Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

sábado, 26 de setembro de 2015

Eclipse total de uma super-Lua na noite de domingo para segunda-feira

Eclipse de lua em junho de 2001 na Namíbia


Vem aí o eclipse total da super-Lua

Nicolau Ferreira
26/09/2015 - 08:59

Na noite de domingo para segunda-feira a Lua vai esconder-se na sombra da Terra. Fenómeno raro aconteceu pela última vez em 1982 e só voltará a repetir-se em 2033.


É já na noite de domingo para segunda-feira que se poderá observar um eclipse total da Lua especial, que não se via há mais de 30 anos. O fenómeno poderá ser visto em Portugal, na madrugada de segunda-feira, quando a Lua atravessar a sombra da Terra, ganhando a cor da ferrugem.

Nessa altura, a Lua vai estar particularmente perto de nós, no chamado perigeu. A órbita da Lua é elíptica. Por isso, numa parte da sua órbita ela fica mais perto da Terra e noutra parte fica mais longe. Na madrugada de domingo, o satélite natural da Terra estará apenas a 356.877 quilómetros de distância, ou seja, 49.600 quilómetros mais próximo de nós do que se estivesse no ponto mais distante, o apogeu.

A órbita da Lua e o seu perigeu não coincidem com as fases lunares. Mas no domingo será dia de Lua cheia. Como ela estará especialmente perto, o resultado é que parecerá 14% maior e terá 30% mais brilho do que se estivesse no apogeu. Nesta situação, estamos na presença de uma super-Lua. Será então uma super-Lua que vai sofrer um eclipse, o que é uma conjugação bastante rara. Apesar dos eclipses lunares acontecerem duas vezes por ano, a última vez que a Terra tapou uma super-Lua foi em 1982, há 33 anos, e a próxima só acontecerá em 2033, daqui a 18 anos.


A notícia completa no diário Público





sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Duas tiras de André Dahmer



Na imprensa, na televisão, na internet... a linguagem é manipulada todos os dias, e geralmente em benefício "dos de sempre". E em todos os países. Ninguém escapa! É isso que refletem as duas tiras de André Dahmer.

E como se fôssemos parvos, às vezes nós utilizamos essa linguagem no dia a dia...









Rostu limpu (Sagas)



"Chamam-lhe Sagas, um nome de paz que desde os primeiros momentos dos Micro se tornou sinónimo de MCing em estado puro. Rostu Limpu é o seu álbum de estreia a solo. Sagas, um “sobrevivente da rima”, como faz questão de afirmar em "Quem és tu?". Oferece-nos em Rostu Limpu um álbum atravessado por um positivismo desconcertante.

Talvez porque, apesar das crises e das dificuldades, Sagas saiba que a música é equivalente de esperança. Ou talvez porque acredite que é no indivíduo que reside toda a força, capaz de sustentar mudança, evolução, crescimento.

E Sagas mostra essa força em temas onde o crioulo, que traduz a sua ascendência cabo-verdiana, se cola na perfeição com o português, criando uma nova postura musical

Exactamente porque não há diferenças: as palavras, em português ou em crioulo, são recursos, ferramentas que Sagas domina na perfeição, equilibrando sentido e flow como poucos."






quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Arqueólogos reerguem menir em Nisa


Arqueólogos reerguem menir em Nisa

23 de SETEMBRO de 2015

Milhares de anos depois, o menir do Patalou voltou a ser erguido. No sábado há uma cerimónia especial que marca a abertura de visitas ao público.

É um dos poucos menires que estava no sítio original e praticamente intacto. O Menir do Patalou, em Nisa, voltou a ser erguido através de um projecto da Universidade de Évora em colaboração com a Câmara Municipal de Nisa.

O professor Jorge Oliveira dirigiu este projecto que permitiu descobrir, por exemplo, que estes monumentos são mais antigos do que se pensava. Este menir do Patalou é de meados do quinto milénio antes de Cristo. O monumento pré-histórico, do período do Neolítico, tem quatro metros de comprimento e sete toneladas. Estava ligado a práticas religiosas de fecundidade, fertilidade e cultos astrais.

O menir, situado junto à estrada que liga Nisa à Barragem da Póvoa, vai ser deslocado seis metros para norte de modo a preservar todos os vestígios encontrados mas o sítio original vai ficar marcado. Até porque a localização pode trazer mais pistas para entender este período pré-histórico.

Para marcar a abertura ao público, foi escolhida a noite de sábado. Uma data especial, já que esta quarta-feira há Equinócio de Setembro e na próxima segunda-feira há lua cheia e eclipse da lua. O Professor Jorge Oliveira considera que os pré-históricos seriam muito sensíveis a estes fenómenos e esta é a melhor forma de "tentar reviver um pouco a forma de sentir desta gente que há muitos milhares de anos por aqui passou".

A cerimónia vai contar com uma conferência sobre Megalítismo, pelo Professor Jorge Oliveira e um concerto da Sociedade Musical Nisense. Uma noite mística, onde só vão faltar os banquetes com javali assado, da famosa dupla Astérix e Obélix. Afinal, é de menires que falamos.


