe deve muito.

As suas exéquias fúnebres decorrem segunda e terça-feira. (...)


Mário Soares destacou-se desde cedo na política. Ainda como estudante universitário (licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas em 1951 e em Direito em 1957), foi secretário da Comissão Central da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, em 1949, e estaria 11 anos depois na Comissão da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.

Fez parte de vários movimentos de oposição à ditadura do Estado Novo, o que lhe valeu ser preso 12 vezes pela PIDE, a polícia política do regime. Cumpriu quase três anos de prisão e foi na cadeia, em 1949, que casou com Maria de Jesus Barroso. Foi deportado para São Tomé em 1968 e dois anos depois obrigado a exilar-se em França.

Foi no exílio que se tornou um dos fundadores do Partido Socialista, em 1973, e assumiu o cargo de secretário-geral dos socialistas durante praticamente 13 anos.

Regressou a Portugal três dias depois da revolução de 25 de Abril de 1974 para uma intensa actividade política, que o levou a ser uma espécie de farol da democracia portuguesa.

(Notícia completa no diário Público, 7-1-2016)


Retrato oficial do Presidente Mário Soares (1992), por Júlio Pomar.


Mário Soares em Lisboa, em maio de 1974, no mês seguinte à Revolução dos Cravos


1968 - Mário Soares detido e deportado (Entre as brumas da memória)




Quem conta um conto acrescenta um ponto





2. «Quem conta um conto acrescenta um ponto» é uma «expressão que se utiliza para indicar que cada pessoa relata um mesmo acontecimento ou facto acrescentando pormenores da sua autoria» [in Dicionário da Língua Portuguesa 2008, da Porto Editora].



Voltamos com Sophia de Mello Breyner Andresen



As férias terminaram, ai que pena! e toca a trabalhar, vocês sabem bem isso, embora muitas vezes disfarcem, percebem?

Vamos aí! Força! E voltamos com um poema da grande Sophia de Mello Breyner Andresen. Reparem nesses versos, que beleza:

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.



Bem, vamos ler o poema completo:


PIRATA

Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

Sophia de Mello Breyner Andresen