Este letreiro indica-nos o caminho para Amor. Será uma aldeia, uma vila, uma cidade? O amor mesmo?
Como chegar lá? É muito fácil. "Tudo recto"? Não, não, não. Isso é português? São palavras portuguesas, mas é "espanhol"... Como é que se diz? É assim (primeiro uma frase com tratamento informal; depois, formal):
Esta canção de Luiz Tatit já foi publicada no blogue cantada por Zélia Duncan. Trazemo-la de novo, mas desta vez cantada por Ná Ozzetti.
Capitolina (Capitu, como é conhecida), é uma personagem do livro Dom Casmurro, escrito por um dos maiores escritores brasileros, ou até o maior, Machado de Assis (1839-1908). Essa personagem inspira a canção que não é dedicada a ela, mas a uma mulher de hoje que sabe o que quer fazer.
CAPITU
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil hábil, hábil.. e pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambiguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é só te seguir, é capitular
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil hábil, hábil.. e pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambiguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
No site o seu poder provoca o ócio, o ócio
Um passo para o vício, o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
De um lado você vem com seu jeitinho
Hábil, hábil, hábil... e pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
No site o seu poder provoca o ócio, o ócio
Um passo para o vício, o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capitulo a parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu!
Portugal à esquerda, Espanha no primeiro plano, e no meio o rio Minho
(Fotografia de Josu Orbe)
Volto a publicar esta mensagem porque, parece mentira, mas ainda há alunos que pensam que minho é o possessivo masculino da primeira pessoa (se é minha o feminino, deduzem que "minho" é o masculino!). E há uma bonita e fácil regra mnemónica para não fazer essa confusão: O Minho é um rio! (e mais nada).
Pois é, lembrem-se disto: o Minho é um rio e não é um possessivo (nunca se diz "O minho pai", "O minho amigo João"...). Na fotografia podem ver, do Monte de Santa Tecla, na província de Pontevedra, o rio Minho a desembocar no oceano Atlântico. A terra e a praia que se vêem à esquerda ... é Portugal, claro.
O Minho (em espanhol e em galego: Miño), é um rio internacional que nasce a uma altitude de 750 m na serra de Meira, na Comunidade Autónoma espanhola da Galiza e percorre cerca de 300 km até desaguar no oceano Atlântico a sul de A Guarda (Pontevedra) e a norte de Caminha. Nos últimos 75 km do seu percurso, entre Melgaço e a foz (= la desembocadura), o Minho serve de fronteira entre Portugal e Espanha.
Voltando aos possessivos, recordamos que os possessivos de um só possuidor apresentam, em português, uma diferença importante quando comparados com o espanhol: além de terem o artigo à frente (O meu lápis é bom. A tua irmã é muito alta. O seu carro é novo), o género concorda com o género do substantivo. Por exemplo: o meu amigo/a minha amiga, o teu caderno/a tua bicicleta, o seu irmão/a sua irmã.
Uma das melhores alunas de português da turma de 3º D, a Norma, nasceu no Equador. Onde exatamente? Em Guayaquil, que é porto de mar e a maior cidade do Equador (2.385.405 habitantes em 2004). Vamos aprender algumas coisas deste país.
A cidade de Guayaquil
O Equador é um país da América do Sul, limitado a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo Oceano Pacífico. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos. O país tem uma área de 283.560 km2.
A paisagem é dominada pela cordilheira mais longa do mundo (7.500 km), os Andes, que atravessa o centro do país no sentido norte-sul, com altitudes que chegam aos 6.267 m no vulcão Chimborazo. A leste dos Andes, cerca de 1/4 do território está integrado na bacia amazónica, e a oeste estende-se uma das mais extensas planícies costeiras da costa sul-americana do Pacífico. A capital é Quito (1.800.000 habitantes), que se localiza nos Andes, 2.850 m acima do nível do mar (imaginem, tão alto!).
Quito
O clima varia com a altitude, sendo tropical no litoral e na Amazónia e tornando-se cada vez mais frio à medida que a altitude aumenta, nos Andes.
A população do Equador é de 13.547.510 de habitantes aproximadamente (Julho 2006), com uma densidade de 48,3 hab/Km2. 47% vive na sierra (região montanhosa do centro do país) e 49% na costa; o resto da população se reparte entre a selva e as ilhas Galápagos.
O idioma oficial do Equador é o espanhol, ainda que a população indígena fala quéchua, o idioma falado pelos Incas.
A moeda é o sucre.
Alguns dados da sua economia:–Principais produtos de exportação: bananas e café, mais fruta. Segundo produtor sul-americano de cacau.–Algodão, cana-de-açúcar, produtos têxteis, madeira.–Criação de ovinos, lhamas e gado leiteiro.–Riquezas minerais: petróleo, zinco, cobre, ouro e prata.