Uma notícia da TSF (no link podemos ouvir um áudio dela)


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Nisa é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, com cerca de 3 300 habitantes(Wikipédia)






quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Folclore de segunda (Estêvão Vieira, Svetz)



O que será essa presença misteriosa? Como se chamam esses bichinhos de que se fala nesta história de Estêvão Vieira? O substantivo é exatamente igual a un adjetivo feminino. Curiosa palavra para nós...







segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O Buçaco volta a respirar

Fotografia de Adriano Miranda


Ciclone não vergou mata do Buçaco, biodiversidade respira em várias frentes

Sara Dias Oliveira

20/09/2015 - 08:58

Milene Matos, bióloga da Universidade de Aveiro, ganhou três prémios com Bio Somos Todos, projecto concentrado em 105 hectares de património natural e que coloca as mãos na terra. Estas acções ambientais também contribuem para a reinserção social.

Em Janeiro de 2013, o ciclone Gong destruiu 40% de área da mata do Buçaco, na vila de Luso, concelho da Mealhada. Abriu clareiras, aumentou a propagação de espécies invasoras, derrubou árvores de grande porte. Ainda hoje o espaço, que recebe cerca de 200 mil visitantes por ano, ressente-se dessa destruição. Há, no entanto, trabalho a ser feito: sementes para recolher, semear e replantar, intervenções de restauro do sistema natural.

Esta é apenas uma parte do trabalho de Milene Matos, 33 anos, bióloga da Universidade de Aveiro, a frequentar o pós-doutoramento em Comunicação da Ciência na mesma faculdade, e que venceu a última edição do Prémio Terre de Femmes, relativo a 2014 e anunciado em 2015, da Fundação Yves Rocher, nas três “categorias” possíveis. Ganhou o prémio nacional, que lhe permitiu concorrer ao internacional, que também venceu, e ainda trouxe para casa o prémio do público. É a primeira vez que esta distinção, que reconhece e recompensa financeiramente mulheres que desenvolvem projectos ecológicos e sustentáveis, veio para Portugal.

Bio Somos Todos é o nome do projecto que olha em várias direcções em nome do bem-estar de 105 hectares de património natural do Buçaco. Milene Matos vai comprar árvores do mundo inteiro para sarar feridas que o ciclone Gong abriu. “A mata do Buçaco tem uma colecção arbórea com mais de 100 anos e com o ciclone perdemos exemplares únicos”, diz Milene, que está a tratar das encomendas. “São árvores históricas que geram um vínculo emocional com a mata”, sublinha. Plantando-as, mantém-se e respeita-se um legado histórico. A bióloga quer também criar um banco de sementes para conservar o património botânico, aconteça o que acontecer. Uma forma de preservar o património genético de “um oásis da biodiversidade”, como lhe chama. Milene Matos mostra os viveiros que foram reactivados e que agora são a matéria-prima e o palco de várias oficinas. Ali, outrora ruínas, plantam-se sementes de espécies recolhidas na própria mata e que depois serão replantadas. Há também produtos hortícolas que servem de exemplo para estimular alunos das escolas a fazerem uma pequena horta no recinto escolar ou em casa. E ainda um cantinho de aromáticas, que ensina que todos podem semear e vender produtos tratados com as próprias mãos e que, além disso, vai alimentando a loja da mata do Buçaco com plantas de aromas intensos vendidos em sacos.


A notícia completa no diário Público


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Para saber mais sobre o Buçaco e onde é que fica, consultamos a Wikipédia, depois de termos visto o mapa:

A Mata Nacional do Buçaco (Bussaco na grafia antiga) é uma área protegida localizada na Serra do Buçaco, freguesia de Luso, concelho da Mealhada. Foi plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no primeiro quarto do século XVII, encontrando-se delimitada pelos murros erguidos pela ordem para limitar o acesso a mata.

Os Carmelitas construíram também aí o Convento de Santa Cruz do Buçaco, destinado a albergar essa ordem monástica, que existiu entre 1628 e 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal.

Em 1888 foi iniciada a construção do Palácio Real (actualmente Palace Hotel do Buçaco) no local do convento, sendo este parcialmente demolido para o efeito.

A Mata Nacional do Buçaco possui espécies vegetais do mundo inteiro importadas pela Ordem dos Carmelitas Descalços, incluindo o célebre cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica)



Podem clicar também neste link: Fundação Mata do Buçaco


Fotografia da Wikipédia



 

"Vivemos num individualismo muito cru" (José Luís Peixoto)



Vivemos num individualismo muito cru. As pessoas são levadas a acreditar que a promoção do conforto físico e das aparências é o que mais conta. Existe uma desvalorização do conforto afectivo e moral. Existe a ideia errada de que podemos ser felizes sozinhos ou, pior ainda, contra os outros.

José Luís Peixoto

 Diário de Notícias (2007)



José Luís Peixoto (Galveias, Ponte de Sor, 4 de setembro de 1974) é um narrador, poeta e dramaturgo português.


Página de José Luís Peixoto