(Dados retirados e adaptados da Wikipedia, da Netopedia e da web do Consulado do Equador em S. Paulo)
O vulcão Chimborazo, 6 310 m, visto do ar
(Fotografía de David Galván)
Isto é latim: Gutta cavat lapidem, non vi sed saepe cadendo. Em português, a gota fura a pedra, caindo não duas, mas muitas vezes; noutras palavras: a perseverança tudo alcança.
Utilizada para designar a pertinácia como virtude que vence qualquer dificuldade, por maior que seja, esta frase perde-se nas brumas do tempo, mas um de seus primeiros registros literários foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo.
É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros:
O mundo é pequeno. É assim que se diz em português quando encontramos alguém conhecido num lugar muito longínquo e onde nunca pensaríamos encontrar essa pessoa, quer seja um amigo, quer seja um vizinho, sei lá...
Na nossa língua, vocês já sabem: El mundo es un pañuelo, e também dizemos assim: ¡Qué pequeño es el mundo!
Mais algumas línguas:
Italiano = Il mondo è proprio piccolo ('O mundo é mesmo pequeno')
Francês = Le monde est petit ('O mundo é pequeno')
Inglês = It’s a small world
Alemão = Die Welt ist ein Dorf ('O mundo é uma aldeia')
Eslovaco = Svìt je gombièka ('O mundo é um botão')
Na vila alentejana de Marvão encontrei um dia este caixote de cartão que vem mesmo a calhar para uma revisãozinha do superlativo, alunos do 3º ano e por aí fora.
Transcrevo o texto para lerem melhor:
Por vezes surge uma pessoa sem meios com uma doença rarÍSSIMA,
cuja cura é complicadÍSSIMA,
chegando mesmo a tornar-se carÍSSIMA.
Felizmente, surge 1 empresa generosÍSSIMA
que ajuda esta causa gravÍSSIMA.
Este é o superlativo mais fácil, claro, o regular. Não se esqueçam desses três irregulares, já "velhos" conhecidos vossos: o superlativo de bom é ÓTIMO, o de mau é PÉSSIMO e o de grande é ENORME.
Por exemplo:
Esse livro não é bom, é ótimo.
Esses canetas não são más, são péssimas.
Essa praia não é grande, é enorme.
Notas. Cuidadinho com as palavras mau (esp. malo) e sobretudo com o feminino má (esp. mala), cujo plural más não tem nada que ver com o advérbio de quantidade mais. Por exemplo: O João é mais alto do que o irmão. Estes livros são mais caros do que esses...
A palavra ótimo vocês encontram-na nos livros como óptimo. Mas por causa do Acordo Ortográfico passa a escrever-se desta maneira, sem o p. Como deviam saber, quando esta letra se escrevia, não se pronunciava.
Terrivel palavra, crise, terrível a situação económica portuguesa, e europeia. A fotografia é de Alice Coutinho, tirada algures em Portugal, mas o texto, como podem ver, está em inglês. Deste jeito parece servir para todos os países... também para o nosso. Fica tempo suficiente para ensaiar a frase até ao Natal.
O brasileiro Beto adaptou aos dias de hoje um dos desenhos que o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry fez para a sua obra, Le Petit Prince (O Principezinho em Portugal, O pequeno príncipe no Brasil).
“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”
Esta pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável (= "vida sostenible").
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...
Pensem um pouco nisto: se vocês que são novos não aprendem como uma coisa natural a cuidar do planeta em que todos vivemos, o que será dele quando forem crescidos? Como será a vida nesse planeta?
O autor destas obras não é brasileiro, mas o palco (= "escenario") é. Foi por isso que ele veio cá ao vosso blogue.
"JR, como é conhecido, utiliza a maior galeria de arte que existe, o espaço cotidiano das pessoas. Ele exibe livremente nas ruas de todo o mundo, atraindo a atenção daqueles que não freqüentam museus em geral. Sua obra combina arte e processos de ação e de engajamento, liberdade, identidade e limite. Cria a “arte da infiltração” que aparece, sem ser convidado, em Edifícios dos subúrbios de Paris sobre as paredes do Médio Oriente, com pontes quebradas em África ou favelas, no Brasil. Nas imagens abaixo, o artista produz a intervenção nos morros cariocas. (...)"
Mais um provérbio português. No ano passado ouvimo-lo dizer mais de uma vez à nossa amiga Marisa. Não se lembram? O que acontece quando estamos a falar e não escutamos o que dizem os outros...?
Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas.
Isso quer dizer o seguinte: para que nos possamos entender, devemos falar um de cada vez e esperar para tomar a palavra.
A página em que encontrei esta fotografia do presidente norte-americano Roosevelt dizia assim: I Don't Know if Roosevelt Actually Said This, But It Doesn't Really Matter, Does It?
É verdade, não é? Deixo isto aqui como uma curiosidade, mas também para refletir um pouco nesas palavras. Quem se anima a traduzir para português? Se alguém me entregar uma tradução aceitável, podia significar uma classificação mais alta no primeiro período...
Para os alunos mais velhos terem uma ideia de quando puderam ser ditas estas palavras, façam o favor de ler isto, ou clicar no link. Aqueles tempos eram também tempos difíceis...
Franklin Delano Roosevelt (1882 - 1945) foi o 32.° presidente dos Estados Unidos (1933-1945), realizou quatro mandatos e morreu durante o último. Do Partido Democrata, foi o primeiro presidente a conseguir mais de dois mandatos, e será o único devido à 22.ª emenda. Durante sua estada na Casa Branca, teve de enfrentar o período da Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.
Steve Jobs não pertence ao mundo que fala português, eu sei, mas podemos dizer que era uma pessoa universalmente conhecida, e é por isso que ele aparece aqui numa caricatura feita pelo amigo Gilmar Fraga, de Porto Alegre.
O brasileiro Eduardo Arruda é o autor desta história inspirada na obra do dramaturgo inglês William Shakespeare.
Eu gosto muito do jeito que desenha Eduardo, e podem encontrar várias mensagens (ou vários post, como diriam no Brasil) dele no blogue. E virá mais vezes, claro.
Toranja é um grupo musical português formado por Tiago Bettencourt (voz, guitarras e piano), Ricardo Frutoso (guitarras), "Dodi" (baixo) e "Rato" (bateria).
O seu primeiro disco - Esquissos - foi lançado em Portugal no ano de 2003 e alcançou grande sucesso com músicas como "Carta" e "Fogo e Noite".
O segundo disco - cujo nome é Segundo - foi lançado em Portugal, no ano de 2005, e no Brasil, no ano de 2006. Este segundo trabalho foi igualmente um sucesso, tendo como primeiro single a música "Laços". Em dezembro de 2006, os Toranja pararam de trabalhar por tempo indeterminado mas prometeram voltar.
CENÁRIO
Noite é querer
É poder
É disfarce
É deixar para trás
e largar
Escuro é esconder
É guardar
É um livro esquecido
e papel para escrever
Há uma janela no rio
Há um monte a tapar
Há vento que entra, frio...
e tu a olhar.
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Que é mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Festa é gritar
É ganhar
É correr
É fugir demais
... fugir demais...
Há uma janela no rio
Há um monte a tapar
Há vento que entra, frio...
...e tu a olhar...
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Que é mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Noite é poder
é querer
é chorar
em teus braços
teus olhos
teus traços
teus lábios
meus paços
e em ti eu acabo
meu fado
é teu fado
meu fado
é teu fado
... tenta parar
Mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Que é mais uma carta rendida
Num cenário que manda dançar
Mais uma dança perdida
E a noite só para lembrar
Não gosto de viajar. Mas sou inspector das escolas de instrução primária e tenho a obrigação de correr constantemente todo o País. Ando no caminho da bela aventura, da sensação nova e feliz, como um cavaleiro andante. Na verdade lembro-me de alguns momentos agradáveis, de que tenho saudades, e espero ainda encontrar outros que me deixem novas saudades. É uma instabilidade de eterna juventude, com perspectivas e horizontes sempre novos. Mas não gosto de viajar. Talvez só por ser uma obrigação e as obrigações não darem prazer. Entusiasmo-me com a beleza das paisagens que valem como pessoas, e tive já uma grande curiosidade pelos tipos rácicos, pelos costumes, e pela diferença de mentalidade do povo de região para região.
Num país tão pequeno, é estranhável tal diversidade. Porém não sou etnógrafo, nem folclorista, nem estudioso de nenhum desses aspectos e logo me desinteresso. Seja pelo que for, não gosto de viajar. Já pensei em pedir a demissão. Mas é difícil arranjar outro emprego equivalente a este nos vencimentos. Ganho dois mil escudos e tenho passe nos comboios, além das ajudas de custo. Como vivo sozinho, é suficiente para as minhas necessidades. Posso fazer algumas economias e, durante o mês de licença que o Ministério me dá todos os anos, poderia ir ao estrangeiro. Mas não vou. Não posso. Durante este mês quero estar quieto, parado, preciso de estar o mais parado possível. Acordar todas essas trinta manhãs no meu quarto! Ver durante trinta dias seguidos a mesma rua! Ir ao mesmo café, encontrar as mesmas pessoas!... Se soubessem como é bom! Como dá uma calma interior e como as ideias adquirem continuidade e nitidez! Para pensar bem é preciso estar quieto. Talvez depois também cansasse, mas a natureza exige certa monotonia. As árvores não podem mexer-se. E os animais só por necessidade fisíca. de alimento ou de clima, devem sair da sua região. Acerca disto tenho ideias claras e uma experiência definitiva. É até, talvez, a única coisa sobre que tenho ideias firmes e uma experiência suficiente. Mas não vou filosofar; vou contar a minha viagem à serra do Barroso.
Novela para uns, conto para outros, O Barão (1942) é considerado a obra-prima do escritor português António José Branquinho da Fonseca (1905 – 1974).